(UFU 2014 - meio do ano)
Segundo David Hume, é correto afirmar que o princípio de causalidade é
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(UFU 2014 - meio do ano) Jean-Jacques Rousseau analisou a concepção de “estado de natureza humana” e chegou a conclusão bem diferente de seus antecessores, conforme se observa no trecho abaixo.
Outros poderão, desembaraçadamente, ir mais longe na mesma direção, sem que para ninguém seja fácil chegar ao término, pois não constitui empreendimento trivial separar o que há de original e de artificial na natureza atual do homem, e conhecer com exatidão um estado que não mais existe, que talvez nunca tenha existido, que provavelmente jamais existirá, e sobre o qual se tem, contudo, a necessidade de alcançar noções exatas para bem julgar de nosso estado presente”.
ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Coleção Os Pensadores. Trad. Lourdes Santos Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 234.
Com base no trecho acima e em seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que, para Rousseau,
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(UFU 2014 - meio do ano)
Os princípios práticos se dividem em dois grandes grupos, que Kant chama, respectivamente, de ‘máximas’ e ‘imperativos’. [...] Os imperativos são os princípios práticos objetivos, isto é, válidos para todos. Os imperativos são “mandamentos” ou “deveres”, ou seja, regras que expressam uma necessidade objetiva da ação, o que significa que, “se a razão determinasse completamente a vontade, a ação ocorreria segundo tal regra” ao passo que a intervenção de fatores emocionais e empíricos podem desviar esta vontade.
REALE,G., DARIO, A. História da Filosofia, vol. II. São Paulo: Paulus, 1990, p. 903 (adaptado)
Para Kant, é correto afirmar que os imperativos
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(UFU 2014 - meio do ano) No mundo dos séculos XII e XIII, o setor de produção é essencialmente agrícola e inscreve-se no contexto do modo de produção feudal. Esse modo de produção baseia-se na exploração da terra por camponeses submetidos a um senhor. O senhor vive da renda feudal que os camponeses lhe entregam, seja em produtos, seja em dinheiro. Com o dinheiro dos censos dos camponeses e a venda dos produtos da terra, o senhor adquire os bens de que tem necessidade e que aumentam durante o período em função do custo crescente do equipamento militar e da totalidade das despesas necessárias à “vida nobre”. O camponês, por sua vez, para pagar a parte monetária de censos ao seu senhor e obter o mínimo de bens de que precisa e que ele não produz, compra e vende, também ele, no mercado.
LE GOFF, Jacques. O apogeu da cidade medieval. São Paulo: Martins Fontes, 1992, p.55, (adaptado)
Durante muito tempo, a historiografia considerou que a revolução comercial e burguesa, iniciada já no século XI, constituía, desde logo, um fenômeno radicalmente alheio à lógica do feudalismo e levava à justaposição de dois sistemas econômicos e culturais distintos. Porém, análises como a de Jacques Le Goff indicam que o desenvolvimento urbano e comercial
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(UFU - 2014) Após a primeira onda revolucionária, em 1640, o Parlamento parecia haver triunfado sobre o rei, e a pequena nobreza e os grandes comerciantes que tinham apoiado a causa parlamentar durante a guerra civil esperavam reconstruir as instituições da sociedade segundo os seus próprios desejos e impor os seus valores. Anos depois, em 1688, após novos conflitos, vencia um projeto político baseado na soberania parlamentar, na monarquia limitada, política externa imperialista, em suma, um mundo seguro e lucrativo para os homens de negócio. Após os conflitos, em finais do século XVII, saíam vitoriosos os sagrados direitos de propriedade (com a abolição dos títulos feudais sobre a terra e o fim da taxação arbitrária) e a ideologia da ética protestante.
HILL, Christopher. O mundo de ponta-cabeça. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, pp.31-32, (adaptado).
Os eventos apontados acima, no texto de Christopher Hill, e que foram de fundamental importância para o desenvolvimento do capitalismo no mundo Ocidental, são chamados de:
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(UFU - 2014) Entre os anos de 1789 e 1801, as autoridades de Lisboa viram-se diante de problemas sem precedentes. De várias regiões da sua colônia americana chegavam notícias de desafeição ao Trono, o que era sobremaneira grave. A preocupante novidade residia no fato de que os objetos das manifestações de desagrado, frequentes desde os primeiros séculos da colonização, deslocava-se, nitidamente, de aspectos particulares de ações do governo para o plano mais geral da organização do Estado. O que se percebe, agora, nos transbordamentos da fronteira da legalidade estrita, é que a própria forma de organização do poder se torna o alvo das críticas, e a sua substituição por outra afirma-se como o objetivo que move os homens.
JANCSÓ, István. “A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII”. In: SOUZA, Laura de Mello e. História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.388-389 (adaptado)
Ao analisar os eventos ocorridos na América portuguesa no final do século XVIII, os historiadores buscam integrá-los ao quadro geral de transformações pelas quais passava o Império luso. Assim as “desafeições ao Trono”
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(UFU 2014 - meio do ano) Pouco antes de a Guerra Civil quase dividir os EUA em dois, o Exército imperial da Rússia enfrentou os Exércitos aliados da Grã-Bretanha, França e Império Otomano nos campos de batalha da Península da Crimeia, naquela que se tornou a primeira guerra moderna. Os campos de batalha da Crimeia testemunharam um terrível fato: 25 mil britânicos, 100 mil franceses e um milhão de russos morreram. A carnificina só não foi maior porque os avanços na área militar não haviam chegado para todas as partes do conflito. Este confronto também foi o primeiro a ser coberto em tempo real pelos jornalistas, que enviavam suas informações por telégrafo para Londres, Berlim e Paris. E as notícias não chegavam apenas em palavras, mas também em imagens pelas fotografias de Roger Fenton. Hoje, a Crimeia, península ao sul da Ucrânia, retorna ao noticiário.
GROLL, Elias; FRANKEL, Rebecca. “Era uma vez a Guerra da Crimeia”. Jornal Estado de São Paulo. Disponível em:. Acesso em: 18 mar. 2014. (Adaptado)
A Guerra da Crimeia, ocorrida entre os anos de 1854 e 1856, marca o momento de tensões e mudanças internas dentro do sistema de relações internacionais entre as grandes potências europeias, acentuadas nos Bálcãs e no Oriente a partir do desmembramento do império turco-otomano. Sua definição enquanto “guerra moderna” deriva, entre outras coisas,
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(UFU 2014 - meio do ano)
TEXTO 1
TEXTO 2
Acto Colonial
Artigo 1º. A Constituição Política da República, em todas as disposições que por sua natureza não se refiram exclusivamente à metrópole, é aplicável às colônias, com os preceitos dos artigos seguintes.
Artigo 2º. É de essência orgânica da Nação Portuguesa desempenhar a função histórica de possuir e colonizar domínios ultramarinos e de civilizar as populações indígenas que neles se compreendam, exercendo também influência moral que lhes é adstrita pelo Padroado do Oriente.
Artigo 3º. Os domínios ultramarinos de Portugal denominam-se colônias e constituem o Império Colonial Português.
Acto Colonial, Diário do Governo, 8 de julho de 1930, p.1309.
Espécie de Constituição para os territórios ultramarinos, contendo entre outras medidas o “Estatuto do Indígena”, o “Acto Colonial” foi instituído por Salazar, então ministro das Colônias, em julho de 1930. Em um momento de ascensão do fascismo na Europa e em Portugal, a criação do “Acto Colonial”, associado a representações cartográficas tais como a intitulada “Portugal não é um país pequeno”, indicam
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(UFU - 2014) Em agosto de 1963, o pastor Martin Luther King Jr. fez um discurso histórico. Combatendo o racismo da sociedade norte-americana, ele usou uma imagem interessante para definir o episódio da Declaração de Independência dos Estados Unidos, de 1776: uma espécie de cheque a ser descontado pelas gerações futuras do país. Explicou que o cheque, levado ao banco por mãos negras, voltou com a marca “fundos insuficientes”. O discurso foi um protesto contra este estelionato, pois os afrodescendentes ainda lutavam por seu 4 de julho, 187 anos depois da ruptura com a Inglaterra. Em defesa do voto feminino, mulheres recorreram a argumentos semelhantes, assim como os conservadores do século XXI do Tea Party invocam o espírito da Independência ao proclamar suas ideias e projetos.
KARNAL, LEANDRO. Sonhando com o inimigo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro. Edição 74. Novembro 2011, p. 64, adaptado
Em 1776, a realidade das 13 colônias era de profunda variedade religiosa, econômica e social e não havia nada próximo de um país. Feita a independência, sobre enorme diversidade, restava o desafio de construir uma nação, produzindo símbolos e significados para sua unidade. O discurso de Martin Luther King e de outras minorias, bem como o de grupos republicanos conservadores como o Tea Party, indicam que existe nos EUA uma
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(UFU 2014 - meio do ano) A Lei de Terras decretada no Brasil em 1850 proibia a aquisição de terras públicas através de qualquer outro meio que não fosse a compra, colocando um fim às formas tradicionais de adquirir terras mediante posses e mediante doações da Coroa [...] Os produtos da venda das terras públicas e das taxas de registro das propriedades seriam empregados exclusivamente para a demarcação das terras públicas e para a ‘importação de colonos livres’. Criou-se um serviço burocrático encarregado de controlar a terra pública e de promover a colonização: a Repartição Geral das Terras Públicas
COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: momentos decisivos. 7ª ed., São Paulo: Editora da Unesp, 1999, p. 171
O projeto da lei de terras no Brasil foi inicialmente debatido no Conselho de Estado em 1842, teve sua tramitação ocorrida na Câmara dos Deputados em 1843, sendo aprovado no Senado em 18 de Setembro de 1850. A cronologia da criação da Lei de Terras no Brasil
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