Questão 11913

(FUVEST - 2014) 

A fotografia acima, tirada em Beijing, China, em 1989, pode ser identificada, corretamente, como

A

reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise econômica que então se abateu sobre aquela potência comunista.

B

emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.

C

demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.

D

montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.

E

símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.

Gabarito:

símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.



Resolução:

a) reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise econômica que então se abateu sobre aquela potência comunista.

Incorreto. Ao contrário, na imagem está mostrando o poder do exército chinês. 

b) emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.

Incorreto. Essa fotografia não emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente.

c) demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.

Incorreto. Ao contrário, na imagem está mostrando o poder do exército chinês, representando a imposição da política pela força. 

d) montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.

Incorreto. Não foi uma montagem jornalística. 

e) símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.

Correta. A fotografia foi tirada na China em 1989 durante o Massacre da Praça da Paz Celestial, manifestantes que realizavam atos em Pequim foram massacrados pela repressão do exército chinês. Em 1989, fazia uma década que a China vinha realizando uma série de reformas, políticas e econômicas para abertura do país. A população, especialmente os jovens estudantes estavam insatisfeitos com a lentidão do processo de abertura, com a inflação e desemprego. Em 15 de abril de 1989, Hu Yaobang, antigo Secretário Geral do Partido Comunista e defensor ferrenho da abertura que foi expulso do governo, faleceu e os jovens se dirigiram à Praça da Paz Celestial em um gesto tradicional de honra. Em 15 de maio de 1989 a Praça seria palco da recepção do líder soviético Mikhail Gorbachev, um marco importante para as relações entre os países; os estudantes ocuparam a praça antes em um ato de protesto silêncioso. O governo desistiu de recepcionar Gorbachev no local e realizou uma recepção no aeroporto da capital. O líder soviético foi embora no dia 18 de maio e a manifestação começou a receber repercussão internacional, e os estudantes permaneciam na praça realizando greve de fome. O governo cerca a manifestação com tanques e na noite de 3 de junho o massacre iniciou. Não há um número exato de mortos, o governo Chinês ainda se recusa a falar sobre. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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