(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) "Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam- nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição."
Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527.
O texto remete diretamente
à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.
Gabarito:
às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.
Incorreta. Não há indícios no texto de uma competição entre os países europeus retardatários.
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.
Incorreta. O texto é de um comerciante inglês que observa a divisão entre Portugal e Espanha e não de um cartógrafo mapeando com precisão as novas descobertas.
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.
Incorreta. Neste período a Inglaterra não exercia essas funções.
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.
Correta. O autor descreve como Portugal e Espanha separavam geograficamente as "ilhas" recentemente descobertas no Atlântico mais a leste ou oeste, de forma a fazê-las estarem em seus respectivos territórios e isto foi efetivado pelo Tratado de Tordesilhas. “Os espanhóis situam- nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição.” É possível perceber pelo trecho:“de forma a parecer que pertencem ao Imperador” um certo desrespeito ao Tratado o que gerou diversos conflitos pela posse de terra. Ademais, o texto é de um comerciante inglês ao rei Henrique VIII, em 1527, que observa a divisão que posteriormente foi questionada.
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.
Incorreta. As duas Coroas não se uniram na exploração marítima, apenas fizeram tratados.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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