FUVEST 2015

Questão 2600

(Fuvest 2015) 

Capítulo CVII
Bilhete

“Não houve nada, mas ele suspeita alguma cousa; está muito sério e não fala; agora saiu. Sorriu uma vez somente, para Nhonhô, depois de o fitar muito tempo, carrancudo. Não me tratou mal nem bem. Não sei o que vai acontecer; Deus queira que isto passe. Muita cautela, por ora, muita cautela.”

Capítulo CVIII
Que se não entende

Eis aí o drama, eis aí a ponta da orelha trágica de Shakespeare. Esse retalhinho de papel, garatujado em partes, machucado das mãos, era um documento de análise, que eu não farei neste capítulo, nem no outro, nem talvez em todo o resto do livro. Poderia eu tirar ao leitor o gosto de notar por si mesmo a frieza, a perspicácia e o ânimo dessas poucas linhas traçadas à pressa; e por trás delas a tempestade de outro cérebro, a raiva dissimulada, o desespero que se constrange e medita, porque tem de resolver-se na lama, ou no sangue, ou nas lágrimas?

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas.

 

Os seguintes aspectos compositivos considerados pelo narrador do excerto: concentração e economia de meios expressivos, orientação realista e analítica, previsão do papel do leitor na construção do sentido do texto, suprindo o que, neste, é implícito ou lacunar, podem também caracterizar, principalmente, a obra 

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Questão 2613

(Ufrgs 2015)

01. Viagens, cofres mágicos com promessas
02. sonhadoras, não mais revelareis vossos
03. tesouros intactos! Hoje, quando ilhas
04. polinésias afogadas em concreto se
05. transformam em porta-aviões ancorados nos
06. mares do Sul, quando as favelas corroem a
07. Africa, quando a aviação avilta a floresta
08. americana antes mesmo de poder destruir-lhe
09. a virgindade, de que modo poderia a pretensa
10. evasão da viagem conseguir outra coisa que
11. não confrontar-nos com as formas mais
12. miseráveis de nossa existência histórica?
13. Ainda assim, compreendo a paixão, a
14. loucura, o equívoco das narrativas de viagem.
15. Elas criam a ilusão daquilo ... ... .. não existe
16. mais, mas ........ ainda deveria existir. Trariam
17. nossos modernos Marcos Paios, das mesmas
18. terras distantes, desta vez em forma de
19. fotografias e relatos, as especiarias morais
20. ........ nossa sociedade experimenta uma
21. necessidade aguda ao se sentir soçobrar no
22. tédio?
23. É assim que me identifico, viajante
24. procurando em vão reconstituir o exotismo
25. com o auxílio de fragmentos e de destroços.
26. Então, insidiosamente, a ilusão começa a
27. tecer suas armadilhas. Gostaria de ter vivido
28. no tempo das verdadeiras viagens, quando
29. um espetáculo ainda não estragado,
30. contaminado e maldito se oferecia em todo o
31. seu esplendor. Uma vez encetado, o jogo de
32. conjecturas não tem mais fim: quando se
33. deveria visitar a Índia, em que época o estudo
34. dos selvagens brasileiros poderia levar a
35. conhecê-los na forma menos alterada? Teria
36. sido melhor chegar ao Rio no século XVIII?
37. cada década para trás permite salvar um
38. costume, ganhar uma festa, partilhar uma
39. crença suplementar.
40. Mas conheço bem demais os textos do
41. passado para não saber que, me privando de
42. um século, renuncio a perguntas dignas de
43. enriquecer minha reflexão. E eis, diante de
44. mim, o círculo intransponível: quanto menos
45. as culturas tinham condições de se comunicar
46. entre si, menos também os emissários
47. respectivos eram capazes de perceber a
48. riqueza e o significado da diversidade. No final
49. das contas, sou prisioneiro de uma
50. alternativa: ora viajante antigo, confrontado
51. com um prodigioso espetáculo do qual quase
52. tudo lhe escapava - ainda pior, inspirava
53. troça ou desprezo - , ora viajante moderno,
54. correndo atrás dos vestígios de uma realidade
55. desaparecida. Nessas duas situações, sou
56. perdedor, pois eu, que me lamento diante das
57. sombras, talvez seja impermeável ao
58. verdadeiro espetáculo que está tomando
59. forma neste instante, mas . .. . .. .. observação
60. meu grau de humanidade ainda carece da
61. sensibilidade necessária. Dentro de alguma
62. centena de anos, neste mesmo lugar, outro
63. viajante pranteará o desaparecimento do que
64. eu poderia ter visto e que me escapou.

Considere as possibilidades de reescrita apresentadas abaixo para a seguinte passagem do texto.

Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou. (l. 61-64)

I. Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou.
II. Outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento neste mesmo lugar do que eu poderia ter visto e que me escapou.
III. Neste mesmo lugar, outro viajante, dentro de alguma centena de anos, pranteará o desaparecimento que eu poderia ter visto e o que me escapou.

Quais estão corretas e preservam o sentido da frase original?

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Questão 2623

(Ufrgs 2015)

Viagens, cofres mágicos com promessas sonhadoras, não mais 5revelareis 6vossos tesouros intactos! Hoje, quando ilhas polinésias afogadas em concreto se transformam em porta-aviões ancorados nos mares do Sul, quando as favelas corroem a África, quando a aviação 9avilta a floresta americana antes mesmo de poder 7destruir-lhe a virgindade, de que modo poderia a pretensa 10evasão da viagem conseguir outra coisa que não 14confrontar-nos 15com as formas mais miseráveis de nossa existência histórica?
18Ainda 22assim, compreendo a paixão, a loucura, o equívoco das narrativas de viagem. Elas 16criam a ilusão daquilo 1__________ não existe mais, mas 2__________ ainda deveria existir. Trariam nossos modernos Marcos Polos, das mesmas terras distantes, desta vez em forma de fotografias e relatos, as especiarias morais 3_________ nossa sociedade experimenta uma necessidade aguda ao se sentir 11soçobrar no tédio?
É assim que me identifico, viajante procurando em vão reconstituir o exotismo com o auxílio de fragmentos e de destroços. 19Então, 26insidiosamente, a ilusão começa a tecer suas armadilhas. Gostaria de ter vivido no tempo das verdadeiras viagens, quando um espetáculo ainda não estragado, contaminado e maldito se oferecia em todo o seu esplendor. 20Uma vez 12encetado, o jogo de conjecturas não tem mais fim: quando se deveria visitar a Índia, em que época o estudo dos selvagens brasileiros poderia levar a conhecê-los na forma menos alterada? Teria sido melhor chegar ao Rio no século XVIII? Cada década para 23trás 29permite 27salvar um costume, 28ganhar uma festa, 17partilhar uma crença suplementar.
21Mas conheço bem demais os textos do passado para não saber que, me privando de um século, renuncio a perguntas dignas de enriquecer minha reflexão. E eis, diante de mim, o círculo intransponível: quanto menos as culturas tinham condições de se comunicar entre si, menos também os emissários 8respectivos eram capazes de perceber a riqueza e o significado da diversidade. No final das contas, sou prisioneiro de uma 32alternativa: 30ora viajante antigo, confrontado com um prodigioso espetáculo do qual quase tudo lhe escapava 24— ainda pior, inspirava troça ou desprezo 25—, 31ora viajante moderno, correndo atrás dos vestígios de uma realidade desaparecida. Nessas duas situações, sou perdedor, pois eu, que me lamento diante das sombras, talvez seja impermeável ao verdadeiro espetáculo que está tomando forma neste instante, mas 4__________ observação, meu grau de humanidade ainda 13carece da sensibilidade necessária. 33Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou.

Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 38-44.

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas indicadas pelas referências 1, 2, 3 e 4 do texto.

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Questão 2624

(UFRGS - 2015)

Viagens, cofres mágicos com promessas sonhadoras, não mais 5revelareis 6vossos tesouros intactos! Hoje, quando ilhas polinésias afogadas em concreto se transformam em porta-aviões ancorados nos mares do Sul, quando as favelas corroem a África, quando a aviação 9avilta a floresta americana antes mesmo de poder 7destruir-lhe a virgindade, de que modo poderia a pretensa 10evasão da viagem conseguir outra coisa que não 14confrontar-nos 15com as formas mais miseráveis de nossa existência histórica?
18Ainda 22assim, compreendo a paixão, a loucura, o equívoco das narrativas de viagem. Elas 16criam a ilusão daquilo 1__________ não existe mais, mas 2__________ ainda deveria existir. Trariam nossos modernos Marcos Polos, das mesmas terras distantes, desta vez em forma de fotografias e relatos, as especiarias morais 3_________ nossa sociedade experimenta uma necessidade aguda ao se sentir 11soçobrar no tédio?
É assim que me identifico, viajante procurando em vão reconstituir o exotismo com o auxílio de fragmentos e de destroços. 19Então, 26insidiosamente, a ilusão começa a tecer suas armadilhas. Gostaria de ter vivido no tempo das verdadeiras viagens, quando um espetáculo ainda não estragado, contaminado e maldito se oferecia em todo o seu esplendor. 20Uma vez 12encetado, o jogo de conjecturas não tem mais fim: quando se deveria visitar a Índia, em que época o estudo dos selvagens brasileiros poderia levar a conhecê-los na forma menos alterada? Teria sido melhor chegar ao Rio no século XVIII? Cada década para 23trás 29permite 27salvar um costume, 28ganhar uma festa, 17partilhar uma crença suplementar.
21Mas conheço bem demais os textos do passado para não saber que, me privando de um século, renuncio a perguntas dignas de enriquecer minha reflexão. E eis, diante de mim, o círculo intransponível: quanto menos as culturas tinham condições de se comunicar entre si, menos também os emissários 8respectivos eram capazes de perceber a riqueza e o significado da diversidade. No final das contas, sou prisioneiro de uma 32alternativa: 30ora viajante antigo, confrontado com um prodigioso espetáculo do qual quase tudo lhe escapava 24— ainda pior, inspirava troça ou desprezo 25—, 31ora viajante moderno, correndo atrás dos vestígios de uma realidade desaparecida. Nessas duas situações, sou perdedor, pois eu, que me lamento diante das sombras, talvez seja impermeável ao verdadeiro espetáculo que está tomando forma neste instante, mas 4__________ observação, meu grau de humanidade ainda 13carece da sensibilidade necessária. 33Dentro de alguma centena de anos, neste mesmo lugar, outro viajante pranteará o desaparecimento do que eu poderia ter visto e que me escapou.

Adaptado de: LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1996. p. 38-44.

 

Considere as seguintes afirmações sobre regência e emprego de crase.

I. Caso a forma verbal confrontar-nos (ref. 14) fosse substituída por colocar-nos diante, seria necessário substituir a preposição com (ref. 15) pelo emprego de crase nesse contexto.
II. A substituição da forma verbal criam (ref. 16) por dão origem tornaria obrigatório o emprego de crase nesse contexto.
III. A substituição da forma verbal partilhar (ref. 17) pelo segmento ter acesso tornaria necessário o emprego de crase nesse contexto.

Quais estão corretas?

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Questão 2625

(Fgvrj 2015)

Argumento (Paulinho da Viola)

Tá legal
Eu aceito o argumento
Mas não me altere o samba tanto assim
Olha que a rapaziada está sentindo a falta
De um cavaco, de um pandeiro
Ou de um tamborim.
Sem preconceito
Ou mania de passado
Sem querer ficar do lado
De quem não quer navegar
Faça como um velho marinheiro
Que durante o nevoeiro
Leva o barco devagar.Argu

No verso “Mas não me altere o samba tanto assim”, o pronome “me” não exerce função sintática alguma. Segundo a gramática da língua portuguesa, trata-se de um recurso expressivo de que se serve a pessoa que fala para mostrar que está vivamente interessada no cumprimento da exortação feita. Constitui uso mais comum na linguagem coloquial.
Nas citações abaixo, todas extraídas de Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, esse recurso ocorre em:

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Questão 2633

(PUC/PR - 2015) 

DNA EM PROMOÇÃO

Sequenciamento sem médico vendido por US$99 nos EUA é proibido.

Até o ano passado, quando teve seu serviço suspenso pela agência que regula medicamentos nos EUA (FDA), a 23andMe cobrava US$99 por um teste de DNA. _____ empresa não deu provas suficientes de que fornecia resultados confiáveis, principalmente quando se tratava de doenças causadas por mutações em mais de um gene. Comandada por Anne Wojcicki, ex-mulher do cofundador do Google, Sergey Brin, a 23andMe defende tese parecida com _____ de Khan*: a de que os consumidores têm o direito _____ informação sobre seu próprio DNA. Feito por mais de 500 mil pessoas, o exame da companhia analisava o DNA de uma amostra de saliva e informava se elas têm risco de desenvolver doenças como os cânceres de ovário, de mama e de intestino, por exemplo. A FDA alegou que um falso positivo poderia levar uma consumidora _____ fazer uma mastectomia desnecessária. “Pense no efeito de saber que você tem propensão _____ uma doença grave, ou sem cura, e não poder fazer nada para evitá-la”, diz Mayana Zatz. “É como uma bomba relógio cujo prazo para explodir não pode ser previsto nem interrompido.”

*Razib Khan é um pesquisador norte-americano que mapeou o código genético de seu filho antes de este vir ao mundo.

Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em: 30/08/2014

Com relação ao uso do acento grave, completa CORRETAMENTE as lacunas a opção:

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Questão 2646

(Unifesp 2015)

Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?

Uma organização não governamental holandesa está propondo um desafio que muitos poderão considerar impossível: 1ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológicos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que o teste é completamente voluntário.
Ironicamente, para poder participar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar um contador na rede social.
Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.

(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.)

Considere o enunciado a seguir:

[...] ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. (ref. 1)
[...] que poderiam ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”. (ref. 2)

Nos dois trechos, utilizam-se as aspas, respectivamente, para

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Questão 2647

(PUC/RS - 2015)

Entre o espaço público e o privado

12Excluídos da sociedade, os moradores de rua 26ressignificam o único espaço 13que lhes foi permitido ocupar, o espaço público, transformando-o em seu “lugar”, um espaço privado. 11Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, 1fazendo comida no asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas como se estivessem dentro de uma casa: 17assim vivem os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São Paulo, vemos essas pessoas 3dormindo nas 28calçadas, 4passando por situações constrangedoras, 5pedindo esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das pessoas que 2fazem da rua sua casa e nela constroem sua 35intimidade. 18Assim, a ideia de 33individualização que está nas 31casas, na 34separação das coisas por 30cômodos e quartos que servem para proteger a intimidade do indivíduo, 14ganha outro sentido. O 6viver nas 29ruas, um lugar 19aparentemente 36inabitável, tem sua própria lógica de funcionamento, que vai além das possibilidades.
A relação que o homem 8estabelece com o espaço que ocupa é uma das mais importantes para sua sobrevivência. As mudanças de comportamento social 15foram 21sempre precedidas de 22mudanças físicas de local. Por 23mais que a rua não seja um local para 7viver, já que se trata de um ambiente público, de passagem e não de permanência, ela acaba sendo, 25senão única, a 24mais viável opção. Alguns pensadores já apontam que a habitação 9é um ponto base e 10adquire uma importância para harmonizar a vida. O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis e 37invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’, ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa existência à vista de outras pessoas”.
O modo como essas pessoas 27constituem o único espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram transformá-lo em “seu 20lugar”, que aproximaram, cada um à sua maneira, 16dois mundos nos quais estamos 32inseridos: o público e o privado.

RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono. (fragmento adaptado)
In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp. Acesso em 21/8/2014.

Analise as possibilidades de reescrita do trecho marcado pela referência 11, no texto.

I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
II. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.

A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas

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Questão 2648

(PUC/RS - 2015)

Considere as sugestões de reescrita para o slogan da campanha.

1. Dar esmola? Não ajuda.
2. Dar esmola? Não. Ajuda.
3. Dar esmola não! Ajuda.
4. Dar esmola? Ajuda não?
5. Dar esmola ajuda, não?

O sentido da campanha e a correção gramatical seriam mantidos considerando-se apenas

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Questão 2649

(Mackenzie 2015)

     Seres humanos dividem o mundo entre “nós” e “eles”.
     Criadas por razões religiosas, étnicas, preferências sexuais, futebolísticas ou de outra natureza, as tensões e 1suspeições intergrupais são as grandes responsáveis pela violência no mundo.
     O preconceito que resulta dessas divisões não é consciente, está 2arraigado nas profundezas do passado evolutivo, 3na tendência universal de formarmos coalizões que nos ajudem a enfrentar os desafios que a vida impõe.
     Experimentos conduzidos nos últimos 30 anos mostram que nos reunimos em grupos, mesmo em torno de objetivos fúteis4: o fã-clube de uma cantora, um time ou um piloto de corrida. E que, ao nos incluirmos em tais agrupamentos, passamos a acreditar que nossos companheiros são mais inteligentes, espertos, generosos e dotados de valores morais superiores aos dos membros de outros grupos.
     As pesquisas hoje estão dirigidas para as razões que nos levam 5a enxergar o mundo sob essa perspectiva do “nós” e “eles”. Que fatores em nosso passado evolutivo 6forjaram a extrema facilidade com que formamos coalizões e reagimos de forma preconceituosa contra os estranhos 7a elas?
     Para muitos psicólogos, o ódio dirigido a “eles” tem origem na generosidade manifestada em relação a “nós” mesmos. [...]
     Como consequência, esperamos encontrar acolhimento e solidariedade quando estamos entre “nós”, porque somos mais amigáveis, 8altruístas e pacíficos do que os de fora. Valores morais dessa 9magnitude nos autorizam a agir com violência contra inimigos que julgamos não possui-los, em caso de disputas por territórios, prestígio social, empregos ou acesso a bens materiais. [...]
     10Embora o preconceito esteja alojado em áreas arcaicas do sistema nervoso central, sua expressão não é inevitável. Nosso córtex cerebral já evoluiu o suficiente para reprimi-lo, de modo a abandonarmos a bestialidade do passado e adotarmos condutas racionais centradas na tolerância e na aceitação da diversidade humana.

Adaptado de Drauzio Varella

Assinale a alternativa correta.

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