(FUVEST - 2012) O Estado de compromisso, expressão do reajuste nas relações internas das classes dominantes, corresponde, por outro lado, a uma nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café, o estabelecimento de uma certa racionalização no uso de algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional (...).
(Boris Fausto. A revolução de 1930. Historiografia e história. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 109-110.)
Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do período posterior a 1930,
à retomada do comando político pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro.
ao primeiro momento de intervenção governamental na economia brasileira.
à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
ao esforço de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional.
à ampla democratização nas relações políticas, trabalhistas e sociais.
Gabarito:
à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
O texto é um trecho da obra de Boris Fausto sobre a “Revolução” de 1930. O autor desta que a partir de então há o Estado de compromisso que se caracteriza por “reajuste nas relações internas das classes dominantes, corresponde, por outro lado, a uma nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café, o estabelecimento de uma certa racionalização no uso de algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional”.
Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do período posterior a 1930,
O enunciado solicita para que seja encontrada a alternativa que melhor caracteriza o que foi o “Estado de compromisso” no Brasil após a “Revolução” de 1930.
a) à retomada do comando político pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro.
Incorreta. “uma nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café”
b) ao primeiro momento de intervenção governamental na economia brasileira.
Incorreta. Durante o período imperial, por exemplo, é o Estado que controla a economia.
c) à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
Correta. A partir de 1930 há no Brasil o governo de Vargas que apresenta uma das suas características a forte intervenção do Estado na economia.
d) ao esforço de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional.
Incorreta. O Estado de compromisso é a reorientação da política econômica sob a intervenção Estatal. Que por consequência soluciona alguns problemas sociais internos causados pela antiga República Oligárquica.
e) à ampla democratização nas relações políticas, trabalhistas e sociais.
Incorreta. Após a “Revolução” de 30 há a chamada Era Vargas que não é democrática. Há a conquista de diversos direito social, contudo, ao mesmo tempo há forte repressão e censura.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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