Questão 44200

(FUVEST - 2020)

Os chamados “remédios homeopáticos” são produzidos seguindo a farmacotécnica homeopática, que se baseia em diluições sequenciais de determinados compostos naturais. A dosagem utilizada desses produtos é da ordem de poucos mL. Uma das técnicas de diluição homeopática é chamada de diluição centesimal (CH), ou seja, uma parte da solução é diluída em 99 partes de solvente e a solução resultante é homogeneizada (ver esquema). Alguns desses produtos homeopáticos são pro‐ duzidos com até 200 diluições centesimais sequenciais (200CH).

Considerando uma solução de partida de 100 mL com concentração 1 mol/L de princípio ativo, a partir de qual diluição centesimal a solução passa a não ter, em média, nem mesmo uma molécula do princípio ativo?

A

12ª diluição (12CH).

B

24ª diluição (24CH).

C

51ª diluição (51CH).

D

99ª diluição (99CH).

E

200ª diluição (200CH).

Gabarito:

12ª diluição (12CH).



Resolução:

A cada diluição o número de moléculas do princípio ativo seria diminuído em 100 vezes, já que o processo trata-se de uma diluição centesimal. 

A concentração é a razão entre a quantidade de matéria (em mol) e o volume:

C = frac{n}{V}

A quantidade de matéria pode ser calculada pela multiplicação da concentração pelo volume:

n = Ccdot V

O número de Avogadro relaciona a quantidade de partículas em 1mol de quantidade de matéria. Portanto, a solução de partida teria um número de moléculas iguais a:

n_{moleculas}= Ccdot Vcdot N_{A}

n_{moleculas}= 1molcdot L^{-1}cdot 0,1Lcdot 6cdot 10^{23};moleculascdot mol^{-1}

n_{moleculas}= 6cdot 10^{22}; moleculas

Para saber o número de moléculas após cada diluição deve-se dividir o número de moléculas iniciais por 100 elevado ao número de diluições.

n_{moleculas}= frac{6cdot 10^{22}}{100^{n}}Rightarrow 1> frac{6cdot 10^{22}}{10^{2n}}

Se n = 11, ainda restariam 6 moléculas nesta diluiçã. Portanto n = 12 seria o número de diluições em que não haveria mais nenhuma molécula deste princípio ativo.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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