Questão 44412

 (FUVEST - 2020 - 2ª fase)

Examine a capa da revista Superinteressante, publicada em julho de 2019.

 

a) Indique o duplo sentido presente na manchete de capa da revista, explicitando os elementos linguísticos utilizados. 

b) Explique como a imagem e o texto se combinam na construção do sentido

Gabarito:

Resolução:

a) A leitura do título da manchete carrega um duplo sentido, determinado pela colocação da vírgula. Ao separar-se a palavra “paranóia” a palavra “para” passa a ser um verbo no imperativo, expressando a ordem para que a “noia”, ou seja, os problemas mentais, parem. Assim sendo, coexistem na manchete o  tema da revista (a paranóia) e sua solução (a parada). Essa construção se compreende ainda melhor com a leitura do lide, que promete revelar dicas de controle desses problemas, diminuindo-os ou fazendo-os “parar”. 

b) A imagem revela uma figura humana sentada que, em lugar da cabeça, apresenta um emaranhado de linhas confusas. A imagem, desta forma, pode se rapidamente associada à confusão e aos problemas mentais do qual a revista anuncia tratar. Os elementos verbais, como as palavras “paranóia/ para nóia” e o texto, somados aos elementos não verbais, como a fonte impactante e a ilustração, compõem, juntos a mensagem transmitida pela capa. 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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