Questão 44793

(FUVEST - 2010 - 2 fase - Questão 6)

A figura abaixo mostra o esquema de um instrumento (espectrômetro de massa), constituído de duas partes. Na primeira parte, há um campo elétrico overrightarrow{E}, paralelo a esta folha de papel, apontando para baixo, e também um campo magnético overrightarrow{B_1} perpendicular a esta folha, entrando nela. Na segunda, há um campo magnético overrightarrow{B_2}, de mesma direção que overrightarrow{B_1}, mas em sentido oposto. Íons positivos, provenientes de uma fonte, penetram na primeira parte e, devido ao par de fendas F1 e F2 , apenas partículas com velocidade overrightarrow{v}, na direção perpendicular aos vetores overrightarrow{E} e overrightarrow{B_1}, atingem a segunda parte do equipamento, onde os íons de massa m e carga q têm uma trajetória circular com raio R.

a) Obtenha a expressão do módulo da velocidade overrightarrow{v} em função de E e de B1.

b) Determine a razão m/q dos íons em função dos parâmetros E, B1, B2 e R.

c) Determine, em função de R, o raio R’ da trajetória circular dos íons, quando o campo magnético, na segunda parte do equipamento, dobra de intensidade, mantidas as demais condições.

Gabarito:

Resolução:

Desconsiderando a gravidade:

a) A partícula tem carga positiva, então as forças que atuam sobre ela são: elétrica para baixo + magnética para cima.

Como ela não sofre deflexão na direção delas, então a resultante nessa direção é zero, ou seja, as duas forças se equilibram:

F_E = F_M = qcdot E = qcdot vcdot B_1 cdot sen 90 	herefore v = frac{E}{B_1}

b) No momento 2, sem campo elétrico, a partícula fica submetida somente ao campo magnético. Portanto, a força resultante (centrípeta) será a força magnética. Assim:

F_M = F_C = qcdot vcdot B_2 cdot sen  90 = frac{mv^2}{R}\qcdot B_2 = frac{m}{R}cdot frac{E}{B_1} =frac{m}{q} = frac{mcdot E}{qcdot B_1cdot B_2}\qcdot B_2 = frac{m}{R}frac{E}{B_1} Leftrightarrow R = frac{mE}{qB_1B_2}

Então, se B2 dobra sua intensidade:

R1 = frac{mE}{qB_12B_2} = frac{1}{2}frac{mE}{qB_1B_2} = frac{R}{2}



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

Ver questão

Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

Ver questão

Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

Ver questão

Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

Ver questão