(FUVEST 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício:
EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA
Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis.
www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado.
Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor
serve-se do procedimento textual da sinonímia.
recorre à reiteração de vocábulos homônimos
explora o caráter polissêmico das palavras.
mescla as linguagens científica e jornalística.
emprega vocábulos iguais na forma, mas de sentidos contrários.
Gabarito:
explora o caráter polissêmico das palavras.
Alternativa correta: C
A palavra "natureza" utilizada no anúncio refere-se a dois significados distintos Duas acepções são interessantes para nossa análise:
1 - combinação específica das qualidades originais, constitucionais ou nativas de um indivíduo, animal ou coisa; caráter inato.
2- conjunto de elementos (mares, montanhas, árvores, animais etc.) do mundo natural.
Podemos perceber que o vocábulo "natureza" tem caráter polissêmico, ou seja, possui a capacidade de representar diferentes significados a depender do contexto, e isso é explorado no anúncio.
Comentário das incorretas:
a) Não podemos considerar as aparições de "natureza" no texto como sinônimos, assim como as definições acima nos mostram.
b) O valor é de polissemia, não de homonímia, pois os sentidos de natureza, apesar de distintos estão relacionados. (isso não caracteriza homônimos; como manga de comer/ manga de camisa)
d) Não há indícios de nenhum dos dois tipos de jargão (científico e jornalístico). A linguagem está associada ao gênero publicitário.
e) Os sentidos dos vocábulos iguais não são opostos, e sim complementares.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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