(FUVEST - 2001 - 1a fase)
"Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis."
(Maquiavel, "Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio").
Nessa afirmação, o autor
critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
celebra a democracia ateniense e a República romana.
condena as aristocracias ateniense e romana.
expressa uma concepção populista sobre a antiguidade clássica.
defende a pólis grega e o Império romano.
Gabarito:
celebra a democracia ateniense e a República romana.
a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
Incorreta. No texto de apoio, Maquiavel defende justamente o contrário: que a liberdade política proporcionou a grandeza romana e grega.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
Correta. O trecho apresentado pela questão é da obra "Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio" de Maquiavel, o autor de O Príncipe. Devido ao seu livro mais famoso, O Príncipe, há uma tendência a considerar-se Maquiavel como um defensor do absolutismo, entretanto a partir de suas obras, especialmente Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio percebe-se que Maquiavel acreditava que para cada povo havia uma forma de governo adequada. Neste trecho percebemos que Maquiavel está celebrando a democracia ateniense e a República romana, “refletir sobre a grandeza que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se livrar da tirania” “maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois de se livrar de seus reis."
c) condena as aristocracias ateniense e romana.
Incorreta. O autor condena a tirania, isto é, o exercício do poder concentrado sob uma personalidade.
d) expressa uma concepção populista sobre a antiguidade clássica.
Incorreta. Não existe a aplicação do termo populismo para a Antiguidade. Esse conceito foi criado para descrever similaridades em perfis políticos dos séculos XIX e XX.
e) defende a pólis grega e o Império romano.
Incorreta. O autor critica a tirania, logo, faz menção à República Romana, não ao Império.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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