(FUVEST - 2018) Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas as barreiras sérias de resistência do Oriente.
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982.
Na região das formações sociais gregas,
a autonomia das cidades-estado manteve-se intocável, apesar da centralização política implementada pelos imperadores helenísticos.
essas formações e os impérios helenísticos constituíram-se com o avanço das conquistas espartanas no período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C.
a conquista romana caracterizou-se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas.
o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental.
os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades-estado.
Gabarito:
o Oriente tornou-se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental.
O apogeu dos Impérios Helenísticos situa-se entre os séculos IV e II a.C., entre a morte de Alexandre Magno, em 323 a.C. e a conquista romana em 146 a.C.
Nesse período, as cidades-estado perderam sua autonomia e foi difundida a cultura grega (língua, filosofia e ciências) que influenciou a civilização urbana da Antiguidade clássica, incluindo a cultura romana. Assim, podem se descartar as alternativas A, B e C.
A alternativa E é genérica, vaga, pouco explicativa. Os reinos helenísticos foram gradativamente incorporados ao domínio romano por meio da conquista e também por doação, não necessariamente apenas pela dominação por meio de lutas e rivalidades.
A alternativa D coloca, corretamente, que a porção oriental do Império Romano sofreu menos os impactos da crise do século III d.C. (a economia oriental era menos dependente do escravismo que o lado ocidental). Isso levou ao deslocamento do eixo econômico e político-administrativo do Ocidente para o Oriente, processo simbolizado pela transferência da capital de Roma para Constantinopla.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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