(FUVEST - 2020 - 1 FASE) A combinação entre baixa biodiversidade, altas concentrações de poluentes e baixas concentrações de oxigênio dissolvido, que é verificada nos rios que passam por grandes centros urbanos no Brasil, deve‐se principalmente à(ao)
descarte de garrafas PET e sacolas plásticas, aumentando a cadeia de produção de microplásticos.
aumento de intervenções de engenharia, como a construção de pontes e dragagens
aquecimento da água do rio devido ao aumento da temperatura média nas metrópoles.
descarte de esgoto doméstico e industrial sem tratamento.
ocorrência mais frequente de longos períodos de estiagem, aumentando a evaporação.
Gabarito:
descarte de esgoto doméstico e industrial sem tratamento.
d) Descarte de esgoto doméstico e industrial sem tratamento - CORRETA
O esgoto é rico em matéria organica e quando despejados em corpos d'água sem tratamento, os seres decompositores aeróbios presentes nessa água vão degradar essa matéria orgânica, utilizando o oxigênio disponível que está dissolvido na água, um processo que ocorre naturalmente o tempo inteiro, porém com o aumento da quantidade dessa matéria orgânica, esse processo vai ocorrer em uma escala muito maior. Por conta disso, o oxigênio utilizado não é reposto na água no mesmo ritmo que ele é consumido, ocasionando em uma diminuição da concentração do oxigênio dissolvido no rio. A degradação dessa matéria orgânica gera nutrientes que ficam amplamente disponíveis na água e que são essenciais para o desenvolvimento de plantas e algas. Como essa disponibilidade está em concentrações muito maiores do que o normal, acontece a eutrofização que nada mais do que a proliferação descontrolada de algas cuja presença em larga escala vão impedir a penetração de luminosidade para dentro da água (prejudando outros seres fotossintetizantes), sem falar no consumo de oxigênio que essas algas também terão, então o pouco de oxigênio que tinha antes, terá ainda menos agora, sendo este primordial para a sobrevivência de praticamente todos os outros seres-vivos que ali habitam. Por conta disso, acontecerá a diminuição significativa da biodiversidade. Por fim, o esgoto é também rico em patógenos e substâncias tóxicas que irão poluir esse rio e seus afluentes, assim como os lençóis freáticos.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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