Questão 44472

(FUVEST 2013 - 2 fase) Leia as seguintes manchetes:

Grupo I

Esperada, na Câmara, a mensagem pedindo a decretação do estado de guerra. 

(Jornal do Brasil, 07 de outubro de 1937.)

Encerrou seus trabalhos a Conferência de Paris

(Folha da Manhã, 16 de julho de 1947.)

Causaram viva apreensão nos E.U.A. os discos voadores

(Folha da Manhã, 30 de julho de 1952.)

 

Grupo II

Quase metade dos médicos receita o que indústria quer

(Folha de S. Paulo, 31 de maio de 2010.) 

Novo terminal de Cumbica atenderá 19 milhões ao ano

(Folha de S. Paulo, 26 de junho de 2011.)

MEC divulga hoje resultados do Enem por escolas

(Zero Hora, 22 de novembro de 2012.) 

 

a) Cada um dos grupos de manchetes acima reproduzidos, por ter sido escrito em épocas diferentes, caracteriza-se pelo uso reiterado de determinados recursos linguísticos. Indique um recurso linguístico que caracteriza as manchetes de cada um desses grupos.

b) Manchetes jornalísticas costumam suprimir vírgulas. Transcreva a última manchete de cada grupo, acrescentando vírgulas onde forem cabíveis, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Gabarito:

Resolução:

a) As manchetes do "Grupo I" são marcadas pela inversão sintática. Esse recurso linguístico consiste em subverter a tradicional ordem "sujeito-verbo-objeto", colocando, no caso desses títulos jornalístcos, o verbo na primeira posição da oração. Essa estratégia enfatiza a ação em detrimento de seu agente. Já no "Grupo II" pode identificar-se que essa inversão não é utilizada, sendo todas as manchetes iniciadas pelos sujeitos da oração. Tal estratégia põe em relevo o sujeito, agente ou paciente, da ação reportada na notícia. 

b) As reescritas podem ser feitas do seguinte modo: "Causaram viva apreensão, nos E.U.A, os discos voadores" e "MEC divulga, hoje, resultados do Enem por escolas". 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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