(FUVEST - 2011)
Os resultados de uma pesquisa realizada na USP revelam que a araucária, o pinheiro brasileiro, produz substâncias antioxidantes e fotoprotetoras. Uma das autoras do estudo considera que, possivelmente, essa característica esteja relacionada ao ambiente com intensa radiação UV em que a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de anos. Com base na Teoria Sintética da Evolução, é correto afirmar que:
essas substâncias surgiram para evitar que as plantas sofressem a ação danosa da radiação UV.
a radiação UV provocou mutações nas folhas da araucária, que passaram a produzir tais substâncias.
a radiação UV atuou como fator de seleção, de maneira que plantas sem tais substâncias eram mais suscetíveis à morte.
a exposição constante à radiação UV induziu os indivíduos de araucária a produzirem substâncias de defesa contra tal radiação.
a araucária é um exemplo típico da finalidade da evolução, que é a produção de indivíduos mais fortes e adaptados a qualquer ambiente.
Gabarito:
a radiação UV atuou como fator de seleção, de maneira que plantas sem tais substâncias eram mais suscetíveis à morte.
a)Incorreta. Aponta para uma relação de uso e desuso dos antioxidantes, ou seja, eles foram desenvolvidos por serem necessários, o que é incorreto do ponto de vista Darwinista e da Teoria Sintética da Evolução.
b)Incorreta. Coloca a luz UV como um fator de indução para a produção de tais substâncias, esse tipo de visão é Lamarckista, ou seja, as plantas estariam produzindo substâncias antioxidantes e fotoprotetoras por indução da luz. A radiação UV atuou como fator de seleção, matando as plantas que não eram naturalmente resistentes.
c)Correta. Em um ambiente com alta incidência de radiação ultravioleta, são favorecidas as araucárias capazes de produzir substâncias protetoras, pois levando em consideração a teoria sinstética da evolução, que considera tanto a seleção natural, como também fatores mutagênicos e de recombinação genética, as araucárias que nascerem com essas novas características de produzir substancias protetoras sobreviveriam.
d)Incorreta. Perspectiva de causa e consequência, ou seja, os antioxidantes e fotoprotetores teriam sido produzidas em decorrência da alta incidência UV. Visão Lamarckista.
e)Incorreta. Evolução não possui uma finalidade, ou seja, uma razão final de produção de indivíduos mais fortes e adaptados a qualquer ambiente (nenhum ser vivo é ).
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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