(FUVEST 2011- 2 fase)
Em um laboratório, há dois frascos com soluções aquosas diferentes:
Ácido acético de concentração 1,0 mol/L;
Ácido clorídrico de concentração 4,2*10^-3 mol/L.
Fazendo dois testes, em condições iguais para as duas soluções, observou-se que,
ao mergulhar, nas soluções, os eletrodos de um aparelho para medir a condutibilidade elétrica, a intensidade da luz da lâmpada do aparelho era a mesma para as duas soluções;
ao adicionar a mesma quantidade de indicador universal para ácidos e bases a amostras de mesmo volume das duas soluções, a coloração final observada era a mesma.
a) Explique por que duas soluções tão diferentes exibem comportamentos tão semelhantes.
b) Considerando os valores fornecidos nesta questão, calcule a constante de dissociação iônica do ácido acético. Mostre os cálculos.
Gabarito:
Resolução:
a) As soluções tem comportamento semelhante por terem uma concentração iônica semelhante. Já que tendo sua concentração maior e sendo mais fraco, o ácido acético fornece a mesma concentração iônica que o HCl que se dissocia 100%.
b) HCl é ácido forte, então se dissocia completamente.
HCl | H+ + | Cl- | |
inicio | 4,2 x 10-3 | - | - |
reage | - 4,2 x 10-3 | + 4,2 x 10-3 | + 4,2 x 10-3 |
equilíbrio | 0 | 4,2 x 10-3 | 4,2 x 10-3 |
A solução de ácido acético possui mesma condutividade elétrica, ou seja, mesma concentração de íons.
CH3COOH | H+ + | CH3COO- | |
inicio | 1 | - | - |
reage | - 4,2 x 10-3 | + 4,2 x 10-3 | + 4,2 x 10-3 |
equilíbrio | 1 - 4,2 x 10-3 | 4,2 x 10-3 | 4,2 x 10-3 |
Como 4,2 x 10-3 <<<< 1, então podemos dizer que 1 - 4,2 x 10-3 ≈ 1.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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