(UNESP - 2012 - 2ª fase)
Leia os textos.
Texto 1
Ora, a propriedade privada atual, a propriedade burguesa, é a última e mais perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado nos antagonismos de classes, na exploração de uns pelos outros. Neste sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta fórmula única: a abolição da propriedade privada. (…)
(…)
A ação comum do proletariado, pelo menos nos países civilizados, é uma das primeiras condições para sua emancipação. Suprimi a exploração do homem pelo homem e tereis suprimido a exploração de uma nação por outra. Quando os antagonismos de classes, no interior das nações, tiverem desaparecido, desaparecerá a hostilidade entre as próprias nações.
(Marx e Engels. Manifesto comunista, 1848.)
Texto 2
Os comunistas acreditam ter descoberto o caminho para nos livrar de nossos males. Segundo eles, o homem é inteiramente bom e bem disposto para com seu próximo, mas a instituição da propriedade privada corrompeu-lhe a natureza. (…) Se a propriedade privada fosse abolida, possuída em comum toda a riqueza e permitida a todos a partilha de sua fruição, a má vontade e a hostilidade desapareceriam entre os homens. (…) Mas sou capaz de reconhecer que as premissas psicológicas em que o sistema se baseia são uma ilusão insustentável. (…) A agressividade não foi criada pela propriedade. (…) Certamente (…) existirá uma objeção muito óbvia a ser feita: a de que a natureza, por dotar os indivíduos com atributos físicos e capacidades mentais extremamente desiguais, introduziu injustiças contra as quais não há remédio.
(Sigmund Freud. Mal-estar na civilização, 1930. Adaptado.)
Qual a diferença que os dois textos estabelecem sobre a relação entre a propriedade privada e as tendências de hostilidade e agressividade entre os homens e as nações? Explicite, também, a diferença entre os métodos ou pontos de vista empregados pelos autores dos textos para analisar a realidade.
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(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questão 4)
Em fevereiro de 2012, uma operação naval britânica no Atlântico Sul gerou tensões diplomáticas entre Argentina e Reino Unido. O episódio ocorreu às vésperas do trigésimo aniversário do início da Guerra das Malvinas.
Identifique dois motivos que provocaram tal guerra e a relacione com o regime militar que então controlava a Argentina.
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
Nunca houve um ano como 1968 e é improvável que volte a haver. Numa ocasião em que nações e culturas ainda eram separadas e muito diferentes — e, em 1968, Polônia, França, Estados Unidos e México eram muito mais diferentes um do outro do que são hoje — ocorreu uma combustão espontânea de espíritos rebeldes no mundo inteiro.
(Mark Kurlansky. 1968 – O ano que abalou o mundo, 2005.)
Indique dois movimentos de “espíritos rebeldes” ocorridos em 1968 e identifique, em cada um deles, o caráter “espontâneo” mencionado no texto.
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(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questão 1)
[...] tudo que os renascentistas pretendiam era assumir a condição humana até seus limites, até as últimas consequências. Nem Deus e nem o demônio; todo o desafio consistia em ser absolutamente, radicalmente humano, apenas humano.
(Nicolau Sevcenko. O Renascimento, 1985.)
Explique a caracterização que o texto faz do Renascimento e dê exemplo de uma obra artística em que tal intenção se manifeste.
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
Noite após noite, quando tudo está tranquilo
E a lua se esconde por trás da colina,
Marchamos, marchamos para realizar nosso desejo.
Com machado, lança e fuzil!
Oh! meus valentes cortadores!
Os que com golpes fortes
As máquinas de cortar destroem.
Oh! meus valentes cortadores! (...).
(Canção popular inglesa do início do século XIX. Citada por: Luzia Margareth Rago e Eduardo F. P. Moreira. O que é Taylorismo, 1986.)
A canção menciona os “quebradores de máquinas”, que agiram em muitas cidades inglesas nas primeiras décadas da industrialização. Alguns historiadores os consideram “rebeldes ingênuos”, enquanto outros os veem como “revolucionários conscientes”. Justifique as duas interpretações acerca do movimento.
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(UNESP - 2012/2 - 2a fase - Questão 3)
Analise a charge, publicada originalmente em 17.05.1963, e identifique como ela representa as dificuldades enfrentadas pelo governo João Goulart em seu projeto de reformas sociais.
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
As duas charges foram publicadas em jornais brasileiros durante a década de 1980. Identifique as campanhas que elas apoiaram e caracterize o significado e os resultados dessas campanhas.
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(UNESP - 2012/2 - 2a fase -Questão 2)
“A questão social é um caso de polícia” – esta frase, atribuída a Washington Luís, presidente da República de 1926 até a sua deposição em 1930, é geralmente apontada como o sintoma de como as questões relativas ao trabalho (a “questão social”) eram descuidadas pelo Estado durante o período da chamada República Velha (1889-1930). E, de fato, a questão social era um caso de polícia.
(Kazumi Munakata. A legislação trabalhista no Brasil, 1981.)
Explique a frase final do texto, exemplificando-a, e indique a principal alteração que ocorreu no tratamento da questão social pelo Estado, após 1930.
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
O artista holandês Albert Eckhout (c.1610- c.1666) esteve no Brasil entre 1637 e 1644, na comitiva de Maurício de Nassau. A tela foi pintada nesse período e pode ser considerada exemplar da forma como muitos viajantes europeus representaram os índios que aqui viviam.
Identifique e analise dois elementos da imagem que expressem esse “olhar europeu” sobre o Brasil.
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(UNESP - 2012 - 2ª fase)
Em um jogo de basquete, um jogador passa a bola para outro lançando-a de 1,8 m de altura contra o solo, com uma velocidade inicial V0 = 10 m/s, fazendo um ângulo com a vertical (sen =0,6 e cos =0,8). Ao tocar o solo, a bola, de 600 g, permanece em contato com ele por um décimo de segundo e volta a subir de modo que, imediatamente após a colisão, a componente vertical de sua velocidade tenha módulo 9 m/s. A bola é apanhada pelo outro jogador a 6,6 m de distância do primeiro.
Desprezando a resistência do ar, a rotação da bola e uma possível perda de energia da bola durante a colisão com o solo, calcule o intervalo de tempo entre a bola ser lançada pelo primeiro jogador e ser apanhada pelo segundo. Determine a intensidade da força média, em newtons, exercida pelo solo sobre a bola durante a colisão, considerando que, nesse processo, a força peso que atua na bola tem intensidade desprezível diante da força de reação do solo sobre a bola.
Considere g = 10 m/s2.
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