Questão 44348

(FUVEST - 2012)

A base do tetraedro PABCD é o quadrado ABCD de lado L, contido no plano α. Sabe-se que a projeção ortogonal do vértice P no plano α está no semiplano de α determinado pela reta BC e que não contém o lado AD. Além disso, a face DPC é um triângulo isósceles de base BC Cuja altura forma, com o plano α, um ângulo θ, em que 0 < θ < π/2. Sendo PB = L frac {sqrt 2}2, determine, em função de L e θ,

 

        a) o volume do tetraedro PABCD;

        b) a altura do triângulo APB relativa ao lado AB;

        c) a altura do triângulo APD relativa ao lado AD.

Gabarito:

Resolução:

RESOLVENDO A LETRA (A):

Sabemos que o volume V de uma pirâmide é:

V= frac{A_bcdot h}{3}

Já temos a área da base e precisamos apenas da altura. Para encontrar a altura temos que perceber que:

Onde M é ponto médio de BC.

A altura é overline{PQ} e percebemos que sin{(	heta)} = frac{PQ}{MP} então devemos encontrar MP para podermos escrever PQ em função de 	heta e l.

Fazendo pitágoras em MPB:

(frac{lsqrt{2}}{2})^2 = (frac{l}{2})^2 + MP^2

frac{2l^2}{4} = frac{l^2}{4} + MP^2

MP = frac{l}{2}

Agora podemos encontrar PQ em função de 	heta e l da seguinte forma:

sin{(	heta)} = frac{PQ}{frac{l}{2}}

sin{(	heta)} cdot frac{l}{2}= PQ

Substituindo na fórmula do volume:

V= frac{A_bcdot h}{3}

V= frac{l^2}{3} cdot frac{sin{	heta}cdot l}{2}

V= frac{l^3 cdot sin{	heta}}{6}

RESOLVENDO A LETRA (B):

Fazendo o desenho das informações a questão nos dá:

Podemos perceber então que basta aplicar o teorema de Pitágoras no triângulo PQR:

PR^2 = (frac{l}{2})^2 + (frac{l cdot sin{(	heta)}}{2})^2

PR^2 = frac{l^2}{4} + frac{l^2 cdot sin^2{(	heta)}}{4}

PR^2 = frac{l^2}{4}(1 + sin^2{(	heta)})

PR = frac{l}{2}sqrt{1 + sin^2{(	heta)}}

RESOLVENDO A LETRA (C):

Podemos perceber que como já temos overline{PQ} e overline{NM}, podemos encontrar overline{NP} por teorema de Pitágoras em NPQ, basta encontrarmos overline{MQ}.

Fazendo:

cos{	heta} = frac{MQ}{MP}

cos{	heta} = frac{MQ}{frac{l}{2}}

frac{l}{2}cdot cos{	heta} = MQ

Fazendo Pítagoras em NPQ:

PN^2 = (frac{l cdot sin{	heta}}{2})^2 + (l+frac{lcdot cos{	heta}}{2})^2

PN^2 = frac{l^2 cdot sin^2{	heta}}{4} + l^2+2cdot l cdot frac{lcdot cos{	heta}}{2} + frac{l^2cdot cos^2{	heta}}{4}

PN^2 = frac{5}{4}l^2 + l^2cos{	heta}

PN^2 = l^2(frac{5}{4} + cos{	heta})

PN = frac{lsqrt{5 + 4cos{	heta}}}{2}



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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