(FUVEST - 2020)
TEXTO PARA AS QUESTÕES DE 25 A 27
"Assigning female genders to digital assistants such as Apple’s Siri and Amazon’s Alexa is helping entrench harmful gender biases, according to a UN agency. Research released by Unesco claims that the often submissive and flirty responses offered by the systems to many queries – including outright abusive ones – reinforce ideas of women as subservient.
“Because the speech of most voice assistants is female, it sends a signal that women are obliging, docile and eager‐to‐ please helpers, available at the touch of a button or with a blunt voice command like ‘hey’ or ‘OK’”, the report said. “The assistant holds no power of agency beyond what the commander asks of it. It honours commands and responds to queries regardless of their tone or hostility. In many communities, this reinforces commonly held gender biases that women are subservient and tolerant of poor treatment.”
The Unesco publication was entitled “I’d Blush if I Could”; a reference to the response Apple’s Siri assistant offers to the phrase: “You’re a slut.” Amazon’s Alexa will respond: “Well, thanks for the feedback.” The paper said such firms were “staffed by overwhelmingly male engineering teams” and have built AI (Artificial Intelligence) systems that “cause their feminised digital assistants to greet verbal abuse with catch‐me‐if‐you‐can flirtation”.
Saniye Gülser Corat, Unesco’s director for gender equality, said: “The world needs to pay much closer attention to how, when and whether AI technologies are gendered and, crucially, who is gendering them.”"
The Guardian, May, 2019. Adaptado.
Conforme o texto, em relação às mulheres, um efeito decorrente do fato de assistentes digitais reforçarem estereótipos de gênero é
a inclusão de uma única voz nos dispositivos.
a normalização de formas de assédio sexista.
o poder de influência positiva sobre as pessoas.
o incremento de vendas e customização de robôs.
a busca por formas que reflitam problemas sociais.
Gabarito:
a normalização de formas de assédio sexista.
O texto fala sobre como a produção de tecnologias de Inteligência Artificial, conduzida por homens, pode reforçar estereótipos de gênero. Os sistemas de voz feminina dão respostas, muitas vezes, submissas e sedutoras a muitas perguntas, inclusive àquelas que configuram assédio, e reforçam a noção de mulheres como subservientes.
Dessa forma, o fato de assistentes digitais reforçarem estereótipos de gênero leva à normalização de formas de assédio sexista, uma vez que a tecnologia reflete a visão dos usuários de gênero masculino, que, diante da voz feminina, reproduzem situações de opressão e sexismo como na realidade.
A: o texto não fala sobre a inclusão de apenas uma voz nos sistemas de IA.
C: não é abordada no texto uma ideia de influência positiva.
D: não se fala sobre o aumento de poder de vendas ou customização de robôs.
E: o fato de assistentes digitais reforçarem estereótipos de gênero não expressa uma busca por formas que reflitam os problemas sociais, mas, antes, uma exposição dos problemas sociais fora do mundo virtual.
A única alternativa que pode ser considerada correta é a letra B, que fala sobre a normalização do assédio sexista.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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