(FUVEST - 2020 - 1ª fase)
TEXTO PARA AS QUESTÕES 39 E 40
Uma planta é perturbada na sua sesta* pelo exército que a pisa.
Mas mais frágil fica a bota.
Gonçalo M. Tavares, 1: poemas.
*sesta: repouso após o almoço.
O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:
Para bom entendedor, meia palavra basta
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.
Um dia é da caça, o outro é do caçador.
Uma andorinha só não faz verão.
Gabarito:
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
O ditado popular que se relaciona melhor com o poema é:
Alternativas
Para bom entendedor, meia palavra basta.Comentário: alternativa incorreta.O poema gira em torno da ação do exército, o ditado faz referência ao processo de interpretação de alguma ideia expressa numa frase.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.Comentário: alternativa correta.O poder da bota é semelhante ao da dureza da pedra; a ação da planta que vai contaminando o poder militar é semelhante à ação da água que vai minando a superfície da rocha.Ou seja, a resiliência vence até mesmo elementos mais vigorosos.
Quem com ferro fere, com ferro será ferido.Comentário: alternativa incorreta. O dito popular faz referência à reação violenta como resposta a outra do mesmo aspecto.
Um dia é da caça, o outro é do caçador.Comentário: alternativa incorreta.Esse ditado faz uma certa relação de semelhança que a resistência civil poderia agir da mesma maneira como o exército atua.
Uma andorinha só não faz verão.Comentário: alternativa incorreta.Esse ditado não se relaciona com nenhum sentido apresentado no poema.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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