Questão 44584

(FUVEST 2015 - 2ª fase) O sistema de airbag de um carro é formado por um sensor que detecta rápidas diminuições de velocidade, uma bolsa inflável e um dispositivo contendo azida de sódio (NaN_3) e outras substâncias secundárias. O sensor, ao detectar uma grande desaceleração, produz uma descarga elétrica que provoca o aquecimento e a decomposição da azida de sódio. O nitrogênio (N_2) liberado na reação infla rapidamente a bolsa͕que, então, protege o motorista. Considere a situação em que o carro, inicialmente a 36 km/h (10 m/s), dirigido por um motorista de 60 kg, para devido a uma colisão frontal.

a) Nessa colisão, qual é a variação DeltaE da energia cinética do motorista?

b) Durante o 0,2 s da interação do motorista com a bolsa, qual é o módulo a da aceleração média desse motorista?

c) Escreva a reação química de decomposição da azida de sódio formando sódio metálico e nitrogênio gasoso.

d) Sob pressão atmosférica de 1 atm e temperatura de 27º C, qual é o volume V de gás nitrogênio formado pela decomposição de 65 g de azida de sódio?

 

Note e adote: Desconsidere o intervalo de tempo para a bolsa inflar. Ao término da interação com a bolsa do airbag, o motorista está em repouso. Considere o nitrogênio como um gás ideal. Constante universal dos gases: R = 0,08 atm L / (mol K). 0 o C = 273 K.

Elemento Massa atômica (g/mol)
Sódio 23
Nitrogênio 14

 

Gabarito:

Resolução:

a) Nessa colisão, qual é a variação DeltaE da energia cinética do motorista?

Delta E=frac{m}{2}cdot (V_f^2-V_i^2)

Delta E=frac{60}{2}cdot (0^2-10^2)

Delta E=frac{60}{2}cdot (0-100)

Delta E=frac{60}{2}cdot (-100)

Delta E=30cdot (-100)

Delta E=-3000=-3cdot 10^{3}kJ

b) Durante o 0,2 s da interação do motorista com a bolsa, qual é o módulo a da aceleração média desse motorista?

a=frac{|Delta V|}{Delta t}=frac{0-10}{0,2-0}=frac{10}{0,2}=50mcdot s^{-2}

c) Escreva a reação química de decomposição da azida de sódio formando sódio metálico e nitrogênio gasoso.

2NaN_{3_{(s)}}
ightarrow 2Na_{_{(s)}}+3N_{2_{(g)}}

d) Sob pressão atmosférica de 1 atm e temperatura de 27º C, qual é o volume V de gás nitrogênio formado pela decomposição de 65 g de azida de sódio?

Pela estequiometria da reação:

egin{matrix} 2;mol;de;NaN_3&-&3;mol;de;N_2\130g;de;NaN_3&-&42g;de;N_2\65g&-&x end{matrix}

frac{130}{65}=frac{42}{x}

x=frac{42cdot 65}{130}=21g ;de;N_2=1,5;mol;de;N_2

Pcdot V=ncdot Rcdot T

1cdot V=1,5cdot 0,08cdot 300

V=36L



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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