(FUVEST - 2020 - 2 fase) Em 29 de outubro de 1956, uma grave crise política descambou em uma intervenção militar na região do Canal de Suez e da Península do Sinai (Egito).
a) Indique a importância dessa região nos quadros da política internacional do período.
b) Mencione as potências envolvidas diretamente nesse conflito e os seus respectivos interesses.
c) Explique as tensões associadas à articulação política entre os diversos Estados árabes nesse período.
Gabarito:
Resolução:
a) O Canal do Suez no momento da crise nos anos 50 era a única ligação entre o Mediterrâneo e o Mar Vermelho e o principal escoadouro de petróleo dos países árabes para a Europa.
b) As potências diretamente envolvidas no conflito foram Inglaterra, França, Egito e Israel. Inglaterra e França controlavam o canal no período por meio de capitais privados, dependiam deste para obter petróleo e buscavam pela manutenção de sua hegemonia. O Egito neste momento era governado por Nasser, nacionalista ferrenho que decide nacionalizar o Canal em nome dos interesses nacionais. Israel envolve-se no conflito ao lado da França e Inglaterra devido aos conflitos prévios com o Egito, um Estado árabe.
c) No pós Segunda Guerra Mundial há a criação do Estado de Israel, um Estado Judaico na Península Arábica. Esta decisão da ONU foi contra os interesses dos Estados Árabes da religião e do povo palestino que vivia na região destinada a Israel. A Crise do Suez foi um momento no qual exército de Israel invade a Península do Sinai, sendo território egípcio, com apoio de da Grã-Bretanha e da França. Em resposta a União Soviética ameaçou intervir no Egito.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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