FUVEST 2018

Questão 38348

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.
 
Passadas tantas décadas, estamos de novo preocupados com a modernidade de 22. Os fragmentos futuristas de Miramar e a rapsódia de Macunaíma são apontados sempre como altos modelos de vanguarda literária. Mas e o que veio depois? Nas melhores obras de autores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Dalton Trevisan, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, já se desfaz aquela mistura ideológica e datada de mitologia e tecnicismo que o movimento de 22 começou a propor e algumas vanguardas de 60 repetiram, até virarem em esquema e norma. Saber descobrir o sentido ora especular, ora resistente dessa literatura moderna sem modernismo é uma das tarefas prioritárias da crítica brasileira.
 
(Adaptado de: BOSI, Alfredo. “Moderno e modernista na literatura brasileira”. In: Céu, inferno. São Paulo: Ática, 1988, p. 126)
 
(Puccamp 2018)  O movimento de 22 se inseriu em um contexto econômico de expansão da economia cafeeira que, durante os anos 1920,

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Questão 38355

(UNICAMP - 2018 - 1ª fase)

O título do romance Caminhos cruzados, de Érico Veríssimo,

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Questão 38357

(Puccamp 2018)  As violências da II Guerra repercutiram em nossos escritores, como no caso da poesia de Carlos Drummond de Andrade, sobretudo em poemas que integram seus livros 

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Questão 38362

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: 
Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

Se a obra historiográfica de Sérgio Buarque de Hollanda foi um olhar para o passado brasileiro a partir da História de São Paulo (as monções, as entradas e bandeiras, os caminhos e fronteiras) entre a generalidade do ensaio, em Raízes do Brasil, e a sistematização acadêmica de sua produção na USP, a cidade do Rio de Janeiro funda um universo poético e um horizonte criativo inteiramente novos em Chico Buarque, no cruzamento das atividades do “morro” (o samba, sobretudo) com as da “cidade” (A Bossa Nova e a vida intelectual do circuito Zona Sul).

FIGUEIREDO, Luciano (org). História do Brasil para ocupados.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013, p. 451.

 

(Puccamp 2018)  O sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda, em sua obra Raízes do Brasil, buscou caracterizar traços fundadores da nossa identidade cultural, ao tempo que também a literatura registrava aspectos regionais de nossa cultura mais enraizada, tal como ocorreu

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Questão 38363

(PUC Camp - 2018)

A literatura mais formalizada e o universo das letras de canção podem veicular matizes de grande poesia, tal como se verifica na produção de Chico Buarque, mas também, e anteriormente, na passagem 

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Questão 38364

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

Regimes que se dizem cristãos e que derivam sua autoridade de um determinado corpo de textos já variaram do reino feudal de Jerusalém aos shakers, do império dos tsares russos à República Holandesa, da Genebra de Calvino à Inglaterra georgiana. Em épocas distintas, a teologia cristã absorveu Aristóteles e Marx. Todos afirmavam provir dos ensinamentos de Cristo – embora em geral desagradando a outros cristãos igualmente convencidos de sua cristandade.

HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo. Marx e o marxismo (1840-2011).
São Paulo: Companhia das Letras, 2011. p. 312.

 

(Puccamp 2018)  Atente para estes versos de Murilo Mendes:

Meu espírito anseia pela vinda da esposa.
Meu espírito anseia pela glória da Igreja.
Meu espírito anseia pelas núpcias eternas
Com a musa preparada por mil gerações.

Integrando um poema do livro Tempo e eternidade, esses versos constituem exemplo de 

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Questão 38365

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Para responder à(s) questão(ões), considere o texto abaixo.

Não deixa de ser surpreendente que o lirismo delicado de Cecília Meireles tenha se mostrado, entre nós, um dos mais permeáveis aos acontecimentos da Segunda Guerra Mundial. De algum modo, aquele “costume de sofrer pelo mundo inteiro” reflete-se em diversas passagens entre 1939-1945, tal como nestes versos do poema “Pistoia, cemitério militar brasileiro”:

São como um grupo de meninos
num dormitório sossegado,
com lençóis de nuvens imensas,
e um longo sono sem suspiros,
de profundíssimo cansaço.

MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado. São Paulo, Editora 34, 2016, p. 254-255.

(Puccamp 2018)  Apontam-se no texto duas vertentes da poesia de Cecília Meireles

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Questão 38367

(MACKENZIE - 2018) 

Texto para a(s) questão(ões) a seguir.

Carta do escritor Graciliano Ramos ao pintor Cândido Portinari

      Rio, 18 de Fevereiro de 1946
     

1Caríssimo Portinari:

      A sua carta chegou muito atrasada, e receio que 2esta resposta já não 3o ache 4fixando na tela a nossa pobre gente da roça. Não há trabalho mais digno, penso eu. 5Dizem que somos pessimistas e exibimos deformações; 6contudo as deformações e miséria existem fora da arte e são cultivadas pelos que nos censuram.
      O que às vezes pergunto 7a mim mesmo, com angústia, Portinari, é 8isto: se elas desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas desapareçam ou seremos também uns exploradores, tão perversos como os outros, quando expomos desgraças? Dos quadros que você mostrou 9quando almocei no Cosme Velho pela última vez, o que mais me comoveu foi aquela mãe com a criança morta. Saí de sua casa com um pensamento horrível: numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se aquilo? Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria? Chego a pensar que faríamos cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza.
      Felizmente a dor existirá sempre, a 10nossa velha amiga, nada a suprimirá. E 11seríamos ingratos se 12desejássemos a supressão dela, não 13lhe parece? Veja como os nossos ricaços em geral são burros.
      Julgo naturalmente que seria bom enforcá-los, mas se isto nos trouxesse tranquilidade e felicidade, eu ficaria bem desgostoso, porque não nascemos para tal sensaboria. O meu desejo é que, eliminados os ricos de qualquer modo e os sofrimentos causados por eles, venham novos sofrimentos, 14pois sem isto não temos arte.
      E adeus,15meu grande Portinari. Muitos abraços para você e para Maria.

 

Graciliano

*sensaboria: contratempo, monotonia 


Depreende-se corretamente do texto que o escritor Graciliano Ramos:

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Questão 38374

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à(s) questão(ões).

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos. 

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que,
que, tecido, se eleva por si: luz balão. 

MELO NETO, João Cabral de. Tecendo a manhã. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/joao02.html>. Acesso em: 24 ago. 2017. 
 
(Ueg 2018)  A leitura da pintura e do poema permite que se entreveja a importância da 

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Questão 38388

(Ufrgs 2018)  No bloco superior abaixo, estão listados os títulos dos romances de Carolina Maria de Jesus e de Clarice Lispector; no inferior, trechos desses romances.

Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.

1.Quarto de despejo
2. A hora da estrela

(     ) Ela me incomoda tanto que fiquei oco. Estou oco desta moça. E ela tanto mais me incomoda quanto menos reclama. [...] Como me vingar? Ou melhor, como me compensar? Já sei: amando meu cão que tem mais comida do que a moça. Por que ela não reage? Cadê um pouco de fibra? Não, ela é doce e obediente.
(     ) Achei um saco de fubá no lixo e trouxe para dar ao porco. Eu já estou tão habituada com as latas de lixo, que não sei passar por elas sem ver o que há dentro. [...] Ontem eu li aquela fábula da rã e a vaca. Tenho a impressão que sou rã. Queria crescer até ficar do tamanho da vaca.
(     ) A vida é igual um livro. Só depois de ter lido é que sabemos o que encerra. E nós quando estamos no fim da vida é que sabemos como a nossa vida decorreu. A minha, até aqui, tem sido preta. Preta é a minha pele. Preto é o lugar onde eu moro.
(     ) “Una Furtiva Lacrima” fora a única coisa belíssima na sua vida. [...] Era a primeira vez que chorava, não sabia que tinha tanta água nos olhos. [...] Não chorava por causa da vida que levava: porque, não tendo conhecido outros modos de viver, aceitara que com ela era “assim”. Mas também creio que chorava porque, através da música, adivinhava talvez que havia outros modos de sentir.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

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