(FUVEST 2008 - 2ª fase)
Mesmo em regiões não poluídas, a água da chuva não apresenta pH igual a 7, devido ao atmosférico, que nela se dissolve, estabelecendo-se os equilíbrios
equilíbrio 1
equilíbrio 2
No equilíbrio 1, o valor da concentração dissolvido na água, , é obtido pela lei de Henry, que fornece a solubilidade do na água, em função da pressão parcial desse gás, , no ar.
O valor da constante de equilíbrio 2, a 25ºC, é
Atualmente, a concentração de CO_2 na atmosfera se aproxima de 400ppm. Calcule a pressão parcial de CO_2 para um local em que a pressão do ar é 1,0 atm.
Escreva a expressão da constante do equilíbrio 2.
Calcule o pH da água da chuva (o gráfico a seguir poderá ajudar, evitando operações como extração de raiz quadrada e de logaritmo).
Gabarito:
Resolução:
a) A pressão parcial é proporcional à quantidade de moléculas do gás que temos em relação ao número de moléculas totais. Como é dito que temos 400 ppm de CO2, ficará assim:
400 partículas de CO2 ⇔ 106 partículas de gás
x atm (pressão parcial de CO2) ⇔ 1 atm (pressão atmosférica)
x = 4 x 10-4 atm
b) Substâncias no estado sólido e líquido não participam da equação de equilíbrio já que suas concentrações não se alteram significativamente. Portanto a equação será
Keq = [H+][HCO3-]/[CO2]
c) Pela lei de Henry podemos calcular a concentração de CO2 em água.
[CO2] = k x PCO2
[CO2] = 3,5 x 10-2 x 4 x 10-4 = 1,4 x 10-5 mol/L
Então:
CO2 (aq) + H2O (l) ⇄ HCO3- (aq) + H+ (aq)
Início: 1,45x10-5 0 0
Consumiu/Formou: - x +x +x
Final: 1,45x10-5 (x<<0) x x
Keq = [H+][HCO3-]/[CO2]
4,4x10-7 = x · x / 1,45x10-5
x² = 6,16 x 10-12
Como x = [H+], temos:
[H+]² = 6,16 x 10-12
[H+] = (6,16 x 10-12)1/2
[H+] = 6,161/2 x 10-6
pH = - log[H+]
pH = - log(6,161/2 x 10-6)
pH = - log 10-6 - log(6,161/2)
pH = 6 - 0,4
pH = 5,6
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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