Questão 13287

(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) "O livre-comércio é um bem - como a virtude, a santidade e a retidão - a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males - como o vício e o crime - a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
 

The Economist, em 1848.

Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses

A

do comércio internacional, mas não do inglês.

B

da agricultura inglesa e da estrangeira.

C

da indústria inglesa, mas não da estrangeira.

D

da agricultura e da indústria estrangeiras.

E

dos produtores de todos os países.

Gabarito:

da indústria inglesa, mas não da estrangeira.



Resolução:

a) do comércio internacional, mas não do inglês.

Incorreto. Favorecia sim os interesses ingleses. 

b) da agricultura inglesa e da estrangeira.

Incorreto. A agricultura inglesa não está ligada ao contexto dessa questão.

c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.

Correta. A questão trabalha com o contexto histórico do trecho transcrito e pergunta a quem esses princípios favoreceriam. O discurso do The Economist, a princípio, bastante liberal, tinha como interesse central o enriquecimento da economia inglesa. Justamente porque, no século XIX, época em que essa frase foi proferida, a Inglaterra era a única capaz de abranger todo o mundo com sua produção e desenvolvimento industrial.

d) da agricultura e da indústria estrangeiras.

Incorreto. A agricultura inglesa não está ligada ao contexto dessa questão.

e) dos produtores de todos os países.

Incorreto. Tal interesse na medida em que o livre comércio era favorável à indústria inglesa, já desenvolvida, que buscava mercado consumidor e mão de obra rentável, e não dos produtores de todos os países.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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