Questão 2515

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Nesse livro, ousadamente, varriam-se de um golpe o sentimentalismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do predomínio do amor sobre todas as outras paixões; afirmava-se a possibilidade de construir um grande livro sem recorrer à natureza, desdenhava-se a cor local; surgiram afinal homens e mulheres, e não brasileiros (no sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas, e, finalmente, mas não menos importante, patenteava-se a influência inglesa em lugar da francesa.

Lúcia Miguel-Pereira, História da Literatura Brasileira – Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Adaptado.

O livro a que se refere a autora é:

A

Memórias de um Sargento de Milícias.

B

Til.

C

Memórias Póstumas de Brás Cubas.

D

O Cortiço.

E

A Cidade e as Serras.

Gabarito:

Memórias Póstumas de Brás Cubas.



Resolução:

O livro a que se refere a autora é:

Alternativas

  1. Memórias de um sargento de milícias.Comentário: alternativa incorreta.Não está relacionado com os elementos defendidos pela autora no texto e a obra literária "Memórias de um sargento de milícias."

  2. Til.Comentário: alternativa incorreta.Não está relacionado com os elementos defendidos pela autora no texto e a obra literária "Til."

  3. Memórias póstumas de Brás Cubas.Comentário: alternativa correta. A escritora Lúcia Miguel-Pereira faz referência à análise crítica e psicológica, de maneira bastante enfática, ao aspecto antissentimental, à ausência da paisagem exótica brasileira, à complexidade psicológica das personagens e à influência dos autores ingleses (Sterne e Swift) ao estilo machadiano.

  4. O cortiço.Comentário: alternativa incorreta.Não está relacionado com os elementos defendidos pela autora no texto e a obra literária "O cortiço."
  5. A cidade e as serras.Comentário: alternativa incorreta.Não está relacionado com os elementos defendidos pela autora no texto e a obra literária "A cidade e as serras."



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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