(FUVEST 2015) Tendo em conta as sugestões desses textos abaixo, além de outras informações que julgue relevantes, redija uma dissertação em prosa, na qual você exponha seu ponto de vista sobre o tema “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia.
Gabarito:
Resolução:
O tema "Camarotização da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia" é de extrema atualidade e importância tendo em vista a sociedade desigual em que vivemos.
O primeiro texto motivador, do professor Michael Sandel, defende a importância da democracia, tendo em vista que o sistema democrático não propõe uma igualdade perfeita, mas faz com que os cidadãos compartilhem uma vida comum, uma vez que o cotidiano é comum segundo o autor.
O segundo texto motivador apresenta que no Brasil, a tendência à segregação seria mais acentuada do que nos Estados Unidos, tendo em visra que os serviços públicos e espaços públicos são vistos como algo destinado a quem não possui condições de bancar outro seviço/local, o que distorceria o conceito de “bem comum”.
O terceiro texto motivador, do empresário Renato Pereira, aborda o risco de o processo de “camarotização”. Ele define a "camarotização" como a "separação física entre classes sociais".
O quarto texto motivador aborda o relato de um professor universitário que, nos anos 1960, teria frequentado o ensino fundamental e médio numa escola pública que, além de destacar-se pela qualidade, promovia o “convívio de classes sociais diferentes”, diferentemente de hoje, quando as escolas passaram a representar uma espécie de distintivo so cial, que praticamente definiria o futuro dos estudantes.
As estratégias para se trabalhar este tema são vastas. Poderíamos fazer por contraste, por exemplo, ressaltando a importância da garantia do acesso aos serviços de maneira igualitária, mas dizendo, adiante, que não seria possível isso se concretizar por conta de alguns empecilhos, tais como a negligência estatal, por exemplo.
Também, poderíamos fazer o tema por Causa/Causa e Causa/Consequência. Trazendo, então, a negligência estatal e a falta de informação populacional como causas. Ou trazendo uma dessas duas causas e uma consequência, tal qual a não plenitude da garantia a outros direitos básicos, como a saúde, a educação, etc.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão