(ULBRA - 2016)
Os terremotos são causas de destruição e mortes em muitas partes do planeta. Associado a esse fenômeno, existe uma mecânica de acontecimentos de diferentes escalas e maneiras de acontecer, liberando energia na crosta terrestre.
Marque a alternativa incorreta sobre o assunto.
Ver questão
(UDESC-2016)
O consumo cada vez maior de combustíveis fósseis tem levado a um aumento considerável da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, o que acarreta diversos problemas, dentre eles o efeito estufa. Com relação à molécula de dióxido de carbono, é correto afirmar que:
Ver questão
(Unifeso/2016) A figura a seguir mostra, de modo esquematizado, uma célula num determinado momento da divisão celular.
Com relação à célula representada e a correspondente fase da divisão celular, é correto afirmar que se trata de célula:
Ver questão
Em O Processo Civilizador, Norbert Elias analisa a história dos costumes, buscando compreender o curso das transformações gerais da sociedade ocidental que, na longa duração, contribuíram para um processo civilizatório. A esse respeito, com base no fragmento acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O autor examina a dinâmica civilizadora, entendida como as reações dos indivíduos às condições materiais de vida.
( ) O autor estuda os processos de naturalização de hábitos e costumes, como os processos de controle das emoções individuais.
( ) O autor identifica representações sociais e hábitos analisando o processo cognitivo pelo qual lhe são atribuídos significados.
As afirmativas são, respectivamente,
Ver questão
(CESMAC-2016) A cisticercose é uma doença parasitária comum em países pobres, cujas condições higiênico-sanitárias de produção alimentícia são precárias. Sobre o parasita causador dessa doença, não é correto afirmar que:
Ver questão
(UFRGS) A Guerra Civil entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, ocorrida entre 1861-1865, teve por consequência profundas mudanças na economia e na sociedade do país.
Assinale a alternativa que apresenta essas mudanças.
Ver questão
(UFJF - 2016/adaptada)
Texto 1
Terça-feira gorda
Para Luís Carlos Goés
De repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo, uma ruga tensa entre as sobrancelhas, pedindo confirmação. Confirmei, quase sorrindo também, a boca gosmenta de tanta cerveja morna, vodca com coca-cola, uísque nacional, gostos que eu nem identificava mais, passando de mão em mão dentro dos copos de plástico. Usava uma tanga vermelha e branca, Xangô, pensei, Iansã com purpurina na cara, Oxaguiã segurando a espada no braço levantado, Ogum Beira-Mar sambando bonito e bandido. Um movimento que descia feito onda dos quadris pelas coxas, até os pés, ondulado, então olhava para baixo e o movimento subia outra vez, onda ao contrário, voltando pela cintura até os ombros. Era então que sacudia a cabeça olhando para mim, cada vez mais perto.
Eu estava todo suado. Todos estavam suados, mas eu não via mais ninguém além dele. Eu já o tinha visto antes, não ali. Fazia tempo, não sabia onde. Eu tinha andado por muitos lugares. Ele tinha um jeito de quem também tinha andado por muitos lugares. Num desses lugares, quem sabe. Aqui, ali. Mas não lembraríamos antes de falar, talvez também nem depois. Só que não havia palavras. havia o movimento, a dança, o suor, os corpos meu e dele se aproximando mornos, sem querer mais nada além daquele chegar cada vez mais perto.
Na minha frente, ficamos nos olhando. Eu também dançava agora, acompanhando o movimento dele. Assim: quadris, coxas, pés, onda que desce, olhar para baixo, voltando pela cintura até os ombros, onda que sobe, então sacudir os cabelos molhados, levantar a cabeça e encarar sorrindo. Ele encostou o peito suado no meu. Tínhamos pêlos, os dois. Os pêlos molhados se misturavam. Ele estendeu a mão aberta, passou no meu rosto, falou qualquer coisa. O quê, perguntei. Você é gostoso, ele disse. [...]
Entreaberta, a boca dele veio se aproximando da minha. Parecia um figo maduro quando a gente faz com a ponta da faca uma cruz na extremidade mais redonda e rasga devagar a polpa, revelando o interior rosado cheio de grãos. Você sabia, eu falei, que o figo não é uma fruta mas uma flor que abre pra dentro. O quê, ele gritou. O figo, repeti, o figo é uma flor. Mas não tinha importância. [...]
Veados, a gente ainda ouviu, recebendo na cara o vento frio do mar. A música era só um tumtumtum de pés e tambores batendo. Eu olhei para cima e mostrei olha lá as Plêiades, só o que eu sabia ver, que nem raquete de tênis suspensa no céu. Você vai pegar um resfriado, ele falou com a mão no meu ombro. Foi então que percebi que não usávamos máscara. Lembrei que tinha lido em algum lugar que a dor é a única emoção que não usa máscara. Não sentíamos dor, mas aquela emoção daquela hora ali sobre nós, eu nem sei se era alegria, também não usava máscara. Então pensei devagar que era proibido ou perigoso não usar máscara, ainda mais no Carnaval. [...]
Mas vieram vindo, então, e eram muitos. Foge, gritei, estendendo o braço. Minha mão agarrou um espaço vazio. O pontapé nas costas fez com que me levantasse. Ele ficou no chão. Estavam todos em volta. Ai-ai, gritavam, olha as loucas. Olhando para baixo, vi os olhos dele muito abertos e sem nenhuma culpa entre as outras caras dos homens. A boca molhada afundando no meio duma massa escura, o brilho de um dente caído na areia. Quis tomá-lo pela mão, protegê-lo com meu corpo, mas sem querer estava sozinho e nu correndo pela areia molhada, os outros todos em volta, muito próximos.
Fechando os olhos então, como um filme contra as pálpebras, eu conseguia ver três imagens se sobrepondo. Primeiro o corpo suado dele, sambando, vindo em minha direção. Depois as Plêiades, feito uma raquete de tênis suspensa no céu lá em cima. E finalmente a queda lenta de um figo muito maduro, até esborrachar-se contra o chão em mil pedaços sangrentos.
(ABREU, Caio Frenando. Morangos Mofados. 12 ed.
Nova Fornteira: Rio de Janeiro, 2015, p. 73-78)
O desfecho do conto de Caio Fernando Abreu (texto 1) apresenta uma ação, por parte da maioria dos personagens, que se caracteriza por
Ver questão
(UTFPR 2016)
Um grupo de cientistas sul-africanos anunciou, nesta quinta-feira (10), a descoberta de uma nova espécie de ancestral do homem, batizada de Homo naledi. Pelo menos 15 esqueletos estavam enterrados em uma caverna em Rising Star Cave, na África do Sul. Os quadris são similares ao do hominídeo Lucy, então mais antigo ancestral do homem, porém os ombros são desenhados para facilitar a escalada, pés e mãos são iguais ao dos seres humanos, bem como a estrutura óssea. O cérebro apenas é menor, do tamanho de uma laranja.
O que mais chamou a atenção da equipe liderada pelo professor Lee Berger, geólogo da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, foram os sinais de que os esqueletos do Homo naledi foram submetidos a um ritual funerário. Eles foram enterrados após a morte, comportamento até então encontrado apenas no homo sapiens.
“Não imaginávamos que essa espécie tinha um comportamento complexo. Pensamos nelas como pouco mais de animais. Mas logo eliminamos a possibilidades de eles terem sofrido uma morte em massa ou sido vítima de alguma catástrofe. Também chegamos à conclusão de que eles não viviam lá [onde foram encontrados]. Isso nos levou à notável descoberta de uma nova espécie, que deliberadamente levava seus mortos para uma câ- mara”, afirmou Berger, que descobriu os fósseis em novembro de 2013 e passou quase dois anos estudando a nova espécie.
A equipe de Berger ainda não conseguiu precisar a idade dos esqueletos do homo naledi.
(Gazeta do Povo, 11/09/2015)
O texto apresenta problemas em relação à coesão (pois emprega inadequadamente alguns elementos referenciais), coerência e concordância. Identifique a alternativa que registra um período correto em relação a essas inadequações.
Ver questão
(UPF 2016)
O filósofo e romancista Umberto Eco concedeu uma entrevista ao Jornal El País em março de 2015, pouco menos de um ano antes de sua morte. Na ocasião, o escritor falou sobre o conteúdo de seu último romance, Número Zero, uma ficção sobre o jornalismo inspirada na realidade e sobre as relações da temática da obra com a atualidade: o papel da imprensa, a Internet e a sociedade.
Pergunta: Agora a realidade e a fantasia têm um terceiro aliado, a Internet, que mudou por completo o jornalismo.
Resposta:A Internet pode ter tomado o lugar do mau jornalismo... Se você sabe que está lendo um jornal como EL PAÍS, La Repubblica, Il Corriere della Sera…, pode pensar que existe um certo controle da notícia e confia. Por outro lado, se você lê um jornal como aqueles vespertinos ingleses, sensacionalistas, não confia. Com a Internet acontece o contrário: confia em tudo porque não sabe diferenciar a fonte credenciada da disparatada. Basta pensar no sucesso que faz na Internet qualquer página web que fale de complôs ou que invente histórias absurdas: tem um acompanhamento incrível, de internautas e de pessoas importantes que as levam a sério.
Pergunta: Atualmente é difícil pensar no mundo do jornalismo que era protagonizado, aqui na Itália, por pessoas como Piero Ottone e Indro Montanelli…
Resposta: Mas a crise do jornalismo no mundo começou nos anos 1950 e 1960, bem quando chegou a televisão, antes que eles desaparecessem! Até então o jornal te contava o que acontecia na tarde anterior, por isso muitos eram chamados jornais da tarde: Corriere della Sera, Le Soir, La Tarde, Evening Standard… Desde a invenção da televisão, o jornal te diz pela manhã o que você já sabe. E agora é a mesma coisa. O que um jornal deve fazer?
Pergunta: Diga o senhor.
Resposta: Tem que se transformar em um semanário. Porque um semanário tem tempo, são sete dias para construir suas reportagens. Se você lê a Time ou a Newsweek vê que várias pessoas contribuíram para uma história concreta, que trabalharam nela semanas ou meses, enquanto que em um jornal tudo é feito da noite para o dia. Um jornal que em 1944 tinha quatro páginas hoje tem 64, então tem que preencher obsessivamente com notícias repetidas, cai na fofoca, não consegue evitar... A crise do jornalismo, então, começou há quase cinquenta anos e é um problema muito grave e importante.
Pergunta: Por que é tão grave?
Resposta: Porque é verdade que, como dizia Hegel, a leitura dos jornais é a oração matinal do homem moderno. E eu não consigo tomar meu café da manhã se não folheio o jornal; mas é um ritual quase afetivo e religioso, porque folheio olhando os títulos, e por eles me dou conta de que quase tudo já sabia na noite anterior. No máximo, leio um editorial ou um artigo de opinião. Essa é a crise do jornalismo contemporâneo. E disso não sai!
Pergunta: Acredita de verdade que não?
Resposta: O jornalismo poderia ter outra função. Estou pensando em alguém que faça uma crítica cotidiana da Internet, e é algo que acontece pouquíssimo. Um jornalismo que me diga: “Olha o que tem na Internet, olha que coisas falsas estão dizendo, reaja a isso, eu te mostro”. E isso pode ser feito tranquilamente. No entanto, ainda pensam que o jornal é feito para que seja lido por alguns velhos senhores – já que os jovens não leem – que ainda não usam a Internet. Teria que se fazer um jornal que não se torne apenas a crítica da realidade cotidiana, mas também a crítica da realidade virtual. Esse é um futuro possível para um bom jornalismo.
EL PAIS. Caderno cultura. 30 de março de 2015. Disponível em http://brasil.elpais.com. Acesso em 10 abr. 2016
Uma das formas de estabelecer a coesão no texto é recorrer ao uso de encadeadores argumentativos. Assinale a alternativa que indica corretamente a relação entre o encadeador e o efeito de sentido produzido.
Ver questão
(Albert Einstein 2016)
Texto A
Fabiano (...), saciado, caiu de papo para cima, olhando as estrelas que vinham nascendo. Uma, duas, três, quatro, havia muitas estrelas, havia mais de cinco estrelas no céu. O poente cobria-se de cirros – e uma alegria doida enchia o coração de Fabiano.
Texto B
Uma, duas, três, havia mais de cinco estrelas no céu. A lua estava cercada de um halo cor de leite. Ia chover.
Texto C
A lua crescia, a sombra leitosa crescia, as estrelas foram esmorecendo naquela brancura que enchia a noite. Uma, duas, três, agora havia poucas estrelas no céu. Ali perto a nuvem escurecia o morro.
Os textos acima são de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. Da inter-relação deles pode-se deduzir que
Ver questão