(FUVEST - 2005 - 2 FASE) Um determinado aquecedor elétrico, com resistência R constante, é projetado para operar a 110 V. Pode-se ligar o aparelho a uma rede de 220 V, obtendo os mesmos aquecimento e consumo de energia médio, desde que haja um dispositivos que o ligue e desligue, em ciclos sucessivos, como indicado no gráfico:
Nesse caso, a cada ciclo, o aparelho permanece ligado por 0,2s e desligado por um intervalo de tempo Δt, determine
a) A relação entre as potências e , dissipadas por esse aparelho em 220V e 110V, respectivamente, quando está continuamente ligado, sem interrupção.
b) O valor do intervalo Δt, em segundos, em que o aparelho deve permanecer desligado 220V, para que a potência média dissipada pelo resistor nessa tensão seja a mesma que quando ligado continuamente em 110V.
c) A relação entre as correntes médias e , que percorrem o resistor quando em redes de 220 V e 110 V, respectivamente, para a situação do item anterior.
Gabarito:
Resolução:
a)
Sabemos que a potência pode ser escrita da seguinte maneira:
As resistências são iguais para os dois casos logo Z1 pode ser obtido fazendo a seguinte operação:
b)
Temos os tempo de atuação da potência de 220 igual a:
Enquanto o tempo de atuação da potência de 110 seria o tempo total do ciclo, ou seja:
Como a potência dissipada é a mesma, podemos dizer que a energia dissipada é igual para os dois casos:
E sabemos que a potência pode ser escrita da seguinte maneira:
Substituindo na nossa relação de energia e os respectivos temos temos:
Pela primeira alternativa sabemos que a razão de P220 por P110 é igual a 4 logo:
c)
Aqui não podemos usar a relação que P = V.i isso porque no caso da potencia de 220 a corrente não é contínua durante todo o período, com isso essa relação não fica válida, então vamos para a definição de corrente:
Ou seja é a carga total dividia pelo tempo total do ciclo , porém sabemos que no trecho de 0,2s a corrente é constante então a primeira lei de Ohm vale para esse pequeno período: com isso podemos fazer a seguinte manipulação na fórmula de cima:
Perceba que os tempos não vão se anular resultando que imedia = i isso porque o tempo total do ciclo (0,8s) é diferente do tempo em que existe corrente (0,2s), como nesse tempo de 0,2 a corrente é constante nesse itnervalo vale a primeira lei de Ohm, resultando que:
Substituindo na fórmula temos que:
Enquanto a corrente de 110 é contínua durante todo o ciclo, então aplicando a 1° lei de Ohm temos:
logo a razão Z2 é dada por:
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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