(FUVEST - 2014)
A fotografia acima, tirada em Beijing, China, em 1989, pode ser identificada, corretamente, como
reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise econômica que então se abateu sobre aquela potência comunista.
emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.
demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.
montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.
símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.
Gabarito:
símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.
a) reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise econômica que então se abateu sobre aquela potência comunista.
Incorreto. Ao contrário, na imagem está mostrando o poder do exército chinês.
b) emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.
Incorreto. Essa fotografia não emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente.
c) demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.
Incorreto. Ao contrário, na imagem está mostrando o poder do exército chinês, representando a imposição da política pela força.
d) montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.
Incorreto. Não foi uma montagem jornalística.
e) símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.
Correta. A fotografia foi tirada na China em 1989 durante o Massacre da Praça da Paz Celestial, manifestantes que realizavam atos em Pequim foram massacrados pela repressão do exército chinês. Em 1989, fazia uma década que a China vinha realizando uma série de reformas, políticas e econômicas para abertura do país. A população, especialmente os jovens estudantes estavam insatisfeitos com a lentidão do processo de abertura, com a inflação e desemprego. Em 15 de abril de 1989, Hu Yaobang, antigo Secretário Geral do Partido Comunista e defensor ferrenho da abertura que foi expulso do governo, faleceu e os jovens se dirigiram à Praça da Paz Celestial em um gesto tradicional de honra. Em 15 de maio de 1989 a Praça seria palco da recepção do líder soviético Mikhail Gorbachev, um marco importante para as relações entre os países; os estudantes ocuparam a praça antes em um ato de protesto silêncioso. O governo desistiu de recepcionar Gorbachev no local e realizou uma recepção no aeroporto da capital. O líder soviético foi embora no dia 18 de maio e a manifestação começou a receber repercussão internacional, e os estudantes permaneciam na praça realizando greve de fome. O governo cerca a manifestação com tanques e na noite de 3 de junho o massacre iniciou. Não há um número exato de mortos, o governo Chinês ainda se recusa a falar sobre.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão