FUVEST 2011

Questão 52528

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) Analise o mapa.

Faça uma associação entre as informações contidas no mapa e os desastres ocorridos no Japão, no mês de março de 2011.

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Questão 52529

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) Observe os mapas, adaptados de Marie-Françoise Durand – 2009.

A partir da análise e comparação dos mapas, descreva três características sobre a concentração e uniformidade da presença muçulmânica no mundo. Correlacione a região de maior concentração muçulmana com fatos políticos ocorridos no primeiro semestre de 2011.

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Questão 52530

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) Os gráficos indicam a distribuição do consumo mundial de água, por setores, nos grupos de países.

(Ricardo Hirata et al. Decifrando a Terra, 2010. Adaptado.)

Indique os setores econômicos de maior consumo de água e justifique as diferenças de uso entre os países de baixa e média renda e os países de alta renda.

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Questão 52531

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) A figura representa o ciclo hidrológico.

(Ivo Karmann. Decifrando a Terra, 2010. Adaptado.)

Descreva o ciclo hidrológico a partir da precipitação, indicando a energia que o move, e aponte as diferenças entre o ciclo hidrológico lento e o rápido.

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Questão 52532

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE)

Enquanto os homens se contentaram com suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a costurar com espinhos ou com cerdas suas roupas de peles, a enfeitarem-se com plumas e conchas, a pintar o corpo com várias cores, a aperfeiçoar ou embelezar seus arcos e flechas, a cortar com pedras agudas algumas canoas de pescador ou alguns instrumentos grosseiros de música – em uma palavra: enquanto só se dedicavam a obras que um único homem podia criar e a artes que não solicitavam o concurso de várias mãos, viveram tão livres, sadios, bons e felizes quanto o poderiam ser por sua natureza.

O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: “Defendei-vos de acreditar nesse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém”.

(Jean-Jacques Rousseau. Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens. Adaptado.)

Cite a principal diferença estabelecida por Rousseau entre a vida em estado de natureza e a vida na sociedade civil, e explique o significado dessa diferença no âmbito da filosofia política.

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Questão 52533

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE)

TEXTO 1

Por isso também nós, desde o dia em que soubemos, não cessamos de rezar por vós e pedir a Deus que vos conceda pleno conhecimento de sua vontade, perfeita sabedoria e inteligência espiritual, a fim de vos comportardes de maneira digna do Senhor, procurando agradar-lhe em tudo, dando fruto de toda obra boa e crescendo no conhecimento de Deus, animados de grande energia pelo poder de sua glória para toda a paciência e longanimidade. Com alegria, agradecemos a Deus Pai, que vos tornou capazes de participar da herança dos santos no reino da Luz. Que nos livrou do poder das trevas e transportou ao reino do seu Filho amado, no qual temos a redenção: a remissão dos pecados.

(Bíblia Sagrada. Epístola aos Colossenses 1, 9-14, texto escrito no século I.)

 

TEXTO 2

Olhe ao redor deste universo. Que imensa profusão de seres, animados e organizados, sensíveis e ativos! Examine, porém, um pouco mais de perto essas criaturas dotadas de vida, os únicos seres dignos de consideração. Que hostilidade e destrutividade entre eles! Quão incapazes, todos, de garantir a própria felicidade! Quão odiosos ou desprezíveis aos olhos de quem os contempla! O conjunto de tudo isso nada nos oferece a não ser a ideia de uma natureza cega, que despeja de seu colo, sem discernimento ou cuidado materno, sua prole desfigurada e abortiva.

(David Hume. Diálogos sobre a religião natural, texto escrito em 1779. Adaptado.)

 

Compare ambos os textos e comente uma diferença entre eles no que diz respeito à concepção de natureza humana e uma diferença referente à concepção de moralidade.

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Questão 52534

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE)

Leia o texto, extraído do livro VII da obra magna de Platão (A República), que se refere ao célebre mito da caverna e seu significado no pensamento platônico.

Agora, meu caro Glauco – continuei – cumpre aplicar ponto por ponto esta imagem ao que dissemos, comparar o mundo que a visão nos revela à morada da prisão e a luz do fogo que a ilumina ao poder do sol. No que se refere à subida à região superior e à contemplação de seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma ao lugar inteligível, não te enganarás sobre o meu pensamento, posto que também desejas conhecê-lo. Quanto a mim, tal é minha opinião: no mundo inteligível, a ideia do bem é percebida por último e a custo, mas não se pode percebê-la sem concluir que é a causa de tudo quanto há de direto e belo em todas as coisas; e que é preciso vê-la para conduzir-se com sabedoria na vida particular e na vida pública.

(Platão. A República, texto escrito em V a.C. Adaptado.)

Explique o significado filosófico da oposição entre as sombras no ambiente da caverna e a luz do sol.

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Questão 52535

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) A questão toma por base o poema Livros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livro Elementos de bibliogia, do filólogo e lexicógrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999).

Livros


De livros mil vivo cercado,
Dias e noites passo a ler,
Mas, francamente, o resultado
Coisa não é de agradecer.

 

Nenhum me dá – paz e conforto,
Nenhum me diz se eu amanhã
Vivo estarei ou se, já morto,
Terá cessado o meu afã.

 

Nada afinal sabeis ao certo
Sobre das almas o tropel...
Do vosso cume vê-se perto,
Chatas montanhas de papel.

 

Vãs pretensões! Orgulho fofo!
Do ser mesquinho que voz fez
Tendes o mesmo vil estofo,
Tendes a mesma pequenez.

 

Cada vez mais, debalde, avulta
Vossa maré... Tudo invadis;
Mas não tornais quem vos consulta
Nem menos mau, nem mais feliz.

 

Que um cataclismo vos destrua,
Mal não fará... Sem o sentir,
Serena a vida continua:
Lutar, sofrer, sonhar, mentir.

(Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.)


O livro e a documentação

Nas condições do atual desenvolvimento histórico da humanidade, o conhecimento de primeira mão não pode progredir sem o de segunda mão. Conhecimento de primeira mão é o decorrente, digamos assim, da integração do homem na natureza, para dela haurir continuidade específica e felicidade individual; essa integração, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicação verbal, implicadora do conhecimento de segunda mão, a linguagem, no que ela encerra de transmissão cognitiva.Esse conhecimento de segunda mão multiplicou de importância a partir do momento em que o homem pôde mantê-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporâneos e de seus pósteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potências do homem. E hoje a matéria mentada e em conserva gráfica é tão imensa e se renova em ritmo tão intenso, que um dos mais graves problemas da civilização e da cultura humanas é conseguir torná-la relativamente acessível a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforço ao herdado das gerações anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuação específica e da felicidade individual. Uma “documentação ativa” é condição e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem gráfica, o livro se insere, necessariamente, na documentação, como um dos meios específicos mais poderosos e eficazes da mesma documentação; mas não apenas o livro, é óbvio, senão que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem.

(Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.)

 

Considerando que o poema Livros surge num livro publicado em 1904 e é uma bem-humorada crítica à cultura livresca, sintetize a opinião sobre a utilidade dos livros manifestada pelo eu-lírico no poema de Afonso Celso.

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Questão 52536

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) A questão toma por base o poema Livros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livro Elementos de bibliogia, do filólogo e lexicógrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999).

Livros


De livros mil vivo cercado,
Dias e noites passo a ler,
Mas, francamente, o resultado
Coisa não é de agradecer.

 

Nenhum me dá – paz e conforto,
Nenhum me diz se eu amanhã
Vivo estarei ou se, já morto,
Terá cessado o meu afã.

 

Nada afinal sabeis ao certo
Sobre das almas o tropel...
Do vosso cume vê-se perto,
Chatas montanhas de papel.

 

Vãs pretensões! Orgulho fofo!
Do ser mesquinho que voz fez
Tendes o mesmo vil estofo,
Tendes a mesma pequenez.

 

Cada vez mais, debalde, avulta
Vossa maré... Tudo invadis;
Mas não tornais quem vos consulta
Nem menos mau, nem mais feliz.

 

Que um cataclismo vos destrua,
Mal não fará... Sem o sentir,
Serena a vida continua:
Lutar, sofrer, sonhar, mentir.

(Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.)


O livro e a documentação

Nas condições do atual desenvolvimento histórico da humanidade, o conhecimento de primeira mão não pode progredir sem o de segunda mão. Conhecimento de primeira mão é o decorrente, digamos assim, da integração do homem na natureza, para dela haurir continuidade específica e felicidade individual; essa integração, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicação verbal, implicadora do conhecimento de segunda mão, a linguagem, no que ela encerra de transmissão cognitiva.Esse conhecimento de segunda mão multiplicou de importância a partir do momento em que o homem pôde mantê-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporâneos e de seus pósteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potências do homem. E hoje a matéria mentada e em conserva gráfica é tão imensa e se renova em ritmo tão intenso, que um dos mais graves problemas da civilização e da cultura humanas é conseguir torná-la relativamente acessível a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforço ao herdado das gerações anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuação específica e da felicidade individual. Uma “documentação ativa” é condição e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem gráfica, o livro se insere, necessariamente, na documentação, como um dos meios específicos mais poderosos e eficazes da mesma documentação; mas não apenas o livro, é óbvio, senão que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem.

(Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.)

 

Ao demonstrar a utilidade dos livros, Houaiss estabelece dois conceitos: conhecimento de primeira mão e conhecimento de segunda mão. Releia o texto e explique a diferença entre esses dois conceitos.

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Questão 52537

(UNESP - 2011/2 - 2ª FASE) A questão toma por base o poema Livros, do parnasiano brasileiro Afonso Celso (1860-1938) e uma passagem do livro Elementos de bibliogia, do filólogo e lexicógrafo brasileiro Antonio Houaiss (1915-1999).

Livros


De livros mil vivo cercado,
Dias e noites passo a ler,
Mas, francamente, o resultado
Coisa não é de agradecer.

 

Nenhum me dá – paz e conforto,
Nenhum me diz se eu amanhã
Vivo estarei ou se, já morto,
Terá cessado o meu afã.

 

Nada afinal sabeis ao certo
Sobre das almas o tropel...
Do vosso cume vê-se perto,
Chatas montanhas de papel.

 

Vãs pretensões! Orgulho fofo!
Do ser mesquinho que voz fez
Tendes o mesmo vil estofo,
Tendes a mesma pequenez.

 

Cada vez mais, debalde, avulta
Vossa maré... Tudo invadis;
Mas não tornais quem vos consulta
Nem menos mau, nem mais feliz.

 

Que um cataclismo vos destrua,
Mal não fará... Sem o sentir,
Serena a vida continua:
Lutar, sofrer, sonhar, mentir.

(Afonso Celso. Poesias escolhidas. Rio de Janeiro: H. Garnier Livreiro-Editor, 1904, p. 03-04. Adaptado.)


O livro e a documentação

Nas condições do atual desenvolvimento histórico da humanidade, o conhecimento de primeira mão não pode progredir sem o de segunda mão. Conhecimento de primeira mão é o decorrente, digamos assim, da integração do homem na natureza, para dela haurir continuidade específica e felicidade individual; essa integração, para consolidar-se, foi condicionada pela e condicionou a comunicação verbal, implicadora do conhecimento de segunda mão, a linguagem, no que ela encerra de transmissão cognitiva.Esse conhecimento de segunda mão multiplicou de importância a partir do momento em que o homem pôde mantê-lo em conserva, graficamente, para uso de seus contemporâneos e de seus pósteros. A noosfera, gerando a grafosfera, aumentou os poderes e potências do homem. E hoje a matéria mentada e em conserva gráfica é tão imensa e se renova em ritmo tão intenso, que um dos mais graves problemas da civilização e da cultura humanas é conseguir torná-la relativamente acessível a quantos queiram ou possam acrescentar seu esforço ao herdado das gerações anteriores, na luta pelo aumento do saber, vale dizer, do conhecer, vale dizer, do fazer, vale dizer, do conhecer-fazer-conhecer-fazer, vale dizer, da perpetuação específica e da felicidade individual. Uma “documentação ativa” é condição e imperativo, nesta altura, do progresso. Forma privilegiada da mensagem gráfica, o livro se insere, necessariamente, na documentação, como um dos meios específicos mais poderosos e eficazes da mesma documentação; mas não apenas o livro, é óbvio, senão que quantas coisas realizadas, executadas, interpretadas, achadas, ordenadas, nominadas pelo homem.

(Antonio Houaiss. Elementos de bibliologia. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1967, vol II, p. 36-37.)

 

Mas não tornais quem vos consulta / Nem menos mau, nem mais feliz.

Nestes versos, o eu-lírico se serve ao mesmo tempo de dois procedimentos tradicionais da poesia e da oratória, a personificação (ou prosopopeia), atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas, e a apóstrofe, recurso que consiste em o orador ou o eu-lírico dirigir-se a uma pessoa ou coisa real ou fictícia. Identifique a presença da personificação e da apóstrofe nos versos citados e aponte as palavras que, por suas características gramaticais, permitem detectar esses procedimentos.

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