(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Nitrato de cobre é bastante utilizado nas indústrias gráficas e têxteis e pode ser preparado por três métodos:
- Método I:
Cu(s) + ...HNO3(conc.) Cu(NO3)2(aq) + ... NO2(g) + ...H2O()
- Método II:
2 Cu(s) + O2(g) 2 CuO(s)
2 CuO(s) + ...HNO3(dil.) 2 Cu(NO3)2(aq) + ...H2O()
- Método III:
3Cu(s)+ ...HNO3(dil.) 3 Cu(NO3)2(aq) + ...NO(g) + 4 H2O()
2 NO(g) + O2(g) 2 NO2(g)
Para um mesmo consumo de cobre,
Gabarito:
o método I é o mais poluente dos três.
Resolução:
Balanceando as reações:
I)
1 Cu(s) + ...HNO3(conc.) 1 Cu(NO3)2(aq) + ... NO2(g) + ...H2O()
O NOX do Cu se altera de 0 (no Cu(s)) para +2 (no Cu(NO3)2), então assim, para cada Cu(NO3)2 que é formado, temos uma perca de 2 elétrons.
O NOX do N no HNO3 é 5+, enquanto que o NOX do N no NO2 é 4+. Sendo assim, para cada NO2 que é formado, temos ganho de 1 elétron.
Para que o balanceamento eletrônico ocorre, precisamos que para cada 1 mol de Cu(NO3)2 formado, devem ser formados 2 mol de NO2. (perca de elétrons = ganho de elétrons)
Desse modo, o coeficiente estequiométrico de NO2 deve ser 2. Depois disso, basta completar os demais coeficientes por tentativa:
1 Cu(s) + 4 HNO3(conc.) 1 Cu(NO3)2(aq) + 2 NO2(g) + 2 H2O()
II)
De modo análogo ao que foi feito em (I), temos que as reações balanceadas são:
2 Cu(s) + O2(g) 2 CuO(s)
2 CuO(s) + 4 HNO3(dil.) 2 Cu(NO3)2(aq) + 2 H2O()
Somando as equações, teremos a reação global:
2 Cu(s) + O2(g) + 4 HNO3(dil.) 2 Cu(NO3)2(aq) + 2 H2O()
III)
Analogamente, temos o seguinte balanceamento:
3Cu(s)+ 9 HNO3(dil.) 3 Cu(NO3)2(aq) + 3 NO(g) + 4 H2O()
2 NO(g) + O2(g) 2 NO2(g)
Multiplicando a segunda equação por 3/2 e somando com a primeira, chegamos na reação global do método (III):
3Cu(s)+ 9 HNO3(dil.) + 3/2 O2(g) 3 Cu(NO3)2(aq) + 3 NO2(g) + 4 H2O()
Notem que, para a proporção entre Cu e NO2 na reação (III) é de 1 para 1, ou seja, se reagirmos 1 mol de Cu, formar-se-a 1 mol de NO2.
Já na reação (I), vemos que a proporção entre Cu e NO2 é de 1 para 2, ou seja, forma-se duas vezes mais NO2 do que a quantidade de Cu que reagiu.
Logo, concluímos que o método (I) é o mais poluente.
Obs.: O método (II) não emite poluentes.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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