Questão 44436

(FUVEST - 2020 - 2 fase)

A figura apresenta uma parte de uma tabela na qual cada linha e cada coluna seguem de acordo com o padrão representado.

 

Com relação a essa tabela de números:

a) Escolha um quadrado 3 	imes 3 e, exibindo a soma de seus 9 números, verifique que o resultado é múltiplo de 9.

b) Um quadrado com 16 números tem por soma de todos esses números o valor de 1.056 (mil e cinquenta e seis). Descubra o menor número desse quadrado.

c) A soma de todos os números de um quadrado ݊n 	imes n݊, com menor número igual a 4, é de 108.000 (cento e oito mil). Qual é o valor de݊ n?

Gabarito:

Resolução:

Observando a tabela podemos perceber que os números que compõem as linhas formam uma P.A. de razão 1 e os números que que compõem as colunas formam um P.A. de razão 7. Com base nisso, vamos resolver o que se pede:

 

a) Vamos pegar um quadrado 3 	imes 3 arbitrário:

x x+1 x+2
x+7 x+8 x+9
x+14 x+15 x+16

Somando os 9 termos:

x+x+1+x+2+x+7+x+8+x+9+x+14+x+15+x+16

9x+72

9left (x+8 
ight )

Com isso, verificamos que a soma dos termos desse quadrado é um multiplo de 9.

 

b) Pegando um quadrado 4	imes 4 arbitrário:

x x+1  x+2 x+3
x+7 x+8 x+9 x+10
x+14 x+15 x+16 x+17
x+21 x+22 x+23 x+24

Sabemos do item anterior a soma dos termos da tabela 3 	imes 3, então só precisamos somar os elementos da última linha e da última coluna:

9x+72+x+3+x+10+x+17+x+24+x+21+x+22+x+23=1056 

16x+192=1056

16x=864

x=54

Desse modo, o menor número do quadrado é 54.

 

c) Tomando um quadrado n	imes n:

4 5  cdot cdot cdot 4+left (n-1 
ight )
11 12 cdot cdot cdot 11+(n-1)
cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot cdot
4+7(n-1) 5+7(n-1) cdot cdot cdot 4+(n-1)+7(n-1)

Agora vamos montar uma P.A. onde cada elemento será a soma dos números da linha do quadro:

a_{1}= left [4+4+(n-1) 
ight ]cdot frac{n}{2}

a_{2}= left [11+11+(n-1) 
ight ]cdot frac{n}{2}

left (cdot cdot cdot 
ight )

a_{n}=left [ 4+7(n-1)+4+(n-1)+7(n-1) 
ight ]cdot frac{n}{2}

Fazendo a soma dessa P.A.:

S_{a_{n}}=left { left [ 8+(n-1) 
ight ]cdot frac{n}{2}+left [ 4+7(n-1)+4+(n-1)+7(n-1) 
ight ]cdot frac{n}{2} 
ight }frac{n}{2}

108000=left { left [ 7+n 
ight ]cdot frac{n}{2}+left [ 8+14n-14+n-1
ight ]cdot frac{n}{2} 
ight }frac{n}{2}

216000= left [ 7+n+8+14n-14+n-1 
ight ]cdot frac{n}{2}cdot n

432000= 16n cdot  n^{2}

432000= 16 n^{3}

27000= n^{3}

30= n

 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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