Questão 36369

(FUVEST - 2018 - 2a fase)

Considere a sequência a1 = 6, a2 = 4, a3 = 1, a4 = 2, e an = an-4, para ngeq 5. Defina S_{n}^{k}=a_{n}+a_{n+1}+...+a_{n+k} para kgeq 0, isto é, S_{n}^{k} é a soma de k + 1 termos consecutivos da sequência começando do n-ésimo, por exemplo, S_{2}^{1}=4+1=5.

a) Encontre n e k tal que S_{n}^{k}=20.

b) Para cada inteiro j, 1leq jleq 12, encontre n e k tal que S_{n}^{k}=j.

c) Mostre que, para qualquer inteiro j, jgeq 1, existem inteiros ngeq 1 e kgeq 0 tais que S_{n}^{k}=j.

Gabarito:

Resolução:

a) Como a sequência se trata de 6,4,1,2,6,4,1,2... e isso se repete periodicamente, percebemos que a soma de termos consecutivos é igual a 20 quando eles se iniciam em 4 e terminam 2. 
Logo:

S^k_n=20

n=2 : e: k=6 ou n=6 : e: k=6  ou n=10 : e: k=6

Logo: n=2,6,10...: e: k=6

---------------------------------------------------------------------

b)

 1leq jleq 12 : e: S^k_n=j

j=1 
ightarrow n=3,7,11...: e: k=0

j=2 
ightarrow n=4,8,12...: e: k=0

j=3 
ightarrow n=3,7,11...: e: k=1

j=4 
ightarrow n=2,6,10...: e: k=0

j=5 
ightarrow n=2,6,10...: e: k=1

j=6 
ightarrow n=1,5,9...: e: k=0

j=7 
ightarrow n=2,6,10...: e: k=2

j=8 
ightarrow n=4,8,12...: e: k=1

j=9 
ightarrow n=3,7,11...: e: k=2

j=10 
ightarrow n=1,5,9...: e: k=1

j=11 
ightarrow n=1,5,9...: e: k=2

j=12 
ightarrow n=4,8,12...: e: k=2

-------------------------------------------------------

c) No item b, já encontramos que, para 1leq jleq 12 existem n e k inteiros tais que S^k_n=j

Se observamos o caso de j=13 (ou múltiplo de 13) teremos:

S^k_n=13
ightarrow n=1,5,9...: e: k=3 : (para: j=13), 7 : (para: j=26)...

No caso de j não ser múltiplo de 13, podemos escrevê-lo como:

j=13q + r 

com q inteiro e r sendo um número inteiro entre 1 e 12. 

Pela primeira parte, vemos que para 13q (como é múltiplo de 13) existem n e k que satisfazem a condição. Já pela resolução do item b, percebemos que existem n e k para qualquer j entre 1 e 12, então devem existir n e k para r.  



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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