(UFPR - 2020 - 1ª fase)
O linalol é uma substância orgânica de origem natural presente em óleos essenciais de diversas plantas aromáticas, como a lavanda e o manjericão. Essa substância é utilizada como um fixador de fragrâncias na indústria química e apresenta uma série de propriedades biológicas, por exemplo, atividade analgésica. Na estrutura química do linalol, mostrada ao lado, estão presentes duas metilas (como grupos substituintes), além das funções químicas alqueno e álcool.
Com base nas informações acima e nos conhecimentos de nomenclatura de compostos orgânicos, assinale a alternativa que apresenta o nome do linalol recomendado pela IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
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(UFPR - 2020 - 1ª fase)
Quando as primeiras gotas de chuva atingem o solo, costumamos sentir o que chamamos de “cheiro de chuva”, e a principal substância envolvida nesse fenômeno é a geosmina, uma substância orgânica sintetizada por bactérias, cianobactérias e fungos. Estruturalmente, a geosmina (figura ao lado) é um álcool com 2 metilas substituintes e 3 centros de quiralidade em um sistema de dois anéis fundidos.
Com base nas informações acima e nos conhecimentos de estereoquímica, quantos enantiômeros a estrutura mostrada possui?
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(UFPR - 2020 - 1ª fase)
No livro Cultura: um conceito antropológico, o antropólogo Roque de Barros Laraia argumenta em favor da influência da cultura na constituição humana e na organização das sociedades. Segundo Laraia:
O tempo constitui um elemento importante na análise de uma cultura. Nesse mesmo quarto de século, mudaram-se os padrões de beleza. Regras morais que eram vigentes passaram a ser consideradas nulas: hoje uma jovem pode fumar em público sem que a sua reputação seja ferida. Ao contrário de sua mãe, pode ceder um beijo ao namorado em plena luz do dia. Tais fatos atestam que as mudanças de costumes são bastante comuns. Entretanto, elas não ocorrem com a tranquilidade que descrevemos. Cada mudança, por menor que seja, representa o desenlace de numerosos conflitos. Isso porque em cada momento as sociedades humanas são palco do embate entre as tendências conservadoras e as inovadoras. As primeiras pretendem manter os hábitos inalterados, muitas vezes atribuindo aos mesmos uma legitimidade de ordem sobrenatural. As segundas contestam a sua permanência e pretendem substituí-los por novos procedimentos.
(LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 96.)
A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:
1. As maneiras de ver o mundo, os julgamentos de valor, hábitos e comportamentos sociais são produtos de uma herança cultural.
2. O caráter dinâmico da cultura e as tentativas de mudanças nos costumes colocam em risco a preservação dos sistemas culturais.
3. O etnocentrismo designa a tendência em considerar lógico e coerente apenas o próprio sistema cultural, atribuindo aos demais um alto grau de irracionalismo.
4. Os sistemas culturais de sociedades simples são estáticos enquanto que os de sociedades complexas como a nossa são dinâmicos.
Assinale a alternativa correta.
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(UFPR - 2020 - 1ª fase)
Considere o seguinte excerto: A partir do período da história que teve início no século XV, à medida que os europeus intensificaram o contato com povos provenientes de diferentes regiões do mundo, tentou-se sistematizar o conhecimento através da categorização e da explicação dos fenômenos naturais e sociais. Populações não europeias foram “racializadas”, em oposição à “raça branca” europeia. Em algumas situações, essa racialização assumiu formas institucionais “codificadas”, como no caso da escravidão, nas colônias norte-americanas, e do apartheid, na África do Sul.
(GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 205-206.)
Em relação ao tema do racismo, assinale a alternativa correta.
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(UFPR - 2020 - 1ª fase)
Considere a seguinte passagem: No final do século XIX e início do século XX, inúmeras leis de “proteção” à mulher passaram a proibir o trabalho feminino em ocupações consideradas mais pesadas ou perigosas, já que isso havia trazido problemas de ordem “moral” resultantes do fato de as mulheres terem mais mobilidade fora do espaço da casa. Na França, uma lei de 1892 proibia as mulheres de exercer o trabalho noturno. No Brasil, a mesma proibição foi expressa em um decreto de 1932. Embora muitas dessas leis visassem à “proteção” das mulheres, exploradas pela indústria – assim como ocorria com as crianças –, acabaram por confiná-las aos cuidados domésticos e a trabalhos realizados em casa, sub-remunerados. Durante o século XX, as duas guerras mundiais voltaram a impulsionar a presença das mulheres nas indústrias, pois, nesses momentos, os esforços produtivos eram necessários. No entanto, com o fim do período de guerras, novamente se reivindicou o retorno das mulheres à casa. O modelo de família almejado pela sociedade industrial e fordista do pós-guerra centrou-se, então, no “homem provedor e na mulher cuidadora”.
(SILVA, Afrânio et al. (orgs.). Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016. p. 338.)
Sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, assinale a alternativa correta.
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(UFPR - 2020 - 1ª fase)
Leia o texto a seguir, de autoria de Helen Mets, vice-presidente executiva da Royal DSM (Dutch States Mines), empresa britânica voltada à nutrição e à saúde.
Nós não somos "mulheres na ciência" – somos cientistas
Por Helen Mets, Belo Horizonte/MG
A física canadense Donna Strickland recebe seu Prêmio Nobel do rei Carl XVI Gustaf, da Suécia, durante a cerimônia de premiação de 2018. Em dezembro de 2018, Donna Strickland, canadense, se tornou a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física em 55 anos. Neste dia 11 de fevereiro, quando comemoramos o Dia Internacional das Mulheres e das Moças na Ciência, é mais importante do que nunca celebrar a conquista de Donna. Mas podemos imaginar um mundo em que as manchetes recentes foram redigidas de forma diferente? E se ao invés de ser vista como uma "mulher", Donna fosse simplesmente descrita como uma excelente cientista? Eu queria que o gênero dela fosse irrelevante, que não precisasse ser mencionado de forma alguma – mas em dias como hoje, deveria ser.
Como líder feminina dentro de uma empresa global baseada na ciência (Royal DSM), saúdo a celebração anual com emoções contraditórias. Embora devamos estar orgulhosos de nosso progresso e continuar a capacitar as mulheres ao nosso redor, nossa fascinação pela "feminilidade" de nossas atuais e futuras cientistas destaca como ainda temos um longo caminho a percorrer para acabar com a lacuna de gênero da ciência.
Desde o estabelecimento dos Prêmios Nobel em 1901, houve apenas 20 Laureados Femininos em Física, Química e Medicina – o equivalente a apenas 3,3% do total de Laureados nestas disciplinas científicas. Este número é preocupante – tanto porque destaca que um vasto conjunto de talentos em potencial passou inexplorado, como porque sublinha que as jovens cientistas enfrentam desafios maiores em seu desenvolvimento.
Repetidas vezes, os estudos mostram que as mulheres têm muito menos probabilidade de trabalhar em campos científicos após a graduação do que seus colegas do sexo masculino, e têm maior probabilidade de enfrentar obstáculos em seu caminho para o sucesso. Para as meninas e jovens que desejam seguir uma carreira científica, digo isto: seja corajosa em suas convicções e corajosa em suas ambições. Precisamos da sua contribuição.
Na minha empresa, a DSM – por meio de programas de divulgação, campanhas internas de conscientização online e participação em conferências sobre diversidade –, estamos trabalhando duro para promover a igualdade de gênero e melhorar a diversidade de nossa força de trabalho. [...] Mas não se trata apenas de obter os números. Trata-se de promover uma cultura inclusiva em que mulheres e homens se sintam à vontade para oferecer suas ideias e opiniões. Trata-se de criar espaço para uma gama diversificada de visões que questionam, exploram e constroem o futuro da ciência e da tecnologia.
Eu sonho com um futuro em que é mais fácil para as mulheres se tornarem grandes cientistas. Um futuro em que a palavra "mulher" não seja a primeira coisa mencionada em uma manchete; em que nós gritamos mais alto sobre as ideias de uma cientista do que sobre o gênero dela; em que a perspectiva de um homem e de uma mulher sejam igualmente importantes, e possamos trabalhar para promover a ciência – e a sociedade – juntos.
Eu elogio Donna Strickland por ter sido a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física em 55 anos? Sem dúvida. Eu acho importante mencionar que ela é uma mulher? Neste dia sim. Mas, acima de tudo, eu admiro Donna Strickland por sua inteligência, seu talento e sua capacidade de trabalhar duro no que ama.
(Adaptado a partir da versão disponível em: http://www.simi.org.br/noticia/Nos-nao-somos-mulheres-na-ciencia-somos-cientistas.)
Elabore um texto dissertativo-argumentativo a partir do texto acima, que deverá: - ter no mínimo 12 e no máximo 15 linhas; - identificar a tese principal; - explicitar os argumentos que fundamentam essa tese; - manifestar e defender sua opinião a respeito; e, - respeitar as características discursivo-formais do gênero solicitado.
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(UNESP - 2020 - 1ª FASE)
Leia o texto para responder às questões.
Lâmpadas sem mercúrio
Agora que os LEDs estão jogando para escanteio as
lâmpadas fluorescentes compactas e seu conteúdo pouco
amigável ao meio ambiente, as preocupações voltam-se
para as lâmpadas ultravioletas, que também contêm o
tóxico mercúrio.
Embora seja importante proteger-nos de muita
exposição à radiação UV do Sol, a luz ultravioleta
também tem propriedades muito úteis. Isso se aplica à luz
UV com comprimentos de onda curtos, de 100 a 280 na
- nômetros, chamada luz UVC, que é especialmente útil
por sua capacidade de destruir bactérias e vírus.
Para eliminar a necessidade do mercúrio para geração
da luz UVC, Ida Hoiaas, da Universidade Norueguesa de
Ciência e Tecnologia, montou um diodo pelo seguinte
procedimento: inicialmente, depositou uma camada de
grafeno (uma variedade cristalina do carbono) sobre uma
placa de vidro. Sobre o grafeno, dispôs nanofios de um
semicondutor chamado nitreto de gálio-alumínio
(AlGaN). Quando o diodo é energizado, os nanofios
emitem luz UV, que brilha através do grafeno e do vidro.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
No nitreto de gálio-alumínio, os números de oxidação do nitrogênio e do par Al-Ga são, respectivamente,
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(UFPR - 2020)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 03.
Tápate el culo
Resulta que el culo era lo más importante. Pero vamos por partes. La primera tiene que ver con algunos especímenes de sexo masculino y con su particular visión de los traseros de algunas mujeres, en concreto las socorristas de las playas de Gijón. Ellas están allí para salvar vidas – en España mueren ahogadas casi cuatrocientas personas cada año, no lo olviden – y las presuponemos con formación y la experiencia suficientes para meterse en el agua, superar las condiciones adversas que haya en ese momento, sacar a alguien, que incluso pese el doble que ellas, y llevarlo sano y salvo a la arena. Y, si no lo está, practicarle la reanimación cardiopulmonar o el auxilio que necesite hasta que llegue la ambulancia.
Pero, a pesar de todo, esas mujeres han sido noticia por sus culos. Literalmente. Las redes se han llenado de fotografías de los traseros de estas socorristas, acompañadas de zafios comentarios machistas.
La segunda parte de esta historia tiene que ver con la solución que ha encontrado el Ayuntamiento de Gijón para atajar la polémica: pedirles a esas socorristas que se pongan el pantalón encima del traje de baño de trabajo. Es decir, que se tapen. ¿Qué implica esto? Pues no solo que tengan más dificultades a la hora de rescatar a alguien que se está ahogando, sino que haciendo que ellas se cubran las estamos culpabilizando.
(Texto adaptado – CHAPARRO, Carme. Calladita estás más guapa. Madrid: Espasa, 2019.)
Al relatar la anécdota de las socorristas de Gijón, Carme Chaparro llama la atención para el hecho de que:
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(UFPR - 2020)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 03.
Tápate el culo
Resulta que el culo era lo más importante. Pero vamos por partes. La primera tiene que ver con algunos especímenes de sexo masculino y con su particular visión de los traseros de algunas mujeres, en concreto las socorristas de las playas de Gijón. Ellas están allí para salvar vidas – en España mueren ahogadas casi cuatrocientas personas cada año, no lo olviden – y las presuponemos con formación y la experiencia suficientes para meterse en el agua, superar las condiciones adversas que haya en ese momento, sacar a alguien, que incluso pese el doble que ellas, y llevarlo sano y salvo a la arena. Y, si no lo está, practicarle la reanimación cardiopulmonar o el auxilio que necesite hasta que llegue la ambulancia.
Pero, a pesar de todo, esas mujeres han sido noticia por sus culos. Literalmente. Las redes se han llenado de fotografías de los traseros de estas socorristas, acompañadas de zafios comentarios machistas.
La segunda parte de esta historia tiene que ver con la solución que ha encontrado el Ayuntamiento de Gijón para atajar la polémica: pedirles a esas socorristas que se pongan el pantalón encima del traje de baño de trabajo. Es decir, que se tapen. ¿Qué implica esto? Pues no solo que tengan más dificultades a la hora de rescatar a alguien que se está ahogando, sino que haciendo que ellas se cubran las estamos culpabilizando.
(Texto adaptado – CHAPARRO, Carme. Calladita estás más guapa. Madrid: Espasa, 2019.)
La frase que da título al texto – “Tápate el culo” – ironiza la decisión tomada por:
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(UFPR - 2020)
El texto a continuación sirve como referencia para las cuestiones 01 a 03.
Tápate el culo
Resulta que el culo era lo más importante. Pero vamos por partes. La primera tiene que ver con algunos especímenes de sexo masculino y con su particular visión de los traseros de algunas mujeres, en concreto las socorristas de las playas de Gijón. Ellas están allí para salvar vidas – en España mueren ahogadas casi cuatrocientas personas cada año, no lo olviden – y las presuponemos con formación y la experiencia suficientes para meterse en el agua, superar las condiciones adversas que haya en ese momento, sacar a alguien, que incluso pese el doble que ellas, y llevarlo sano y salvo a la arena. Y, si no lo está, practicarle la reanimación cardiopulmonar o el auxilio que necesite hasta que llegue la ambulancia.
Pero, a pesar de todo, esas mujeres han sido noticia por sus culos. Literalmente. Las redes se han llenado de fotografías de los traseros de estas socorristas, acompañadas de zafios comentarios machistas.
La segunda parte de esta historia tiene que ver con la solución que ha encontrado el Ayuntamiento de Gijón para atajar la polémica: pedirles a esas socorristas que se pongan el pantalón encima del traje de baño de trabajo. Es decir, que se tapen. ¿Qué implica esto? Pues no solo que tengan más dificultades a la hora de rescatar a alguien que se está ahogando, sino que haciendo que ellas se cubran las estamos culpabilizando.
(Texto adaptado – CHAPARRO, Carme. Calladita estás más guapa. Madrid: Espasa, 2019.)
El cambio en la vestimenta de las socorristas:
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