(Fuvest - 2012) Ainda no começo do século 20, Euclides da Cunha, em pequeno estudo, discorria sobre os meios de sujeição dos trabalhadores nos seringais da Amazônia, no chamado regime de peonagem, a escravidão por dívida. Algo próximo do que foi constatado em São Paulo nestes dias [agosto de 2011] envolvendo duas oficinas terceirizadas de produção de vestuário.
José de Souza Martins, 2011. Adaptado.
No texto acima, o autor faz menção à presença de regime de trabalho análogo à escravidão, na indústria de bens
de consumo não duráveis, com a contratação de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e chineses.
de consumo duráveis, com a superexploração, por meio de empresas de pequeno porte, de imigrantes chilenos e bolivianos.
intermediários, com a contratação prioritária de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos e chineses.
de consumo não duráveis, com a superexploração, principalmente, de imigrantes bolivianos e peruanos.
de produção, com a contratação majoritária, por meio de empresas de médio porte, de imigrantes peruanos e colombianos.
Gabarito:
de consumo não duráveis, com a superexploração, principalmente, de imigrantes bolivianos e peruanos.
Em agosto de 2011, após denúncias, o Ministério do Trabalho localizou, na cidade de São Paulo imigrantes de origem boliviana e peruana sendo explorados em indústrias de bens de consumo não duráveis (confecções), pertencentes, em geral, a imigrantes asiáticos. Tal fato foi comparado pelo autor do texto, de maneira correta, ao sistema de escravidão por dívida existente, no começo do século XX, nos seringais da Amazônia.
Resposta: D
*Importante buscar notícias sobre os acontecimentos de trabalhos escravos no século XXI, como na China (Produtos altamente industrializados), Brasil (Marcas de roupa de luxo, bolivianos trabalhando em São Paulo).
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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