(Fuvest 2018) Países europeus, como França e Alemanha, têm valorizado, principalmente nas duas últimas décadas, o estabelecimento da menor distância possível entre as áreas de produção agrícola e de consumo, o que se denomina circuito curto. Na França, o circuito curto é reconhecido por integrar, no máximo, um intermediário entre o produtor e o consumidor, quando não se trata de venda direta. No Brasil, ainda que não haja uma definição oficial, o circuito curto é identificado pela proximidade entre produtor e consumidor.
Moacir R. Darolt et al. A diversidade dos circuitos curtos de alimentos ecológicos: ensinamentos do caso brasileiro e francês. Agriculturas, v.10, n.2. Adaptado.
Considere a definição apresentada e analise as três afirmações:
I. A proximidade entre área de produção agrícola e de consumo pode contribuir para a redução da emissão de CO2.
II. O objetivo fundamental do circuito curto é a ampliação da lucratividade das grandes indústrias alimentícias, com ganhos advindos da redução dos custos de transporte.
III. Com o circuito curto, são geradas novas relações sociais, pelas quais se pode atingir o preço justo das mercadorias, tanto para o consumidor como para o produtor
Está correto apenas o que se afirma em
I
II
I e II
II e III
I e III
Gabarito:
I e III
Embora haja um permanente crescimento e desenvolvimento técnico das atividades agrícolas do mundo, principalmente a partir da Revolução Verde (1950), muitos países desenvolvidos tentam reduzir os gastos produtivos, retomando em certas etapas do processo, ações simples, típicas de períodos anteriores à atual agricultura moderna. Os chamados Circuitos Curtos exemplificam essa estratégia, uma vez que visa estabelecer as áreas produtoras próximas dos centros consumidores, tendo em vista a eliminação de estágios intermediários entre a produção da mercadoria e seu consumo pela população. Esses intermediários (atravessadores) acabam agregando valor ao preço final do produto, automaticamente tornando-o mais caro e menos acessível ao consumidor final, tendo o “atravessador” ganhado um aparcela dos lucros que deveria/poderia ser conferida ao produtor. A implantação dos circuitos curtos ainda é capaz de reduzir as despesas com transportes, assim como o consumo de combustíveis, e consequentemente a liberação de poluentes, ao mesmo tempo que garante ao produtor local uma parcela maior sobre os lucros do bem produzido, além de oferecer ao consumidor final uma mercadoria com preço mais baixo, dinamizando e ampliando o consumo/comércio.
I. Correta. Com a maior proximidade da área de produção com a de consumo a distância e o transporte da mercadoria são encurtados diminuindo a emissão de gases dos meios de transporte.
II. Incorreta. O objetivo fundamental do circuito curto é a diminuição do preço final para o consumidor, aumentando assim as vendas.
III. Correta. Com o encurtamento das distâncias a relação produtor consumidor fica mais próxima, algo que antes não era possível tendo em consideração que grande parte das pessoas não sabem a origem dos alimentos que compões sua dieta.
ALTERNATIVA E
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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