(FUVEST - 2013)
Considere as seguintes substituições propostas para diferentes trechos do texto:
I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o número a que alcançasse.
II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-me do orgulho.
III. “coisas que deixamos de fazer” (ref. 13) = coisas que nos descartamos.
IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não existe mais bondes.
A correção gramatical está preservada apenas no que foi proposto em:
I
II
III
I e IV
I, III e IV
Gabarito:
II
I. Afirmativa incorreta. No texto, a preposição é utilizada por conta do verbo "chegar". O verbo "alcançar", por sua vez, não necessita de preposição. Por isso, a troca está agramatical. Substituição correta: o número que alcançasse.
II. Afirmativa correta. Aqui a substituição está correta. Temos o pronome pessoal oblíquo átono "me" em posição de sujeito e a proposição exigida pelo verbo "recordar" (de) está certa.
III. Afirmativa incorreta. Aqui, o pronome pessoal usado deveria ser o do caso reto, não o oblíquo. Substituição correta: coisas que nós descartamos
IV. Afirmativa incorreta. O verbo haver no sentido de existir é impessoal, mas quando é empregado o verbo existir, ele precisa concordar com o sujeito. Bondes está no plural, logo, o verbo também precisa ir para o plural. Substituição correta: não existem mais bondes.
Já que a única afirmativa correta é a II, a alternativa a ser assinalada é a de letra B.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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