(FUVEST - 2019 - 2ª fase)
Considere os textos para responder à questão.
I. A tônica é que os pequenos jogadores da equipe de futebol Javalis Selvagens estão tranquilos e até confortáveis, bem cuidados na caverna pela numerosa equipe internacional que tenta retirá-los dali, e que têm muita vontade de voltar a comer seus pratos favoritos quando voltarem para casa.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/07/internacional/1530941588_246806.html. Adaptado
II. Bem, minha vida mudou muito nos últimos dois anos. O mundo que explorei mudou muito. Eu vi muitas paisagens diferentes durante as turnês, e é realmente inspirador ver o quão grande é o mundo. Eu quero explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas! Ou talvez eu goste disso… te deixa com sede de olhar para ele…
http://portalaurorabr.com/2018/09/16/eusoufeministaporquesoumulherdizauroraementrevistaaoindependent/
III.
a) Quanto ao sentido, a palavra “bem”, destacada nos três textos, desempenha a mesma função em cada um deles? Justifique.
b) Reescreva o trecho “Eu quero explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas eu não gosto do deserto, sinto muito pelas plantas!”, empregando o discurso indireto e fazendo as adaptações necessárias. Comece o período conforme indicado na folha de respostas.*
*Folha de respostas
b) Ela disse que
Gabarito:
Resolução:
a) As três aparições da palavra “bem” tem funções distintas. Na primeira acepção, o termo “bem” pode ser classificado como advérbio. Em “(...) [estão] bem cuidados na caverna (...)”, pode-se perceber que o vocábulo analisado funciona como modificador do adjetivo “cuidados”. Além disso, o que prova a sua função sintática é impossibilidade de se fazer uma flexão de número (singular para o plural) sem que se perca o sentido da frase. No segundo trecho, “bem’ não tem função gramatical, trata-se apenas de um expletivo, usado para realçar a sentença, e pode ser retirado da frase sem prejudicar a sua semântica. Na terceira aparição, o “bem” funciona como vocativo, pois, com ele, tem-se a ideia de um chamamento, que poderia ser trocado por um nome, por exemplo: “(...) quem tem que gostar sou eu, né, Alice?”.
b) O discurso indireto é caracterizado como a transposição de uma fala de uma personagem ou entrevistado para as palavras do narrador/escritor. Dessa maneira, o trecho no discurso indireto seria: “Ela disse que queria explorar e experimentar diferentes partes da natureza, mas não gostava do deserto e sentia muito pelas plantas”
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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