(FUVEST - 2017 - 1a fase)
Cláudia, Paulo, Rodrigo e Ana brincam entre si de amigo secreto (ou amigo oculto). Cada nome é escrito em um pedaço de papel, que é colocado em uma urna, e cada participante retira um deles ao acaso. A probabilidade de que nenhum participante retire seu próprio nome é
Gabarito:
Denotando Cláudia, Paulo, Rodrigo e Ana por C,P,R e A temos que:
o número total de possibilidades é:
1) A primeira pessoa tem 4 possibilidades de escolha
2) A segunda tem 3 possibilidades
3) A terceira tem 2 possibilidades
4) A quarta tem 1 possibilidade
O que resulta em
Se começarmos por C, ele tem 3 opções de escolha, que são P,R e A
Digamos que ele escolheu P, então P tem novamente 3 opções, mas se P escolha C automaticamente R e A se escolheram
Logo,
Caso contrário, P tem 2 escolhas e o próximo terá 1, logo:
Portanto, o número de casos favoráveis é:
E a probabilidade é dada por:
Dúvidas ou sugestões? Comentem !!!
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OBS.: APROFUNDAMENTO - CASO GERAL
Suponhamos que tenhamos n pessoas no sorteio e queremos a mesma probabilidade:
Temos, portanto, que o número total de casos será:
Para escolher os casos favoráveis faremos:
1) A pessoa tem n-1 escolhas a fazer. Digamos que ela escolha . Logo essa pessoa terá também n-1 escolhas, mas sujeita aos seguintes casos
*) Se ela escolhe teremos que fazer as mesmas condições iniciais para as n-2 pessoas restantes. Portanto:
, onde é o número de possibilidades favoráveis para o problema abordado só que para um grupo de n-2 pessoas
*) Se ele escolhe outra pessoa ele terá n-2 possibilidades. Digamos que ele escolha .Logo essa pessoa terá também n-2 escolhas, mas sujeita aos seguintes casos
**) Se ela escolhe teremos que fazer as mesmas condições iniciais para as n-2 pessoas restantes. Portanto:
, onde é o número de possibilidades favoráveis para o problema abordado só que para um grupo de n-3 pessoas
**) Se ele escolhe outra pessoa ele terá n-3 possibilidades, e o padrão se repete.
Logo, para n pessoas teremos:
, onde é o número de casos favoráveis para um grupo de n-k-1 pessoas e é o número de casos favoráveis para um grupo de n pessoas.
Logo, usamos esse padrão para calcular o número de possibilidades:
Por exemplo, se fossem 5 pessoas, faríamos:
Se o grupo tem 0 pessoas ele já foi sorteado
Se o grupo tem 1 pessoa, ela só pode sortear a sim mesma, logo nenhum caso satisfaz nossa hipótese inicial
, pois sorteia e vice-versa
Com esses valores:
Mas o número total de possibilidades é
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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