(FUVEST 2020 - 2 fase)
Em janeiro de 2019, a sonda chinesa Chang'e 4 fez o primeiro pouso suave de um objeto terrestre no lado oculto da Lua, reavivando a discussão internacional sobre programas de exploração lunar.
Considere que a trajetória de uma sonda com destino à Lua passa por um ponto P, localizado a 2/3 do centro da Terra e a 1/3 do centro da Lua, sendo a distância entre os centros da Terra e da Lua.
a) Considerando que a massa da Terra é cerca de 82 vezes maior que a massa da Lua, determine a razão entre os módulos da força gravitacional que a Terra e a Lua, respectivamente, exercem sobre a sonda no ponto P.
Ao chegar próximo à Lua, a sonda foi colocada em uma órbita lunar circular a uma altura igual ao raio da Lua (), acima de sua superfície, como mostra a figura. Desprezando os efeitos da força gravitacional da Terra e de outros corpos celestes ao longo da órbita da sonda,
b) determine a velocidade orbital da sonda em torno da Lua em termos da constante gravitacional G, da massa da Lua e do raio da Lua ;
c) determine a variação da energia mecânica da nave quando a altura da órbita, em relação à superfície da Lua, é reduzida para 0,5 . Expresse seu resultado em termos de G, , e da massa da sonda .
Note e adote: O módulo da força gravitacional entre dois objetos de massas M e m separados por uma distância d é dado por .
A energia potencial gravitacional correspondente é dada por
Assuma a distância da Terra à Lua como sendo constante.
Gabarito:
Resolução:
a)
Sendo massa da Terra:
e massa da Lua:
Temos:
Agora cosiderando as distâncias de cada um dos corpos em relação à sonda P, podemos obter a expressão da força gravitacional exercida por ambos:
Por Fim:
Substituindo então a fórmula (I) temos:
b)
Como a força que age no corpo é apenas a força gravitacional, então ela atuará como força centrípeta
c)
Como a energia mecânica é dado por:
Sendo U a energia potencial gravitacional e Ec a energia cinética, temos na condição inicial:
Substituindo na relação encontrada na letra b:
E agora analisando a energia final, levando em conta que a altura até a superfície agora é 0,5RL mais o próprio raio da Lua, ou seja a distância do centro da Lua até a nossa sonda vale 1,5RL, com isso a energia final é dado por:
Para achar a velocidade final devemos fazer o mesmo procedimento da letra "b" ou basta substituir a distância do centro da Lua até a sonda (que antes era 2 RL) por 1,5RL :
Substituindo assim na fórmula da energia temos:
Logo a variação de energia foi de:
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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