(FUVEST - 2007 - 1a fase)
Considere as seguintes afirmações:
I. Assim como Jacinto, de "A cidade e as serras", passa por uma verdadeira "ressurreição" ao mergulhar na vida rural, também Augusto Matraga, de "Sagarana", experimenta um "ressurgimento" associado a uma renovação da natureza.
II. Também Fabiano, de "Vidas secas", em geral pouco falante, experimenta uma transformação ligada à natureza: a chegada das chuvas e a possibilidade de renovação da vida tornam-no loquaz e desejoso de expressar-se.
III. Já Iracema, quando debilitada pelo afastamento de Martim, não encontra na natureza forças capazes de salvar-lhe a vida.
Está correto o que se afirma em:
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(FUVEST - 2007 - 1a fase)
Um tipo social que recebe destaque tanto nas "Memórias de um sargento de milícias" quanto em "Dom Casmurro", merecendo, inclusive, em cada uma dessas obras, um capítulo cujo título o designa, é o:
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(PUC/SP - 2007)
Em uma peça publicitária recentemente veiculada em jornais impressos, pode-se ler o seguinte: "Se a prática leva à perfeição, então imagine o sabor de pratos elaborados bilhões e bilhões de vezes".
Acerca da primeira oração do trecho, é linguisticamente adequado afirmar que, em relação à segunda oração, ela expressa uma circunstância de
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(PUC - SP-2007) O romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, publicado em 1901, é desenvolvimento de um conto chamado “Civilização”. Do romance como um todo pode afirmar-se que
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(FUVEST - 2007 - 1a fase)
Já a tarde caía quando recolhemos muito lentamente. E toda essa adorável paz do céu, realmente celestial, e dos campos, onde cada folhinha conservava uma quietação contemplativa, na luz docemente desmaiada, pousando sobre as coisas com um liso e leve afago, penetrava tão profundamente Jacinto, que eu o senti, no silêncio em que caíramos, suspirar de puro alívio.
Depois, muito gravemente: - Tu dizes que na Natureza não há pensamento...
- Outra vez! Olha que maçada! Eu... - Mas é por estar nela suprimido o pensamento que lhe está poupado o sofrimento! Nós, desgraçados, não podemos suprimir o pensamento, mas certamente o podemos disciplinar e impedir que ele se estonteie e se esfalfe, como na fornalha das cidades, ideando gozos que nunca se realizam, aspirando a certezas que nunca se atingem!...
E é o que aconselham estas colinas e estas árvores à nossa alma, que vela e se agita - que viva na paz de um sonho vago e nada apeteça, nada tema, contra nada se insurja, e deixe o mundo rolar, não esperando dele senão um rumor de harmonia, que a embale e lhe favoreça o dormir dentro da mão de Deus. Hem, não te parece, Zé Fernandes? - Talvez. Mas é necessário então viver num mosteiro, com o temperamento de S. Bruno, ou ter cento e quarenta contos de renda e o desplante de certos Jacintos…
Eça de Queirós, A cidade e as serras.
Considerado no contexto de A cidade e as serras, o diálogo presente no excerto revela que, nesse romance de Eça de Queirós, o elogio da natureza e da vida rural
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(UECE-2007)
A PEDREIRA
Daí à pedreira, restavam apenas uns cinqüenta passos e o chão era já todo coberto por uma farinha de pedra moída que sujava como a cal. Aqui, ali, por toda a parte, encontravam-se trabalhadores, uns ao sol, outros debaixo de pequenas barracas feitas de lona ou de folha de palmeira. De um lado cunhavam pedra cantando; de outro a quebravam a picareta; de outro afeiçoavam lajedos a ponta de picão; mais adiante faziam paralelepípedos a escopro e macete.
E todo aquele retintim de ferramentas, e o martelar da forja, e o corpo dos que lá em cima brocavam a rocha para lançar-lhe fogo, e a surda zoada ao longe, que vinha do cortiço, como de uma aldeia alarmada; tudo dava a idéia de uma atividade feroz, de uma luta de vingança e de ódio.
Aqueles homens gotejantes de suor, bêbedos de calor, desvairados de insolação, a quebrarem, a espicaçarem, a torturarem a pedra, pareciam um punhado de demônios revoltados na sua impotência contra o impassível gigante que os contemplava com desprezo, imperturbável a todos os golpes e a todos os tiros que lhe desfechavam no dorso, deixando sem um gemido que lhe abrissem as entranhas de granito.
O membrudo cavouqueiro havia chegado à fralda do orgulhoso monstro de pedra; tinha-o cara a cara, mediu-o de alto a baixo, arrogante, num desafio surdo.
A pedreira mostrava nesse ponto de vista o seu lado mais imponente. Descomposta, com o escalavrado flanco exposto ao sol, erguia-se altaneira e desassombrada, afrontando o céu, muito íngreme, lisa, escaldante e cheia de cordas que, mesquinhamente, lhe escorriam pela ciclópica nudez com um efeito de teias de aranha.
Em certos lugares, muito alto do chão, lhe haviam espetado alfinetes de ferro, amparando, sobre um precipício, miseráveis tábuas que, vistas cá de baixo, pareciam palitos, mas em cima das quais uns atrevidos pigmeus de forma humana equilibravamse, desfechando golpes de picareta contra o gigante.
(AZEVEDO, Aluísio de. O Cortiço. 25a ed. São Paulo. Ática, 1992, 48-49)
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Com relação aos romances naturalistas, a exemplo do fragmento de texto apresentado anteriormente, classifique as sentenças como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) Retratam fatos que a sociedade procura ocultar.
( ) O meio ambiente é preponderante e determinante no comportamento do personagem.
( ) O enredo é carregado de determinismo e fatalismo.
( ) O meio social, a hereditariedade, os instintos determinam os conflitos e a vida do homem.
( ) Personagens humildes são fotografados em situações chocantes para o leitor da época.
Assinale a alternativa que apresenta a seqüência correta, de cima para baixo
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(UFRGS - 2007)
Leia o enunciado que segue.
"O meu leitor não é o que me lê. É o que me relê. Um autor lido unicamente uma vez não tem leitores, ainda que seja retumbante o seu sucesso."
Considere abaixo as três propostas de reescrita desse enunciado.
I - Não é leitor meu quem me lê, mas quem me relê. Um autor lido uma única vez não conta com leitores, sendo, no entanto, retumbante o seu sucesso.
II - Não é meu leitor aquele que me lê. É aquele que me relê. Um autor lido apenas uma vez carece de leitores, para que o seu sucesso seja retumbante.
III - Não é quem me lê que é o meu leitor. É quem me relê. Um autor lido somente uma vez é um autor sem leitores, mesmo que o seu sucesso seja retumbante.
Quais propostas são reescritas corretas, e equivalentes em termos de significado, do enunciado acima?
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(PUC/RS - 2007)
ALCOOLISMO E ADOLESCÊNCIA
A última pesquisa sobre o uso do álcool entre adolescentes desenvolvida pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp, revela que 48,3% dos adolescentes entre 12 e 17 anos já beberam alguma vez na vida (52,2% rapazes; 44,7% moças). Desses, 14,8% bebem regularmente e 6,7% são dependentes do álcool. (...)
1O álcool é considerado particularmente perigoso para o adolescente por motivos diversos. Em primeiro lugar, 2pelo fácil acesso: a lei 9.294/96 proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, mas 3essa é uma daquelas leis que "não pegam", por incapacidade de fiscalização das autoridades. Em segundo lugar, a bebida é tida como um elemento de socialização, de auto-afirmação e de inclusão no mundo adulto. 4Além do estímulo da propaganda e dos amigos, muitas vezes o contato com o álcool é propiciado pelos próprios familiares do adolescente. Os pais não têm em relação ao etanol, por exemplo, o cuidado que costumam ter com a maconha.
Por outro lado, pesquisa realizada pela Universidade Duke (EUA), em 2000, demonstrou que o uso frequente do álcool na adolescência produz danos ao cérebro, afetando a memória e prejudicando a aprendizagem, além de favorecer o desenvolvimento de problemas familiares e de uma vida sexual promíscua - o que se tornou um comportamento de alto risco na era da AIDS.
5Sendo a adolescência a fase de construção da identidade, é particularmente perigoso que o jovem se habitue .......... experimentar situações específicas como festas, praia e namoro sob o efeito do álcool. Associando o uso de bebidas .......... sensações de prazer, o consumo de álcool torna-se cada vez mais frequente, abrindo caminho .......... dependência, que pode ser tanto física quanto psicológica.
Antonio Carlos Olivieri
http://vestibular.uol.com.br/atualidades/ult1685u271.jhtm
As palavras que preenchem correta e respectivamente as lacunas do último parágrafo estão reunidas em
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(Pucsp 2007)
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela
minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que
corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela
minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o
que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha
aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a
encontram.
Ninguém nunca pensou no que há
para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em
nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
O poema anterior, do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, integra o livro "O Guardador de Rebanhos". Indique a alternativa que NEGA a adequada leitura do poema em questão.
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