(FUVEST - 2009 - 1 FASE) "Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia Ísis, dos deuses gregos e do muro externo."
Flávio Arriano. "Anabasis Alexandri" (séc. I d.C.).
Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é possível depreender:
Gabarito:
o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.
Resolução:
a) Correta. A afirmativa dessa alternativa confere com o significado do helenismo.A interação dos gregos com Alexandria deu-se diante da expansão do Império Macedônico de Alexandre Magno. Considerado como o rei soberano que consegui conquistar a Grécia, a grande parte do Oriente Médio( até a fronteira com a Índia) e o norte do Egito, foi responsável por dividir o seu vasto império em três regiões: o Reino da Macedônia, o Reino do Egito e o Reino da Ásia. Diante de um vasto império com inúmeros povos, a civilização helenística foi o resultado da integração da cultura helênica (grega) com a cultura persa e egípcia.
b) Incorreta. Alexandre engloba os elementos da cultura grega (infraestrutura das cidades gregas) na cidade de Alexandria (Norte do Egito).
c) Incorreta. O texto toma como referência os aspectos da infraestrutura urbana da cidade e não em relação ao regime político.
d) Incorreta. É possível verificar que houve uma interação entre as culturas gregas, egípcias e outras localizadas no Oriente Médio.
e) Incorreta. O texto ressalta a importância cultural da cidade de Alexandria para o conquistador macedônico e as possibilidades das interações da cultura local com a grega.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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