Questão 35302

(Fuvest 2019 – 1ª fase)

Os grandes aviões comerciais voam em altitudes onde o ar é rarefeito e a pressão atmosférica é baixa. Devido a isso, eles têm o seu interior pressurizado em uma pressão igual à atmosférica na altitude de 2.000 m. A figura mostra o gráfico da pressão atmosférica em função da altitude.

 

A força, em N, a que fica submetida uma janela plana de vidro, de 20 x 30 cm²  , na cabine de passageiros na altitude de 10.000 m, é, aproximadamente,

A

12.400

B

6.400

C

4.800

D

3.200

E

1.600

Gabarito:

3.200



Resolução:

A resultante overrightarrow{F_r} sobre a janela é composta por duas forças, overrightarrow{F}_{interna} e overrightarrow{F}_{externa}, geradas pela pressão que o ar exerce interna e externamente, respectivamente.

Uma pressão P, agindo sobre uma superfície de área A, exerce uma força overrightarrow{F} de magnitude F=PA. Portanto, adotando como referencial positivo a direção de dentro para fora do avião, temos que:

F=F_{interna}-F_{externa}=(P_{interna}-P_{externa})A_{janela},

onde P_{interna} e P_{externa} são as pressões no interior e no exterior do avião, respectivamente, e A_{janela} é igual à área da janela do avião.

Do enunciado, temos que P_{interna}=P_{atm_{2000}} e P_{interna}=P_{atm_{10000}}, onde P_{atm_{2000}} e P_{atm_{10000}} são as pressões atmosféricas nas altitudes de 2.000 e 10.000 metros, respectivamente. Portanto, 

F=(P_{atm_{2000}}-P_{atm_{10000}})A_{janela}

Inspecionando o gráfico fornecido, percebemos que:

 P_{atm_{2000}} approx 8	imes10^4Pa

P_{atm_{10000}} approx 2,4	imes10^4Pa

Portanto, como A_{janela}=20	imes30=600cm^2=0,06m^2, temos que:

Fapprox(8	imes10^4Pa -2,4	imes10^4Pa)	imes0,06m^2=3200N

 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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