(UFU - 2016 - 1ª FASE)
Não é só o Dia do Trabalho que é comemorado em 1° de maio, mas também o Dia da Literatura Brasileira. Nos últimos anos, o Brasil vem se destacando no cenário internacional não mais só pelo esporte ou culinária, mas também pelos livros escritos aqui. Um exemplo deste fenômeno é o país ter sido o convidado de honra do Salão do Livro de Paris em 2015, que ocorreu em março.
Língua Portuguesa, Ano 9, Nº 115, maio 2015, p. 47
As orações, nos períodos em destaque, estão articuladas de modo a estabelecer
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Uma barra: na era das mensagens de texto e das descrições de perfis no Twitter, ela se tornou um sinal de pontuação universal para aqueles que querem descrever rapidamente suas atividades sociais (jantar/drinques), as ambições de carreira (trabalho/diversão) e até mesmo os arranjos amorosos (amigo/ amante).
Mas, para alguns integrantes da geração Y (aqueles nascidos entre 1980 e 2000), ela se transformou em uma espécie de marcador de identidade (advogada/atriz; relações públicas/DJ; executiva/cozinheira) para aqueles que trabalham em dois (ou mais) mundos diferentes.
Ao contrário de legiões de americanos que têm vários empregos por necessidade, esses jovens escolhem se esticar entre várias atividades. Enquanto um trabalho geralmente paga as contas, outro permite algo mais criativo. Eles consideram esse coquetel de atividades essencial para o bem-estar e consideram que se concentrar em apenas uma coisa para o resto da vida é antiquado.
"Uma coisa para o resto da minha vida? Absolutamente não", diz Maxwell Hawes 4°, 25, que atualmente se alterna entre uma companhia de tecnologia para publicidade em San Francisco e uma start-up (empresa iniciante) e de vestuário masculino. "Eu não imagino como seria isso."
Folha de S. Paulo, 28 de dezembro de 2014.
A citação, entre aspas, presente no fim do texto relaciona-se à ideia desenvolvida no parágrafo anterior com o objetivo de apresentar um(a)
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As nuvens, por onde pisamos distraídos, quase tocando nos astros, sempre foram um lugar para não estar à exceção dos poetas, dos nefelibatas e dos aviões. Das nuvens, hoje, é de onde não devemos descer, porque nelas está tudo, mas tudo mesmo as mais belas canções, os livros, as séries de televisão, os filmes, os softwares, o dinheiro no 5 banco. Nuvem ou cloud, em inglês é o nome que se dá ao conjunto de potentes servidores remotos que armazenam todo o conteúdo digital à mão. A velocidade de processamento de dados associada ao aumento exponencial da capacidade de guardar informações mudou para sempre o modo como produzimos e consumimos os alimentos para a alma, para, aí 10 sim, termos o direito de caminhar nas nuvens.
A história dessa aventura tecnológica é jovem demais para ser tão espetacular, daí seu fascínio. Quando a internet começou a se popularizar, nos anos 1990, ela era uma obra aberta, com poucas certezas e muitas apostas erradas, sabemos hoje. Uma das crenças anunciava um mundo 15 virtual povoado exclusivamente de amadorismo e pirataria. Era assim há vinte anos. Pela rede circulavam pencas de filmes roubados, misturados a pornografia e a um ou outro arquivo particular de gatinhos adoráveis. Acreditava-se que a única forma de achar conteúdo de qualidade seria ligando a televisão, indo ao cinema ou alugando um VHS, objeto tão 20 ancestral quanto a pedra lascada. Cortemos para o presente. Sim, há vídeos de gatos, pornografia e pirataria. Mas a rede nos trouxe também o iTunes, o Netflix, o Spotify e, com eles, conteúdo de excelência e legalizado. O que ocorreu entre o amadorismo dos anos 90 e o profissionalismo a que chegamos? A peça-chave foi o avanço acelerado 25 da tecnologia atrelada à internet. É o alicerce do mundo on demand (sob demanda), onde todos podem ver o que quiserem, onde estiverem e na hora que escolherem.
VILICIC, Filipe; BEER, Raquel; NERI, Gabriela. Tá caindo música do céu... Veja, 6 de maio de 2015, p. 80-87 (fragmento)
De acordo com as ideias desenvolvidas no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
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O vírus zika segue sua escalada. Ele é suspeito de causar boa parte dos 3.611 casos de microcefalia em bebês no Brasil desde outubro de 2015, segundo o levantamento mais recente do Ministério da Saúde. No dia 17 de janeiro, a Organização Pan-Americana da Saúde na região, declarou que 18 países, praticamente toda a América Latina, já detectaram casos de infecção pelo vírus. O invasor chegou até a América do Norte. Durante a última semana, apareceram notificações de casos nos Estados Unidos. Foram duas gestantes em Illinois, outra com suspeita de zika na Califórnia e três pessoas diagnosticadas na Flórida. Esses casos se somam aos primeiros registrados no início do mês: uma mulher no Texas e um bebê que nasceu com microcefalia no Havaí. [...] Um novo estudo, elaborado por um grupo internacional de pesquisadores, sugere que é questão de tempo até que o vírus comece a se disseminar dentro dos Estados Unidos e, possivelmente, da Europa. [...]
BUSCATO, Marcela. Época, 25 de janeiro de 2016, p. 42 (fragmento).
Ao descrever a crescente trajetória do vírus zika, por meio de dados oficiais, a produtora do texto tem por objetivo:
(UFU - 2016 - 1ª FASE)
Na Olimpíada da crise, os convidados especiais não vão contar assim com tanta mordomia. Graças à baixa procura e ao desinteresse dos patrocinadores, o comitê organizador dos Jogos está com dificuldade de erguer camarotes para algumas modalidades. O de vôlei de praia, esporte no qual o Brasil é destaque, não vai dispor da estrutura. O camarote para o tênis, no Parque Olímpico, também foi cancelado. A construção ocorre apenas se os pedidos são suficientes para compensar os custos.
Veja, ed. 2460, ano 49, nº. 2, 13 de janeiro de 2016, p. 29.
No último período do texto, as formas verbais em destaque foram empregadas para
(UFU - 2016 - 1ª FASE)
Para os gregos, o passado e o futuro são os dois grandes males da vida, por serem dimensões do tempo que não existem mais, ou não existem ainda, que nos impedem de viver na única dimensão real: o presente. O passado nos puxa para trás: se tivemos um passado feliz, ficamos nostálgicos. Se for um passado triste, ele nos mergulha no que Spinoza batizou de “paixões tristes”: 5arrependimentos, remorsos, vergonhas e culpas que amarguram a existência e não deixam saborear o presente. Isso nos leva a procurar no futuro a esperança. Porém, segundo os gregos, a esperança também esvazia o presente do seu valor, em nome de um futuro incerto. Pensar que as coisas vão melhorar quando trocarmos de carro, de corte de cabelo, de sapatos ou de amigos, é ilusão. A esperança e a nostalgia, o futuro e o passado são “nadas”, pois o passado não existe mais e o futuro ainda não existe. Por causa deles, acabamos quase nunca vivendo na única dimensão real do tempo: o presente. Sêneca, o grande estoico romano, dizia que de tanto vivermos no passado e no futuro, “não vivemos”. Chegamos, então, ao famoso carpe diem (“Aproveite o dia”) de Horácio. Temos que colher o dia de hoje, sem nos deixar distrair pela preocupação do dia seguinte ou pelas nostalgias passadas.
Planeta, edição 488, junho 2013 (fragmento).
O texto tece reflexões acerca do passado, do futuro e do presente, argumentando a favor da ideia de que se deve
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(UFU - 2016 - 1ª FASE/ Adaptada)
Para os gregos, o passado e o futuro são os dois grandes males da vida, por serem dimensões do tempo que não existem mais, ou não existem ainda, que nos impedem de viver na única dimensão real: o presente. O passado nos puxa para trás: se tivemos um passado feliz, ficamos nostálgicos. Se for um passado triste, ele nos mergulha no que Spinoza batizou de “paixões tristes”: arrependimentos, remorsos, vergonhas e culpas que amarguram a existência e não deixam saborear o presente. Isso nos leva a procurar no futuro a esperança. Porém, segundo os gregos, a esperança também esvazia o presente do seu valor, em nome de um futuro incerto. Pensar que as coisas vão melhorar quando trocarmos de carro, de corte de cabelo, de sapatos ou de amigos, é ilusão. A esperança e a nostalgia, o futuro e o passado são 1“nadas”, pois o passado não existe mais e o futuro ainda não existe. Por causa deles, acabamos quase nunca vivendo na única dimensão real do tempo: o presente. Sêneca, o grande estoico romano, dizia que de tanto vivermos no passado e no futuro, “não vivemos”. Chegamos, então, ao famoso carpe diem (“Aproveite o dia”) de Horácio. Temos que colher o dia de hoje, sem nos deixar distrair pela preocupação do dia seguinte ou pelas nostalgias passadas.
Planeta, edição 488, junho 2013 (fragmento).
O emprego das aspas em “nadas” (ref. 1) deve-se ao fato de que o autor deseja
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[...] Há uma velha máxima no universo da internet que diz: “Não alimente os trolls (aqueles que praticam a trolagem – brincadeiras ofensivas que, muitas vezes, ferem as leis).” Segundo essa teoria, quanto mais a população se incomoda e quanto mais a mídia divulga as ações desses grupos, mais eles se tornam populares e engajados. Os defensores da máxima dizem que ela deveria valer também para a Justiça. Há quem defenda que a ideia de que, à medida que as autoridades perseguem esses grupos (gangues virtuais), mais malucos se dispõem a desafiá-las, devido à sensação de impunidade inerente ao anonimato na rede. Mas, sejam eles alimentados ou não, muitos desses baderneiros virtuais estão cometendo crimes no mundo real. [...]
FERRARI, Bruno. In: Época, 25 de janeiro de 2016, p. 69 (fragmento adaptado).
Com o objetivo de introduzir o tema do texto, o autor cita uma máxima da internet e, na sequência, explicita-a. O processo constitutivo dessa explicação baseia-se em uma relação
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Uma das melhores interpretações já feitas do verbo “coitadinhar”, neologismo que aprendi durante um papo-furado com uma grande amiga que é cega, foi feita no filme “Shrek”. Ela acontece no momento em que o Gato de Botas, para fugir de uma situação em que estava encurralado, esbugalhou os olhos, comprimiu o pescoço, ensaiou um choro e conseguiu, por fim, amolecer o coração dos malvados que o cercavam ilesos. [...]
MARQUES, Jairo. Folha de S. Paulo, 16 de dezembro de 2015, B2 Cotidiano (fragmento).
Entende-se por neologismo a criação ou atribuição de um novo sentido a uma palavra ou expressão já existente, por meio de processos também existentes na língua. Com base nessa definição e na contextualização em que o termo “coitadinhar” foi utilizado no filme “Shrek”, deduz-se que ele significa, EXCETO:
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DIONISOS DENDRITES
Seu olhar verde penetra a Noite entre tochas acesas
Ramos nascem de seu peito
Pés percutem a pedra enegrecida
Cantos ecoam tambores gritos mantos desatados.
Acorre o vento ao círculo demente
O vinho espuma nas taças incendiadas.
Acena o deus ao bando: Mar de alvos braços
Seios rompendo as túnicas gargantas dilatadas
E o vaticínio do tumulto à Noite –
Chegada do inverno aos lares
Fim de guerra em campos estrangeiros.
As bocas mordem colos e flancos desnudados:
À sombra mergulham faces convulsivas
Corpos se avizinham à vida fria dos valados
Trêmulas tíades presas ao peito de Dionisos trácio.
Sussurra a Noite e os risos de ébrios dançarinos
Mergulham no vórtice da festa consagrada.
E quando o Sol o ingênuo olhar acende
Um secreto murmúrio ata num só feixe
O louro trigo nascido das encostas.
SILVA, Dora Ferreira da. Hídrias. São Paulo: Odysseus, 2004. p. 42-43.
Considerando a leitura do poema e o uso dos recursos expressivos, em Dionisos Dendrites,
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