Questão 17751

(FUVEST 2012 - 1ª FASE) Em uma sala fechada e isolada termicamente, uma geladeira, em funcionamento, tem, num dado instante, sua porta completamente aberta. Antes da abertura dessa porta, a temperatura da sala é maior que a do interior da geladeira. Após a abertura da porta, a temperatura da sala,

A

diminui até que o equilíbrio térmico seja estabelecido.

B

diminui continuamente enquanto a porta permanecer aberta

C

diminui inicialmente, mas, posteriormente, será maior do que quando a porta foi aberta.

D

aumenta inicialmente, mas, posteriormente, será menor do que quando a porta foi aberta.

E

não se altera, pois se trata de um sistema fechado e termicamente isolado.

Gabarito:

diminui inicialmente, mas, posteriormente, será maior do que quando a porta foi aberta.



Resolução:

O funcionamento da geladeira de maneira geral é o seguinte: Energia elétrica é cedida a ela, parte desta energia é utilizada nos processos que resultam na retirada forçada de energia da sua parte interna para a parte externa, e outra parte é dissipada diretamente para o ambiente externo à geladeira - dado que não temos um rendimento de 100%. Portanto, se a porta permanece fechada, o ambiente externo à geladeira está esquentando para que a região interna resfrie. De forma geral, há mais energia entrando na região externa à geladeira - devido a dissipação de parte da energia injetada na geladeira - do que sendo efetivamente retirada da região interna desta, logo o resultado é um aumento da energia total da sala enquanto a geladeira permanece em funcionamento. 

Assim que a porta se abre, o ar que estava aprisionado, e mais frio que o ar do restante da sala, irá trocar calor com este. Como resultado disto, teremos uma diminuição da temperatura, inicialmente.

Porém, dado que a geladeira permanece em funcionamento, a energia total da sala segue aumentando, e consequentemente a temperatura da sala continuará aumentando.

Marca-se a alternativa C.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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