Questão 11892

(FUVEST - 2014)

A tirinha tematiza questões de gênero (masculino e feminino), com base na oposição entre

A

permanência e transitoriedade.

B

sinceridade e hipocrisia.

C

complacência e intolerância.

D

compromisso e omissão.

E

ousadia e recato.

Gabarito:

permanência e transitoriedade.



Resolução:

Comentário: 

a) permanência e transitoriedade. Correta. O jogo se faz entre a noção da transitoriedade do estado de bebedeira da prsonagem masculina e a suposta permanência da "feiura" da personagem feminina. A resposta desta segunda, contudo, subverte essa ideia, revelando que o alcoolismo, os preconceitos e o machismo que são, na realidade, atributos instransitórios. 

b) sinceridade e hipocrisia. Incorreta. Não é evidente essa contraposição, pois ambas personagens - em especial a feminina - se colocam co certo grau de "sinceridade". 

c) complacência e intolerância. Incorreta. Essas ideias não se contrapõem: mesmo que o homem seja intolerante e machista, a mulher não se mostra complacente e sim ativa na "ferroada" contra essa atitude. 

d) compromisso e omissão. Incorreta. Essas ideias não se opõem através das questões de gênero - a mulher evidencia a ausência de omissão e o compromisso com suas pautas e sua dignidade, sendo o contrário desses valores não explorados na personagem masculina. 

e) ousadia e recato. Incorreta. Essa oposição não é tematizada na tirinha de Laerte. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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