(FUVEST - 2014) Durante muito tempo, sustentou-se equivocadamente que a utilização de especiarias na Europa da Idade Média era determinada pela necessidade de se alterar o sabor de alimentos apodrecidos, ou pela opinião de que tal uso garantiria a conservação das carnes.
A utilização de especiarias no período medieval
permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia.
oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil.
explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.
Gabarito:
permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
a) permite identificar a existência de circuitos mercantis entre a Europa, a Ásia e o continente africano.
Correta. No contexto do medievo, as especiarias, como eram conhecidos os temperos como cravo, pimenta, canela entre outras, vinham principalmente da Ásia e África e chegavam à Europa através de rotas que passavam especialmente por Constantinopla ou Antioquia e via Alexandria e Ceuta. Esses produtos se tornam tão importantes para os europeus que, no final da Idade Média, tal comércio vai impulsionar a descoberta de novas rotas comerciais via Atlântico.
b) demonstra o rigor religioso, caracterizado pela condenação da gastronomia e do requinte à mesa.
Incorreta. A utilização de especiarias não está relacionada com questões religiosas.
c) revela a matriz judaica da gastronomia medieval europeia
Incorreta. As especiarias adivinham da Ásia e África, a utilização desta não revela uma ligação com o judaísmo.
d) oferece a comprovação da crise econômica vivida na Europa a partir do ano mil.
Incorreta. A aquisição de especiarias só era possível por meio de rotas comerciais, estas em pleno vigor não significam um período de crise econômica.
e) explicita o importante papel dos camponeses dedicados a sua produção e comercialização.
Incorreta. Os camponeses da Europa não produziam as especiarias, estas adivinham da Ásia e África. Ademais, os camponeses estavam ligados ao trabalho no campo e não ao comércio.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão