Questão 2851

(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) Entre os seguintes versos de Alberto Caeiro, aqueles que, tomados em si mesmos, expressam ponto de vista frontalmente contrário a orientação dominante que se manifesta em A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, são os que estão em:

A

"Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: / O valor está ali, nos meus versos."

B

"Eu nunca daria um passo para alterar / Aquilo a que chamam a injustiça do mundo."

C

"Como o campo é grande e o amor pequeno! / Olho, e esqueço, como o mundo enterra e as árvores se despem."

D

"Quando a erva crescer em cima da minha sepultura, / seja esse o sinal para me esquecerem de todo."

E

"Quem me dera que eu fosse o pó da estrada / E que os pés dos pobres me estivessem pisando..."

Gabarito:

"Eu nunca daria um passo para alterar / Aquilo a que chamam a injustiça do mundo."



Resolução:

Entre os seguintes versos de Alberto Caeiro, aqueles que, tomados em si mesmos, expressam ponto de vista frontalmente contrário a orientação dominante que se manifesta em A ROSA DO POVO, de Carlos Drummond de Andrade, são os que estão em:

Alternativas

  1. "Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho: / O valor está ali, nos meus versos."Comentário: alternativa incorreta. Tais versos citados nessa alternativa não representam a visão contrária defendida pelo Carlos Drummond de Andrade, em A ROSA DO POVO.

  2. "Eu nunca daria um passo para alterar / Aquilo a que chamam a injustiça do mundo."Comentário: alternativa correta.Os versos de Alberto Caeiro “nunca daria um passo para alterar / Aquilo a que chamam a injustiça do mundo” demonstram uma postura de alienação política, logo são contrários ao pensamento do poeta brasileiro.

  3. "Como o campo é grande e o amor pequeno! / Olho, e esqueço, como o mundo enterra e as árvores se despem."Comentário: alternativa incorreta.. Tais versos citados nessa alternativa não representam a visão contrária defendida pelo Carlos Drummond de Andrade, em A ROSA DO POVO.

  4. "Quando a erva crescer em cima da minha sepultura, / seja esse o sinal para me esquecerem de todo."Comentário: alternativa incorreta.. Tais versos citados nessa alternativa não representam a visão contrária defendida pelo Carlos Drummond de Andrade, em A ROSA DO POVO.

  5. "Quem me dera que eu fosse o pó da estrada / E que os pés dos pobres me estivessem pisando..."Comentário: alternativa incorreta.. Tais versos citados nessa alternativa não representam a visão contrária defendida pelo Carlos Drummond de Andrade, em A ROSA DO POVO.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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