Questão 39309

(FUVEST - 2010 - 1 FASE )

“Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora do quadro que nos propusemos tratar.”

(F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.)

O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os insurgentes:

A

pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território.

B

contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região.

C

dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.

D

propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares.

E

implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.

Gabarito:

propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares.



Resolução:

a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território.

Incorreta. Os revoltosos pernambucanos almejavam a instauração de uma república no território brasileiro, sendo que, apesar da lusofobia, eles não propuseram a expulsão dos portugueses e sim o fim da dominação colonial.

b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região.

Incorreta. No movimento pernambucano os homens condenados à morte por sua participação eram em sua maioria brancos e de classes sociais mais abonadas.

c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e Maranhão.

Incorreta. Tais eventos são inexistentes.

d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas populares.

Correta. 

e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.

Incorreta. A proposta era por participação política, e congregou diversas camadas da sociedade.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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