(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)
A questão toma por base um trecho do artigo Horror a aprender (06.01.1957), escrito pelo historiador e crítico literário Afrânio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogue Blogoides.
Horror a aprender
Se quiséssemos numa fórmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literária brasileira, não lograríamos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hábito universitário, fazem com que aprender, entre nós, seja motivo de inferioridade intelectual. Ninguém gosta de aprender. Ninguém se quer dar ao trabalho de aprender. Porque já se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discípulos. Aprender o quê? Pois já sabemos tudo de nascença! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: só os bons discípulos dão grandes mestres, e só é bom mestre quem foi um dia bom discípulo e continua com o espírito aberto a um perpétuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e só quem gosta de aprender tem o direito de dar lições. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantém o espírito impermeável a qualquer aprendizagem?
Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficiência e falta de humildade de espírito. São mestres antes de ter sido discípulos. Saber não os preocupa, estudar, ninguém lhes viu os estudos. É só meter-lhes na mão uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e lá vem doutrinação leviana e prosa de meia-tigela. Não lhes importa verificar se estão arrombando portas abertas ou chovendo no molhado.
(No hospital das letras, 1963.)
Indique a contradição da personagem mais nova da tira em pretender criar um blogue intelectual sobre Saramago.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)
A questão toma por base um trecho do artigo Horror a aprender (06.01.1957), escrito pelo historiador e crítico literário Afrânio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogue Blogoides.
Horror a aprender
Se quiséssemos numa fórmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literária brasileira, não lograríamos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hábito universitário, fazem com que aprender, entre nós, seja motivo de inferioridade intelectual. Ninguém gosta de aprender. Ninguém se quer dar ao trabalho de aprender. Porque já se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discípulos. Aprender o quê? Pois já sabemos tudo de nascença! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: só os bons discípulos dão grandes mestres, e só é bom mestre quem foi um dia bom discípulo e continua com o espírito aberto a um perpétuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e só quem gosta de aprender tem o direito de dar lições. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantém o espírito impermeável a qualquer aprendizagem?
Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficiência e falta de humildade de espírito. São mestres antes de ter sido discípulos. Saber não os preocupa, estudar, ninguém lhes viu os estudos. É só meter-lhes na mão uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e lá vem doutrinação leviana e prosa de meia-tigela. Não lhes importa verificar se estão arrombando portas abertas ou chovendo no molhado.
(No hospital das letras, 1963.)
Considerando a natureza dos respectivos gêneros textuais, estabeleça a diferença entre o artigo e a tira quanto ao modo de manifestarem seus julgamentos críticos.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questão focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romântico português Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948.
Em dezembro
Olhai: naquele operário
Tudo é força, ânimo e vida;
Se o trabalho é o seu calvário
Sobe-o de cabeça erguida.
Deus deu-lhe um anjo na esposa,
E as filhas são tão pequenas
Que delas a mais idosa
Conta dez anos apenas.
Tem cinco, e todas tão belas
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância;
Por isso, quando o trabalho
Lhe fatiga as mãos calosas,
Tem no suor o fresco orvalho
Que dá seiva àquelas rosas,
[...]
Depois, da ceia ao convite,
Toda a família o rodeia
À mesa, aonde o apetite
Faz soberba a humilde ceia.
[...]
No entanto, como a existência
Não tem em si nada estável,
Num dia de decadência
Este obreiro infatigável,
Por ter gasto a noite inteira
Na luta, cede ao cansaço,
E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
Ai! o infortúnio é severo!
Bastou por tanto um só dia
Para entrar o desespero
Donde fugiu a alegria!
Empenha em vão tudo, a esmo,
Pouco dinheiro lhe fica,
E não lhe cobre esse mesmo
As despesas da botica.
Pobre mãe, pobres crianças!
Já, de momento em momento,
Vão minguando as esperanças,
Vai crescendo o sofrimento;
(Heras e violetas, 1869.)
Pedreiro Waldemar
Você conhece
O pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada
Toma o trem da Circular
Faz tanta casa
E não tem casa pra morar
Leva a marmita
Embrulhada no jornal
Se tem almoço,
Nem sempre tem jantar
O Waldemar,
Que é mestre no ofício
Constrói um edifício
E depois não pode entrar.
(Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.)
Na segunda estrofe do trecho reproduzido do poema, Guilherme Braga se serve da palavra idosa num sentido que não é o habitualmente empregado hoje. Estabeleça essa diferença com base no contexto em que a palavra é empregada.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questão focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romântico português Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948.
Em dezembro
Olhai: naquele operário
Tudo é força, ânimo e vida;
Se o trabalho é o seu calvário
Sobe-o de cabeça erguida.
Deus deu-lhe um anjo na esposa,
E as filhas são tão pequenas
Que delas a mais idosa
Conta dez anos apenas.
Tem cinco, e todas tão belas
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância;
Por isso, quando o trabalho
Lhe fatiga as mãos calosas,
Tem no suor o fresco orvalho
Que dá seiva àquelas rosas,
[...]
Depois, da ceia ao convite,
Toda a família o rodeia
À mesa, aonde o apetite
Faz soberba a humilde ceia.
[...]
No entanto, como a existência
Não tem em si nada estável,
Num dia de decadência
Este obreiro infatigável,
Por ter gasto a noite inteira
Na luta, cede ao cansaço,
E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
Ai! o infortúnio é severo!
Bastou por tanto um só dia
Para entrar o desespero
Donde fugiu a alegria!
Empenha em vão tudo, a esmo,
Pouco dinheiro lhe fica,
E não lhe cobre esse mesmo
As despesas da botica.
Pobre mãe, pobres crianças!
Já, de momento em momento,
Vão minguando as esperanças,
Vai crescendo o sofrimento;
(Heras e violetas, 1869.)
Pedreiro Waldemar
Você conhece
O pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada
Toma o trem da Circular
Faz tanta casa
E não tem casa pra morar
Leva a marmita
Embrulhada no jornal
Se tem almoço,
Nem sempre tem jantar
O Waldemar,
Que é mestre no ofício
Constrói um edifício
E depois não pode entrar.
(Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.)
Explique o caráter metafórico do emprego da palavra rosas na quarta estrofe do trecho reproduzido do poema de Guilherme Braga.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questão focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romântico português Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948.
Em dezembro
Olhai: naquele operário
Tudo é força, ânimo e vida;
Se o trabalho é o seu calvário
Sobe-o de cabeça erguida.
Deus deu-lhe um anjo na esposa,
E as filhas são tão pequenas
Que delas a mais idosa
Conta dez anos apenas.
Tem cinco, e todas tão belas
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância;
Por isso, quando o trabalho
Lhe fatiga as mãos calosas,
Tem no suor o fresco orvalho
Que dá seiva àquelas rosas,
[...]
Depois, da ceia ao convite,
Toda a família o rodeia
À mesa, aonde o apetite
Faz soberba a humilde ceia.
[...]
No entanto, como a existência
Não tem em si nada estável,
Num dia de decadência
Este obreiro infatigável,
Por ter gasto a noite inteira
Na luta, cede ao cansaço,
E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
Ai! o infortúnio é severo!
Bastou por tanto um só dia
Para entrar o desespero
Donde fugiu a alegria!
Empenha em vão tudo, a esmo,
Pouco dinheiro lhe fica,
E não lhe cobre esse mesmo
As despesas da botica.
Pobre mãe, pobres crianças!
Já, de momento em momento,
Vão minguando as esperanças,
Vai crescendo o sofrimento;
(Heras e violetas, 1869.)
Pedreiro Waldemar
Você conhece
O pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada
Toma o trem da Circular
Faz tanta casa
E não tem casa pra morar
Leva a marmita
Embrulhada no jornal
Se tem almoço,
Nem sempre tem jantar
O Waldemar,
Que é mestre no ofício
Constrói um edifício
E depois não pode entrar.
(Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.)
Indique o que há de comum entre os conteúdos dos dois últimos versos de cada uma das três estrofes da marcha de carnaval e em que medida representam um protesto a respeito da condição social do operário.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questão focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romântico português Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948.
Em dezembro
Olhai: naquele operário
Tudo é força, ânimo e vida;
Se o trabalho é o seu calvário
Sobe-o de cabeça erguida.
Deus deu-lhe um anjo na esposa,
E as filhas são tão pequenas
Que delas a mais idosa
Conta dez anos apenas.
Tem cinco, e todas tão belas
Que, ao ver-lhes a alegre infância,
Julga estar vendo as estrelas
E o céu a menos distância;
Por isso, quando o trabalho
Lhe fatiga as mãos calosas,
Tem no suor o fresco orvalho
Que dá seiva àquelas rosas,
[...]
Depois, da ceia ao convite,
Toda a família o rodeia
À mesa, aonde o apetite
Faz soberba a humilde ceia.
[...]
No entanto, como a existência
Não tem em si nada estável,
Num dia de decadência
Este obreiro infatigável,
Por ter gasto a noite inteira
Na luta, cede ao cansaço,
E cai da máquina à beira,
E a roda esmaga-lhe um braço...
Ai! o infortúnio é severo!
Bastou por tanto um só dia
Para entrar o desespero
Donde fugiu a alegria!
Empenha em vão tudo, a esmo,
Pouco dinheiro lhe fica,
E não lhe cobre esse mesmo
As despesas da botica.
Pobre mãe, pobres crianças!
Já, de momento em momento,
Vão minguando as esperanças,
Vai crescendo o sofrimento;
(Heras e violetas, 1869.)
Pedreiro Waldemar
Você conhece
O pedreiro Waldemar?
Não conhece?
Mas eu vou lhe apresentar
De madrugada
Toma o trem da Circular
Faz tanta casa
E não tem casa pra morar
Leva a marmita
Embrulhada no jornal
Se tem almoço,
Nem sempre tem jantar
O Waldemar,
Que é mestre no ofício
Constrói um edifício
E depois não pode entrar.
(Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.)
Considerando que os textos mencionam fatos da vida de dois trabalhadores, descreva a diferença observada quanto a menções a sentimentos do operário, no poema de Guilherme Braga, e do pedreiro Waldemar, na letra da marcha de carnaval.
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Leia o texto para responder, em português, à questão.
Brazil offers new handout to the poor: Culture
By Andrew Downie
February 5, 2014
SÃO PAULO, Brazil — Like millions of other residents of Sao Paulo, Telma Rodrigues spends a large part of her waking hours going to and from work. She hates the commute, and not just because public transportation is packed, slow and inefficient. She finds it boring.
Now there’s light at the end of the tunnel, and it has nothing to do with new bus lanes or subway lines. As of last weekend, the government will give people such as Rodrigues a new “cultural coupon” worth $20 a month — enough, the 26-year-old said, to buy a book to enliven her daily ride. The money, loaded on a magnetic card, is designated only for purposes broadly termed cultural — although that category could include dance lessons and visits to the circus in addition to books and movie tickets.
In a country battling poverty on an epic scale, the initiative has won widespread praise as a worthy and yet relatively cheap project. But it has provoked questions. Is it the state’s job to fund culture? How will poor Brazilians use the money? How do you, or even should you, convince people that their money will be better spent on Jules Verne rather than Justin Bieber?
“What we’d really like is that they try new things,” Culture Minister Marta Suplicy said in a telephone interview. “We want people to go to the theater they wanted to go to, to the museum they wanted to go to, to buy the book they wanted to read.”
Although it has made significant advances in recent years, the South American nation is still relatively isolated and many of the poorest Brazilians are unsophisticated in their tastes. They pick up an average of four books a year, including textbooks, and finish only two of them, a study published last year by the Sao Paulo state government showed.
Almost all of Brazil’s 5,570 municipalities have a local library, but only one in four has a bookshop, theater or museum, and only one in nine boasts a cinema, according to the government’s statistics bureau. When asked what they most like to do in their spare time, 85 percent of Brazilians answered “watch television.”
(www.washingtonpost.com. Adaptado.)
Que atividades culturais estão contempladas pelo Vale Cultura?
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Leia o texto para responder, em português, à questão.
Brazil offers new handout to the poor: Culture
By Andrew Downie
February 5, 2014
SÃO PAULO, Brazil — Like millions of other residents of Sao Paulo, Telma Rodrigues spends a large part of her waking hours going to and from work. She hates the commute, and not just because public transportation is packed, slow and inefficient. She finds it boring.
Now there’s light at the end of the tunnel, and it has nothing to do with new bus lanes or subway lines. As of last weekend, the government will give people such as Rodrigues a new “cultural coupon” worth $20 a month — enough, the 26-year-old said, to buy a book to enliven her daily ride. The money, loaded on a magnetic card, is designated only for purposes broadly termed cultural — although that category could include dance lessons and visits to the circus in addition to books and movie tickets.
In a country battling poverty on an epic scale, the initiative has won widespread praise as a worthy and yet relatively cheap project. But it has provoked questions. Is it the state’s job to fund culture? How will poor Brazilians use the money? How do you, or even should you, convince people that their money will be better spent on Jules Verne rather than Justin Bieber?
“What we’d really like is that they try new things,” Culture Minister Marta Suplicy said in a telephone interview. “We want people to go to the theater they wanted to go to, to the museum they wanted to go to, to buy the book they wanted to read.”
Although it has made significant advances in recent years, the South American nation is still relatively isolated and many of the poorest Brazilians are unsophisticated in their tastes. They pick up an average of four books a year, including textbooks, and finish only two of them, a study published last year by the Sao Paulo state government showed.
Almost all of Brazil’s 5,570 municipalities have a local library, but only one in four has a bookshop, theater or museum, and only one in nine boasts a cinema, according to the government’s statistics bureau. When asked what they most like to do in their spare time, 85 percent of Brazilians answered “watch television.”
(www.washingtonpost.com. Adaptado.)
Como cidadãos com o tipo de vida semelhante à de Telma Rodrigues podem se beneficiar do Vale Cultura?
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Leia o texto para responder, em português, à questão.
Brazil offers new handout to the poor: Culture
By Andrew Downie
February 5, 2014
SÃO PAULO, Brazil — Like millions of other residents of Sao Paulo, Telma Rodrigues spends a large part of her waking hours going to and from work. She hates the commute, and not just because public transportation is packed, slow and inefficient. She finds it boring.
Now there’s light at the end of the tunnel, and it has nothing to do with new bus lanes or subway lines. As of last weekend, the government will give people such as Rodrigues a new “cultural coupon” worth $20 a month — enough, the 26-year-old said, to buy a book to enliven her daily ride. The money, loaded on a magnetic card, is designated only for purposes broadly termed cultural — although that category could include dance lessons and visits to the circus in addition to books and movie tickets.
In a country battling poverty on an epic scale, the initiative has won widespread praise as a worthy and yet relatively cheap project. But it has provoked questions. Is it the state’s job to fund culture? How will poor Brazilians use the money? How do you, or even should you, convince people that their money will be better spent on Jules Verne rather than Justin Bieber?
“What we’d really like is that they try new things,” Culture Minister Marta Suplicy said in a telephone interview. “We want people to go to the theater they wanted to go to, to the museum they wanted to go to, to buy the book they wanted to read.”
Although it has made significant advances in recent years, the South American nation is still relatively isolated and many of the poorest Brazilians are unsophisticated in their tastes. They pick up an average of four books a year, including textbooks, and finish only two of them, a study published last year by the Sao Paulo state government showed.
Almost all of Brazil’s 5,570 municipalities have a local library, but only one in four has a bookshop, theater or museum, and only one in nine boasts a cinema, according to the government’s statistics bureau. When asked what they most like to do in their spare time, 85 percent of Brazilians answered “watch television.”
(www.washingtonpost.com. Adaptado.)
Que argumentos a Ministra da Cultura apresenta para se defender das críticas?
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(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) Leia o texto para responder, em português, à questão.
Brazil offers new handout to the poor: Culture
By Andrew Downie
February 5, 2014
SÃO PAULO, Brazil — Like millions of other residents of Sao Paulo, Telma Rodrigues spends a large part of her waking hours going to and from work. She hates the commute, and not just because public transportation is packed, slow and inefficient. She finds it boring.
Now there’s light at the end of the tunnel, and it has nothing to do with new bus lanes or subway lines. As of last weekend, the government will give people such as Rodrigues a new “cultural coupon” worth $20 a month — enough, the 26-year-old said, to buy a book to enliven her daily ride. The money, loaded on a magnetic card, is designated only for purposes broadly termed cultural — although that category could include dance lessons and visits to the circus in addition to books and movie tickets.
In a country battling poverty on an epic scale, the initiative has won widespread praise as a worthy and yet relatively cheap project. But it has provoked questions. Is it the state’s job to fund culture? How will poor Brazilians use the money? How do you, or even should you, convince people that their money will be better spent on Jules Verne rather than Justin Bieber?
“What we’d really like is that they try new things,” Culture Minister Marta Suplicy said in a telephone interview. “We want people to go to the theater they wanted to go to, to the museum they wanted to go to, to buy the book they wanted to read.”
Although it has made significant advances in recent years, the South American nation is still relatively isolated and many of the poorest Brazilians are unsophisticated in their tastes. They pick up an average of four books a year, including textbooks, and finish only two of them, a study published last year by the Sao Paulo state government showed.
Almost all of Brazil’s 5,570 municipalities have a local library, but only one in four has a bookshop, theater or museum, and only one in nine boasts a cinema, according to the government’s statistics bureau. When asked what they most like to do in their spare time, 85 percent of Brazilians answered “watch television.”
(www.washingtonpost.com. Adaptado.)
Quais são os espaços culturais mais comuns e quais os mais raros nos municípios brasileiros?
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