Cientistas identificam possível ‘paciente zero’ da peste bubônica, morto há 5 mil anos
Um homem que morreu há mais de 5 mil anos foi enterrado com três outras pessoas em um cemitério neolítico na área em que hoje é a Letônia, às margens do rio Salac. Os pesquisadores sequenciaram o DNA dos ossos e dentes dos quatro indivíduos e os testaram para bactérias e vírus. Eles ficaram surpresos ao descobrir que um caçador-coletor – um homem na casa dos 20 anos – foi infectado com uma antiga cepa do agente causador da peste bubônica.
(www.folha.uol.com.br. Adaptado.)
Os dados presentes no texto permitem supor que o caçador- -coletor fora acometido por uma infecção
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Ora resta examinar quais devem ser os procedimentos e as resoluções do príncipe com relação aos seus súditos e aos seus aliados. Há uma grande distância entre o modo como se vive e o modo como se deveria viver, que aquele que em detrimento do que se faz privilegia o que se deveria fazer mais aprende a cair em desgraça que a preservar a sua própria pessoa. Ora, um homem que de profissão queira fazer-se permanentemente bom não poderá evitar a sua ruína, cercado de tantos que bons não são. Assim, é necessário a um príncipe que deseje manter-se príncipe aprender a não usar [apenas] a bondade.
(Nicolau Maquiavel. O Príncipe, 1998. Adaptado.)
O tema abordado por Maquiavel no excerto também está relacionado ao seu conceito de fortuna, que diz respeito ao fato de o governante
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Texto 1
A ideia do panóptico coloca no centro alguém, um olho, um olhar, um princípio de vigilância que poderá de certo modo fazer sua soberania agir sobre todos os indivíduos [situados] no interior dessa máquina de poder. Nessa medida, podemos dizer que o panóptico é o mais antigo sonho do mais antigo soberano: que nenhum dos meus súditos escape e que nenhum dos gestos de nenhum dos meus súditos me seja desconhecido. (Michel Foucault. Segurança, território, população, 2008. Adaptado.)
Texto 2
Em 2013 as revelações de Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, deixaram a noção de transparência democrática sob suspeita. Snowden revelou que a inteligência estadunidense realizava vigilância em massa de seus aliados e adversários políticos. A espionagem ocorreu logrando acesso legal ou forçado aos servidores de boa parte das maiores empresas de internet.
(Davi Lago. “O panóptico digital: por que devemos suspeitar da palavra ‘transparência’?”. https://estadodaarte.estadao.com.br, 29.08.2019. Adaptado.)
O fenômeno retratado nos excertos implica, diretamente,
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
A imagem mostra o exoplaneta 2M1207b em órbita ao redor de sua estrela 2M1207 na constelação de Centauro, distantes 40 UA um do outro. Esse é o primeiro exoplaneta do qual se obteve uma imagem direta. Em comparação com objetos do sistema solar, sabe-se que esse exoplaneta tem uma massa correspondente a 5 vezes a massa do planeta Júpiter e que sua estrela tem massa igual a 0,025 vezes a massa do Sol.
(https://cdn.eso.org. Adaptado.)
Considere os seguintes dados:
Massa do Sol: 2 × 1030 kg
Massa de Júpiter: 2 × 1027 kg
1 UA: 1,5 × 1011 m
G = constante universal da gravitação 6 × 10–11 N.m2/kg2
A intensidade da força de atração gravitacional entre o exoplaneta 2M1207b e sua estrela é de, aproximadamente,
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Para responder às questões de 11 a 14, leia o trecho do livro A solidão dos moribundos, do sociólogo alemão Norbert Elias.
Não mais consideramos um entretenimento de domingo assistir a enforcamentos, esquartejamentos e suplícios na roda. Assistimos ao futebol, e não aos gladiadores na arena. Se comparados aos da Antiguidade, nossa identificação com outras pessoas e nosso compartilhamento de seus sofrimentos e morte aumentaram. Assistir a tigres e leões famintos devorando pessoas vivas pedaço a pedaço, ou a gladiadores, por astúcia e engano, mutuamente se ferindo e matando, dificilmente constituiria uma diversão para a qual nos prepararíamos com o mesmo prazer que os senadores ou o povo romano. Tudo indica que nenhum sentimento de identidade unia esses espectadores àqueles que, na arena, lutavam por suas vidas. Como sabemos, os gladiadores saudavam o imperador ao entrar com as palavras “Morituri te salutant” (Os que vão morrer te saúdam). Alguns dos imperadores sem dúvida se acreditavam imortais. De todo modo, teria sido mais apropriado se os gladiadores dissessem “Morituri moriturum salutant” (Os que vão morrer saúdam aquele que vai morrer). Porém, numa sociedade em que tivesse sido possível dizer isso, provavelmente não haveria gladiadores ou imperadores. A possibilidade de se dizer isso aos dominadores — alguns dos quais mesmo hoje têm poder de vida e morte sobre um sem-número de seus semelhantes — requer uma desmitologização da morte mais ampla do que a que temos hoje, e uma consciência muito mais clara de que a espécie humana é uma comunidade de mortais e de que as pessoas necessitadas só podem esperar ajuda de outras pessoas. O problema social da morte é especialmente difícil de resolver porque os vivos acham difícil identificar-se com os moribundos.
A morte é um problema dos vivos. Os mortos não têm problemas. Entre as muitas criaturas que morrem na Terra, a morte constitui um problema só para os seres humanos. Embora compartilhem o nascimento, a doença, a juventude, a maturidade, a velhice e a morte com os animais, apenas eles, dentre todos os vivos, sabem que morrerão; apenas eles podem prever seu próprio fim, estando cientes de que pode ocorrer a qualquer momento e tomando precauções especiais — como indivíduos e como grupos — para proteger-se contra a ameaça da aniquilação.
(A solidão dos moribundos, 2001.)
De acordo com o autor,
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
[O rei D. João III] ordenou que se povoasse esta província, repartindo as terras por pessoas que se lhe ofereceram para as povoarem e conquistarem à custa de sua fazenda, e dando a cada um 50 léguas por costa com todo o seu sertão [...]; são sismeiros das suas terras, e as repartem pelos moradores como querem, todavia movendo-se depois alguma dúvida sobre as datas, não são eles os juízes delas, senão o provedor da fazenda, nem os que as recebem de sesmaria têm obrigação de pagar mais que dízimo a Deus dos frutos que colhem [...].
(Frei Vicente do Salvador. História do Brasil (1500-1627). In: www.dominiopublico.gov.br.)
O excerto, do século XVII, caracteriza a
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Dois amigos reuniram-se para empurrar um veículo de massa M, em linha reta, a partir do repouso, sobre uma superfície plana e horizontal. Entre as posições inicial e final, atuou sobre o veículo uma força resultante (FR) que variou em função do tempo, em dois intervalos T1 e T2, conforme o gráfico.
No final do intervalo de tempo T1 + T2, a velocidade escalar adquirida pelo veículo foi de:
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2) Sob certas condições ideais, o período y de oscilação do pêndulo de um guindaste de demolição, em segundos, é dado em função do comprimento x do cabo de aço, em metros, pela fórmula , com k sendo um número real. Essa função está representada no gráfico a seguir.
(https://journaltimes.com)
Considerando condições ideais, o período de oscilação do pêndulo do guindaste, quando o comprimento do cabo de aço está regulado em 28 m, é de
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Muito antes de a farmacologia moderna desvendar cientificamente a ação da cafeína sobre o sistema nervoso central, especialmente seu efeito estimulante, as comunidades indígenas da Amazônia se beneficiavam das propriedades desta substância no alívio da fadiga, por meio do emprego do guaraná, sem necessariamente compreender sua composição química ou outras possibilidades terapêuticas.
(Ediara R. G. Rios et al. “Senso comum, ciência e filosofia – elo dos saberes necessários à promoção da saúde”. Ciência & Saúde Coletiva, 2007. Adaptado.)
O excerto ressalta um aspecto importante para o estudo do conhecimento, segundo o qual
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(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Em um filme de ficção científica, um cientista resolveu criar animais que fossem metade “espécie A” e metade “espécie B”. Por exemplo, um “crocopato”, metade crocodilo e metade pato, ou um “chimpanfante”, metade chimpanzé e metade elefante. Cada um desses animais criados em laboratório seria uma quimera, um híbrido, um animal resultante da fusão de duas espécies diferentes. Nesse filme, o cientista tinha 20 espécies com as quais trabalhar, e seu objetivo era criar todas as quimeras possíveis a partir da combinação de duas espécies diferentes, ao ritmo de uma nova quimera por dia em todos os dias da semana.
A figura ilustra uma das combinações que o cientista desejava obter: um “tubavalo”, metade tubarão e metade cavalo.
Na vida real, ainda que com grandes limitações, os cientistas já são capazes de criar organismos que expressam características fenotípicas de interesse incorporadas de uma outra espécie, como bactérias que sintetizam a insulina humana.
O tempo necessário que o cientista do filme levaria para produzir todas as suas combinações quiméricas e o nome da técnica que os cientistas da vida real utilizam para obter organismos com características genéticas de outras espécies são, respectivamente,
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